capítulo sete

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Faltava duas horas para Louis chegar em casa, para irmos ao cinema. — Para o nosso encontro.

Ele disse que ia dar uma passada no restaurante e voltar aqui em algumas horas, apenas para fingir que não moramos atualmente no mesmo espaço.

Deixo Florence com Glória e subo apenas para me arrumar. Fico indeciso sobre o que usar e desço de novo para pedir ajuda à Glória.

— Acho que a camisa florida com a calça skinny preta — declara ela, avaliando as três opções que eu havia mostrado à ela. — A calça realça seu corpo e a camisa dá um ar de despojado porém elegante, entende?

Eu considero sua sugestão e subo para me trocar. Confesso que Glória estava certa e eu amo o resultado. De sapato, escolhi um Vans preto. — Que Louis havia que dado de presente.

Uma hora depois, Louis bate na porta e eu atendo, vendo seu sorriso aumentar ao me ver.

— Uau, você está divino — diz ele, me olhando de cima para baixo. Confesso que me sinto intimidado sob seu olhar. — Vamos?

— Vamos.

[...]

— Mentira, Louis! — exclamo, assim que ele me direciona para a área VIP do cinema. — Essa porra é cara.

— Meu bem, você está falando com o chefe e dono do melhor restaurante de Londres, ainda não percebeu isso? — sussurra no meu ouvido, enquanto nós caminhavámos até a sala 07.

Eu rio com sua fala. Quando nós entramos na sala, eu abro a boca, vendo a diferença do cinema VIP e o cinema normal.

— Caralho, Louis, olha isso — digo, abobalhado. Louis ri do meu lado e me leva até as poltronas indicadas no ingresso. — Tem abajur aqui! Olha, as poltronas inclinam, meu Deus. —Louis apenas ria de mim e ele parece se familiarizar com toda essa riqueza. — Não me surpreendo com isso já que estou morando na sua incrível mansão por quase dois meses, então...

— Quer comer o que? — pergunta ele e aí que eu percebo que não tínhamos comprado nada na entrada. — Tem um mini cardápio aí do seu lado, olha.

Eu vejo o papel e eu me espanto com o valor de tudo aquilo. Apenas baixo o cardápio e dou de ombros.

— Não estou com fome.

— Harry, pelo amor de Deus, não se preocupe com o valor — murmura Louis, me fazendo olhar para ele. — Eu te chamei aqui e eu vou pagar tudo, tá bom? Relaxa, pode pedir o que quiser.

— Mas, Lo-

— Relaxa.

Eu reviro os olhos e não respondo ele, deixando o cardápio de lado.

Logo uma mulher, provavelmente a garçonete, para na nossa frente e nos pergunta se iríamos querer algo.

— Um de cada coisa aqui, por favor — diz Louis, simplório e eu arregalo os olhos para ele.

A mulher assente e faz algo em seu tablet, logo perguntando qual a forma de pagamento. Louis paga com um de seus cartões e eu fico apenas assistindo, triste por um lado, querendo ajudar de alguma forma.

— Louis, é muita comida!

— Levamos para casa, sem problemas.

Antes que eu possa falar mais algo, ele me puxa para perto e me faz deitar a cabeça em seu ombro.

— Eu trabalho para isso, Harry, para trazer o melhor para mim e para as pessoas que eu me importo, OK? — sussurra, segurando minha cintura.

— Eu só fico inseguro às vezes, sabe? Tipo, eu nunca pago nada quando nós saímos e eu moro atualmente embaixo do seu teto. Eu me sinto um mendigo perto de você. — Louis ri e eu dou um pequeno tapa em seu braço, que segurava a minha cintura. — Não ri de mim.

𝙏𝙤𝙢𝙡𝙞𝙣𝙨𝙤𝙣'𝙨 𝙇𝙤𝙪𝙣𝙜𝙚 (𝗳𝗶𝗰 𝗵𝗲𝘀+𝗹𝘄𝘁)Onde histórias criam vida. Descubra agora