Darkside

Capítulo 16

POV LOUIS

Abro os olhos lentamente sentindo todo o meu corpo doer. Sinto como se tivesse sido atropelado por um camião mesmo nunca tendo sido atropelado imagino que seja essa a sensação. Não consigo ouvir nada além de um zumbido irritante nos meus ouvidos e quando finalmente consigo abrir os olhos vejo o Harry em cima do meu corpo cobrindo cada parte dele enquanto à nossa volta está tudo destruído. Espera....foi uma explosão. Houve uma explosão no hotel?

A minha cabeça dói tanto que sinto que vou explodir. Tento retirar o Harry de cima de mim mas o corpo dele é o dobro do meu tanto em força como em altura e é me impossível mexê-lo. Toco-lhe para o acordar mas ele nem se mexe.

-Harry? Harry, acorda. Harry... –chamo durante algum tempo mas nada. Ele não responde. E é quando vejo as suas costas cheias de bocados de vidros que começo a entrar em pânico. –Harry? Harry, por favor, acorda. Por favor. – tenho medo de me mexer e prejudicar ainda mais a sua saúde. Eu não sei até onde são os cortes ou os vidros que perfuram a sua pele e qualquer movimento pode rebentar uma veia ou artéria importante por isso fico o mais quieto que consigo esmagado por baixo do seu corpo. Uma vez li que vidros são como facas na nossa pele.

-Ajudem. AJUDEM. –grito o quanto os meus pulmões me permitem.

Não sei quanto tempo passou até que sinto o Harry se mexer em cima de mim.

-Loueh... –ele fala ainda de olhos fechados.

-Harry, calma. Eu estou aqui. Houve uma explosão mas tu vais ficar bem. Nós vamos ficar bem.

-O quão grave é? – ele pergunta com a voz mais fraca que eu alguma vez o ouvi.

-Está tudo bem.

-Louis, ...o quão grave, é? –ele pressiona-me mas eu não lhe quero dizer até porque eu mesmo não sei e só o vou assustar.

-Tens alguns vidros espetados nas costas, mas vais ficar bem. Em breve vão nos encontrar e...

-Sim. Eu vou...eu vou dormir um pouco. –ele fecha os olhos e eu fico em alertar tentando abanado como posso.

-Não. Harry. Tens de ficar acordado. Fica comigo. Olha para os meus olhos. Eles estão sujos? –ele olha ligeiramente para os meus olhos e sorri um pouco.

-Sim. – eu sorrio com ele e procuro a sua mão unindo-as.

Quando ele está prestes a dormir novamente eu penso em algo para o manter acordado. –Harry?

-Hm hm.

-Quando sairmos daqui podes voltar a fazer aquela coisa com a língua? Hm. Lá em baixo. No meu...—ele sorri de lado.

-Claro que sim, baby.

-Louis? Louis? –ouço o meu pai gritar.

-Pai. Aqui. Na casa de banho. –grito de volta e um segundo depois vejo uma equipa de bombeiros entrar na casa de banho ou o que resta dela.

-Louis, filho. Eu estou aqui. Tu estás bem? –eu ouço o meu pai mas não o consigo ver com o corpo do Harry em cima de mim.

-Não pode entrar. A estrutura do edifício está fraca e pode cair a qualquer momento. –ouço um bombeiro falar.

-Mas é o meu filho que está ali.

-Pai, eu estou bem. –grito de volta para ele não ficar preocupado e a discutir com o bombeiro que só está a fazer o trabalho dele.