Capítulo 27

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POV LOUIS

O Zayn chega uns minutos depois e quando entra e vê a cena há sua frente, primeiro o corpo do Des no chão, depois o Harry sentado no sofá, a sua expressão não muda muito mas é quando olha finalmente para mim sentado no chão que arregala os olhos.

-Merda. – é a única coisa que ele diz. Ele não faz perguntas apenas vai até ao Harry.

-Styles temos de o tirar daqui. Ajuda-me. – o Harry primeiro não se mexe. –Styles, usaste um silenciador? – ele abana a cabeça. –Então temos de sair daqui o mais rápido possível antes que a polícia chegue. Vamos. – o Harry finalmente se levanta e os dois tiram o corpo do Des do chão da sala.

Meia hora depois não há um único vestígio que houve nesta casa um homicídio. O chão está limpo, não há sangue em lado nenhum sem ser na minha roupa e na do Harry e o corpo do Des já não está na sala.

Nessa meia hora eu acho que a minha mente bloqueou porque apesar de eu ter visto cada movimento deles não me lembro de um único. Uma vez li que perante um grande trauma a nossa mente pode se desassociar do corpo e talvez tenha sido isso que se passou comigo e talvez com o Harry já que ele não disse uma única palavra e parece um autêntico robot perante as ordens do Zayn.

-Vistam isto. – o Zayn atira uma roupa para o Harry e outra para mim. –Temos de queimar as vossas roupas. – eu assinto e começo a despir-me tirando a roupa cheia de sangue e colocando a nova e o Harry olha para mim e faz o mesmo.

-Vamos embora daqui. Temos de ir enterrar o corpo. – o Zayn diz e eu sinto um arrepio. –Louis, dá-me o teu telemóvel. – eu olho para ele e para o Harry que não diz nada e acabo por lhe entregar o meu telemóvel.

Ele deita-o no chão do jardim e pisa-o várias vezes até não sobrar mais do que peças.

E para minha surpresa o Zayn vai dentro de casa e quando volta traz um garrafão do que penso ser gasolina. Ele não vai... mas a minha pergunta é respondida quando ele acende o isqueiro e lança o fogo a toda a casa que se reduz a chamas em segundos.

-Vamos. – ele olha para mim e para o Harry e nós segui-lo até à sua carrinha sem dizer uma única palavra. Eu vejo o Harry a olhar uma última vez para as chamas e sinto uma grande dor por ele.

Eu não sei exatamente o que esta casa significava para ele, mas sei de alguma forma que uma grande parte dele morreu aqui esta noite. Só espero que depois disto ainda sobre alguma coisa dentro dele.

Nós seguimos na carrinha do Zayn até um pinhal onde ele para e os dois saem e tiram o corpo da mala. Eu não consigo ver muito bem apenas as sombras deles a enterrar o corpo. Já está de noite por isso o risco de alguém ver é menor, mas eu olho para todos os lados de qualquer forma com medo de que alguém os veja.

Eles enterram o corpo apenas com umas pequenas lanternas para não dar tanto nas vistas e meia hora depois eles voltam para a carrinha e nenhum dos dois diz nada.

O Zayn conduz até ao apartamento do Harry e para o carro.

-Está tudo tratado ou quase tudo. – o Zayn olha para mim.

-Eu não vou dizer nada. – respondo à pergunta que sei que ele se está a debater.

-Será que não? Tu andas a tentar arranjar provas contra nós porque achas que traficamos pessoas ou estou errado? – como é que eles sabem isto? Eu olho para o Harry, mas ele não diz nada. Ele também sabe?

-O Harry fez o que fez para me salvar. Eu não vou contar nada.

-Eu trato do assunto. – é a primeira frase que o Harry diz depois do que se passou e a voz dele está tão rouca que eu me arrepio. –Obrigado, Zayn. Podes ir.

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