Capítulo 2

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Hey, pessoinhas.. como vcs estão?
Me desculpe a demora, estava resolvendo algumas coisas.. eu, junto com algumas meninas organizamos uma cesta para entregar para a Camila, então quem puder dá RT no twitter, ajuda muito!!!

Camila em solo brasileiro a qualquer momento!!

Boa leitura!! Não esqueçam de comentar suas dúvidas e interagirem com o capítulo!!

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Camila

A rainha estava andando nas estreitas e imundas ruas do quadrante de Brightmist quando a avistei.

Eu não havia planejado isso, mas os eventos não planejados podem nos conduzir por caminhos que nunca esperávamos trilhar, mudando nossos destinos e aquilo que nos define. Camila: órfã, rata de rua, a menina que desafiou a rainha, Rahtan.

Eu já tinha sido empurrada para um caminho quando tinha seis anos de idade, e no dia em que cuspi na cara da nova rainha fui mandada, cambaleando, para outro bem diferente.

Aquele momento não somente havia definido o meu futuro, mas a resposta inesperada da rainha — um sorriso — definira seu reinado.

Sua espada pendia em prontidão na bainha ao lado do corpo. Uma multidão tensa e ofegante esperava para ver o que ia acontecer. Eles sabiam o que teria acontecido antes. Se ela fosse o antigo Komizar, eu já estaria no chão, sem cabeça.

O sorriso dela tinha me deixado mais assustada do que se ela tivesse sacado sua espada. Eu soube naquele instante, com certeza, que a antiga Venda por onde eu sabia trilhar se fora, e eu nunca mais a teria de volta. Eu a odiei por isso.

Quando ficou sabendo que eu não tinha nenhum familiar a ser intimado, ela disse aos guardas que haviam me apanhado para me levar com eles até o Saguão do Sanctum.

Na época eu me achava muito esperta. Esperta demais para essa jovem rainha. Eu tinha onze anos de uma vida dura, e era impérvia a uma intrusa. Eu teria me aproveitado dela, assim como eu fazia com todos os demais. Afinal de contas, era o meu reino. Eu tinha todos os meus dedos — e uma reputação que vinha junto. Nas ruas de Venda, eles me chamavam de Dez com um respeito sussurrado.

Ter todos os dez dedos era algo lendário para uma ladra, ou uma suposta ladra, porque, se eu algum dia tivesse sido surpreendida com mercadorias roubadas, meu apelido teria sido Nove.

Os oito lordes dos quadrantes, que ministravam a punição por roubar, tinham um nome diferente para mim e rosnavam quando me viam chegando. Para eles eu era a Executora de Sombras, porque, mesmo em pleno meio-dia, eu conseguia conjurar uma sombra para me engolir.

Uns poucos até mesmo esfregavam amuletos escondidos quando me viam chegando. Porém, tão útil quanto as sombras era conhecer as estratégias da política das ruas e suas personalidades.

Eu aperfeiçoei minha arte, colocando os lordes dos quadrantes e os mercadores uns contra os outros como se eu fosse música e eles fossem rústicos tambores ribombando sob as minhas mãos, fazendo com que um se gabasse com o outro de que eu nunca o havia enganado, fazendo com que todos eles se sentissem muito espertos enquanto eu lhes tirava itens que poderiam ter melhor uso em algum outro lugar. Seus egos eram meus cúmplices.

As vielas que se contorciam, os túneis e os passadiços eram os lugares onde eu aprendia meus negócios, e meu estômago era meu implacável capataz. Porém, havia um outro tipo de fome que também me impelia, uma fome por respostas que não eram tão facilmente arrancadas das mercadorias de um lorde cheio de si. Essa fome era meu mais profundo e mais sombrio capataz.

SWEET ARROW         {SHAWMILA}Onde histórias criam vida. Descubra agora