capítulo doze

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Harry, nesse exato momento, encontrava-se sentado no balcão da cozinha, tendo uma panela com o resto do jantar sob suas pernas enquanto me assistia limpar os restos do jantar romântico feito por mim.

— Hm, meu Deus, isso está bom — geme Harry, enfiando mais uma garfada do jantar na boca. Eu o encaro sorrindo, achando graça da situação.

— OK, corrija-me se eu estiver errado... — digo, buscando por um pano de prato solto pelo balcão extenso.

— Sal, por favor — diz o cacheado, lançando um sorriso travesso para mim.

— Há vinte minutos atrás, nós estávamos sentados na mesa de jantar, não estávamos? — questiono, rindo baixinho, pegando o saleiro no armário e entregando para Harry.

— Sim, nós estávamos — diz Harry, jogando o sal sob a comida distraidamente.

— Havia velas, flores, facas e guardanapos de pano... — comento, lembrando dos detalhes da mesa.

— Adorei os porta-guardanapos de sombreiro. Muito olé — comenta Harry, antes de pegar mais uma garfada e levar até a boca.

Eu rio, negando com a cabeça.

— E durante todo o tempo que estivemos na mesa de jantar, você deu duas ou três garfadas no jantar maravilhoso que eu fiz para você.

— Passe o pão.

Eu suspiro, com vontade de rir. Harry é impossível.

— Pois é, e assim que acaba o jantar e eu começo a limpar, de repente você fica com fome.

— O que eu posso dizer? — Harry fica ereto no balcão, gesticulando com o pão na mão. — Ver alguém trabalhar me deixa com fome. Se eu não tivesse parado de assistir This Old House, estaria pesando 200 kg.

Eu gargalho, jogando a cabeça para trás. Harry me acompanha.

— Eu te adoro — murmuro, distraído. Eu não consigo ver o sorriso discreto que ele dá.

— Eu sei — sussurra, deixando a panela de lado e descendo do balcão para poder me beijar. Eu circulo seu torso com meus braços, enfiando as mãos no bolso traseiro da calça dele.

Somos interrompidos por Carol, uma das empregadas, limpando a garganta.

— Senhores, a srta. Styles estava chorando no quarto — diz ela, com a bebê nos braços. —, eu fiquei preocupada e achei que seria melhor trazer ela aqui.

— Obrigada, Carol — murmura Harry, andando até ela e pegando uma Florence manhosinha nos braços. — Tá tudo bem agora, meu amor, eu prometo.

— Pode ir, Carol — digo. — Obrigado, viu?

Ela assente e sai da cozinha rapidamente. Eu me viro para Harry e Florence.

— A babá eletrônica tá quebrada? — indago, me encaixando atrás de Harry, juntando nossos quadris e levando um dos meus braços até Florence e o outro para a cintura de Harry.

— Acabou a bateria das pilhas — diz ele, balançando o torso e acalmando Florence. — Podemos ir no mercado amanhã? Também acabou o creme dental... Meu shampoo, o perfume de Florence... Nossa, acabou muita coisa.

— Tudo bem, nós vamos no sábado, antes do trabalho, OK? — digo e Harry assente, virando para mim e beijando meu pescoço.

Florence choraminga, atrapalhando a nossa bolha amorosa.

— Eu vou levar ela para dormir, já volto — sussurra Harry, me dando um selinho e não demorando a subir as escadas que davam para os quartos.

Eu fico admirando sua sombra de costas, enquanto ele sobe as escadas e me assusto com o barulho do meu celular tocando. Era Taylor.

𝙏𝙤𝙢𝙡𝙞𝙣𝙨𝙤𝙣'𝙨 𝙇𝙤𝙪𝙣𝙜𝙚 (𝗳𝗶𝗰 𝗵𝗲𝘀+𝗹𝘄𝘁)Onde histórias criam vida. Descubra agora