𝙏𝙤𝙢𝙡𝙞𝙣𝙨𝙤𝙣'𝙨 𝙇𝙤𝙪𝙣𝙜𝙚 (𝗳𝗶𝗰 𝗵𝗲𝘀+𝗹𝘄𝘁)

capítulo vinte e três

Definitivamente ainda sinto Louis dentro de mim quando acordo.

Após a nossa primeira vez, Louis me leva até o banheiro da suíte, me coloca dentro da banheira vazia, abre a torneira e se senta na minha frente, após tapar o ralo da banheira.

Ele me puxa até que eu esteja sentado em seu colo. Seus braços se enrolam na minha cintura e seus olhos me avaliam carinhosamente.

— Eu posso falar?

Eu franzo a testa.

— Falar que te amo... ou ainda é o seu momento?

Eu sorrio sem perceber. Levo as minhas mãos até o rosto dele, esfregando meus polegares contra a sua barba ralinha.

— Pode falar.

Ele respira fundo antes de falar, como se estivesse se preparando para fazer o maior discurso do mundo.

— Harry Edward Styles, meu noivo e futuro marido, eu te amo mais que tudo nesse mundo... Você e Florence estão dividindo o primeiro lugar.

Seus lábios falam isso mas seus olhos falam muito mais do que qualquer discurso apaixonante que ele possa me dizer.

Eu me vejo perdido no azul clarinho dos seus olhos. Meu peito dói. Louis me aperta contra o seu corpo. Eu me vejo totalmente dependente de seu toque na minha pele. Amo tanto Louis que dói. Literalmente. Meus olhos começam a marejar e Louis percebe, logo me olhando preocupadamente.

— Amor, o que aconteceu? Não gostou do meu pequeno discurso, não foi? Sabia. Para ser sincero, eu também não. Devia ter treinado mais no espelho — brinca ele, me puxando para um abraço. Sei que ele só diz aquilo para me distrair.

— Louis — chamo-o. Minha voz está engatada e suas mãos começam a me tocar em todos os lugares que consigo sentir. —, eu te amo muito.

— Amor — susurra, puxando meu pescoço delicadamente para que ele possa me olhar. —,por que tá chorando? Ei, ei, o que foi? Eu tô aqui, meu bem.

Eu nego com a cabeça, levando minhas mãos até o rosto, limpando as lágrimas. Logo descem mais lágrimas e eu desisto. Louis continua preocupado.

— Harry, por que está chorando? — repete ele, só que dessa vez muito mais sério e preocupado.

— Eu não sei, Louis, eu não sei, me desculpa.

Louis me tira do seu colo e sai da banheira as pressas, levando uma toalha com ele. Cinco segundos depois ele volta, enrolado na toalha, e com o celular no ouvido. Provavelmente tentando entrar em contato com a minha psicóloga.

Na semana passada, Louis, depois de mais um de meus ataques de ansiedade, falou com Taylor e perguntou por algum(a) profissional de confiança. Um dia depois, Taylor passou informações de uns cinco psicólogos. Eu pedi para entrar em contato da que eu achei mais bonita - eu julguei o profissionalismo dela sob a sua aparência, sim, me desculpem.

Ela me passou confiança na nossa primeira sessão e ela foi super paciente comigo. Até agora tive três sessões com ela.

Basicamente, a primeira sessão foi assim:

uma semana atrás

Louis subiu comigo no consultório, sentando ao meu lado na recepção. O lugar era bonito e comportado; uma sala grande e branca, plantas de vários tipos em alguns cantos, dando uma vida no lugar, sofás acinzentados e pequenos espalhandos em um formato semelhante de um quadrado — creio eu —, alguns lustres de luzes amarelas no teto e no canto de uma prateleira com livros e revistas.

Eu não parava de chacoalhar minha perna e Louis percebeu isso. Sua mão não saia do meu joelho.

— Meu bem, relaxa, respira fundo, vai ficar tudo bem — sussurra para mim. Não tinha ninguém na recepção, com exceção da recepcionista, mas acho que ele só fez isso graças a energia calma e tranquila do ambiente.