capítulo vinte

417 46 17
                                    

uma semana depois.

A semana passou estranhamente rápido. Parece que foi ontem o aniversário de Florence.

Assim que eu conversei com Harry, no aniversário de Florence, nós não tocamos no assunto novamente, o que está me deixando um tanto quanto nervoso. Penso em outra forma para tocar no assunto de uma forma menos descarada, mas não me surge nada. Também penso em algo que possa fazer Harry tocar no assunto, mas também não me surge nada.

Vou ligar para Zayn em busca de ajuda.

— Oi, o que foi? — indaga Zayn, assim que atende.

Eu me sento no sofá, esfregando a palma livre contra a minha coxa, tentando secar o suor.

— Harry ainda não tocou no assunto, desde semana passada.

Zayn suspira audivelmente e sei que ele não aguenta mais me escutar falando sobre isso.

— Pelo amor de Deus, Louis — reclama. — Fala você, idiota. Não foi você que tocou no assunto primeiro?

— E como que eu vou falar?

— Porra, ele é o teu namorado, caralho, fala do jeito que você fala normal — diz Zayn.

— Você é inutil — resmungo, desligando a chamada.

Zayn me odeia, talvez.

Vou ligar para Taylor.

— Bom dia, o que aconteceu?

Eu respiro fundo, temendo a reação dela ao falar disso novamente.

— Harry não me disse nada sobre aquele assunto — digo, hesitante.

— Aquele de colocar o seu nome nela? — indaga. Eu concordo. — Mas era pra você falar, não é?

Eu começo uma conversa sem fim com Taylor, tentando mostrá-la a minha lógica. Por fim, eu acho que ela entende o que eu digo.

— Tudo bem, e se você levar ele para sair e joga algumas indiretas sobre? Ele pode entender.

Até que enfim alguém me entende.

— Que tal algum museu? Será que ele gosta de arte? — penso por alto.

— Você quem tem que saber, não é?

— Tudo bem, obrigado, T, te amo — digo rapidamente, ouvindo Harry descer as escadas.

Jogo o celular para longe, como se estivesse escondendo algo de Harry e assim que ele pisa na sala, ele me olha estranho.

— Tá tudo bem?

Eu assinto.

— Por que você jogou o celular para longe quando cheguei? — pergunta ele, forçando um sorriso tímido.

— Ah, meu bem, foi o reflexo, desculpa, eu não tô escondendo nada de você, pode ver o meu celular. — Pego o aparelho no canto do sofá e estendo para Harry, que parece mais aliviado.

Ele faz que não, afastando a minha mão e se sentando ao meu lado.

Eu puxo sua cintura até que ele esteja sentado no meu colo, suas mãos fazem um carinho singelo nas minhas bochechas. Minhas mãos sobem as suas costas, sentindo o calor emanar da pele alheia. Abraço seu torço e puxo seu corpo contra o meu, beijando sua nuca, encostada no meu ombro.

— O que acha de sair hoje? Vamos aproveitar que hoje é a sua folga e a partir de amanhã você vai voltar a trabalhar como antes — sugiro, sentindo o sorriso de Harry se formar contra a pele do meu pescoço.

𝙏𝙤𝙢𝙡𝙞𝙣𝙨𝙤𝙣'𝙨 𝙇𝙤𝙪𝙣𝙜𝙚 (𝗳𝗶𝗰 𝗵𝗲𝘀+𝗹𝘄𝘁)Onde histórias criam vida. Descubra agora