SWEET ARROW {SHAWMILA}

Capítulo 42

Oiee, voltei!!
Lembrando do nosso acordo.. quanto maior a quantidade de comentários, mas rápido eu libero o próximo capítulo!!

BOA LEITURA!!
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SHAWN

DEI ALGUNS PASSOS, OBSERVANDO ENQUANTO ELA SAÍA correndo, e então senti o sangue na minha boca.

Levei a mão ao maxilar.

— Deveríamos ir atrás dela? — perguntou-me Titus.

Ele e Niall estavam por perto quando a gritaria irrompeu.

Balancei a cabeça.

— Não, deixem-na ir.

Eu já sabia que eles não a encontrariam se ela não quisesse ser encontrada.

Eu ainda estava tentando entender o que havia acontecido. Olhei para as pessoas que haviam parado para assistir ao desenrolar da cena. Tudo que viram foi o Patrei sendo acertado na cara por uma soldada vendana que era metade do tamanho dele.

E então ouvi uma voz atrás de mim.

A voz errada.

Estalando a língua. Soltando suspiros.

— Ah, querido. Uma briga de amantes? O afeto é algo tão transitório, não é?

Quando eu me virei, Zayn recuou e seu straza deu um passo à frente, talvez enxergando alguma coisa no meu rosto.

Isso não foi nada bom para eles.

Desferi um golpe com o punho cerrado, fazendo Zayn voar para o chão.

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— Se não estavam quebrados antes, agora estão. — disse Brian.

Eu me encolhia de dor enquanto ele puxava os meus dedos e recolocava a bandagem nas articulações.

Niall havia trazido um pouco de gelo para o meu maxilar. A parte interna da minha boca estava em carne viva, bem onde os meus dentes haviam cortado.

— Ela tem um soco bom dos diabos. — admirou Titus, ignorando que o alvo dela tinha sido a minha boca.

— O que está acontecendo? — quis saber Aaliyah, caminhando pelo vestíbulo do aposento.

— Parece que a soldada vendana predileta de Shawn não aprova os Previzi. — foi a resposta de Brian.

— Ela lhe passou um sermão ferrenho sobre eles na frente de todo mundo.

— E ela bateu em você?

— Ela estava fora de si. — respondi.

Mas quem era aquela? Eu não achava que Camila tinha ouvido metade das coisas que eu lhe dissera. Ela se transformara no minuto em que vira o armazém dos Previzi.

Suas mercadorias eram questionáveis às vezes — mas, caramba, todos os reinos negociavam com eles.

Sim, nós ignorávamos deliberadamente o que eles faziam. Assim como todo mundo. Eles tinham mercadorias que as pessoas queriam. E também compravam produtos para comercializar aqui na arena a um preço justo.

Aaliyah ergueu as sobrancelhas.

— Então os vendanos seguem as leis ao pé da letra?

Não. Camila desviava muito das regras para que isso fosse verdade. Alguma outra coisa a havia incomodado. Ela vinha agindo estranhamente desde o minuto em que pisara dentro do túnel. Seus olhos estavam vidrados.

— Vamos fazer o controle de danos lá na arena. — disse Aaliyah. — Diremos que vocês dois já se entenderam e estão rindo muito disso. Que foi apenas uma briga de amantes. Muita gente viu vocês dois se beijando e de mãos dadas hoje, então eles vão cair nessa.

Ela fez uma pausa, suas mãos nos quadris.

— E é verdade, não é, Shawn? Foi apenas uma briga, não?

Assenti.

Talvez.

Eu estava repassando todos os nossos passos e palavras.

— Então? — grunhiu Niall, enquanto ele, Aaliyah e Titus saíram andando pela porta. — Vá encontrá-la e, de fato, resolvam-se. Temos uma rainha a caminho daqui.

Brian ficou para trás. Ele prendeu a bandagem e olhou para a porta, esperando até que fosse fechada.

— Eu não queria trazer isso à tona na frente dos outros, mas achei que deveria mencionar. Algo um pouco peculiar.

Deslizei minha língua pela carne inchada dentro da minha boca.

— Diga.

Ele me contou que o boticário o havia abordado hoje na cidade, perguntando-lhe quando receberíamos uma nova remessa de asas de bétula. Ele estava sem estoque e tinha um pedido de um cliente regular.

— Você sabe com que frequência temos essas remessas, Brian. Uma vez por ano, duas, se tivermos sorte.

Asas de bétula eram feitas de um fungo que crescia como asas em galhos de bétula, ao norte. Os kbaaki traziam-nas junto com outras poções que eles preparavam. Eu não estava me importando com fungos neste momento.

— Ele os terá quando...

— Não tem nada a ver com as asas de bétula. Mas com quem pediu por elas. Hailey. E ela pediu o bastante para derrubar metade da cidade.

— Talvez ela apenas não entenda de dosagem.

Ele balançou a cabeça em negativa.

— Eu dei a ela um pequeno frasco da despensa na noite da festa. Ela disse que estava com dor de cabeça. Avisei que era para tomar quatro doses.

Eu me lembrei de ter visto o frasco pela metade quando mexi no guarda-roupa de Camila, procurando por uma camisa.

— Por que ela poderia querer uma quantidade dessas? — perguntou-me Brian. Dei de ombros.

— Eu não sei. Talvez para levar a Venda, quando elas voltarem. É possível que eles não tenham um remédio como esse por lá.

Eu me levantei. Precisava encontrar Camila. Provavelmente ela já teria voltado para a torre da Vigília de Tor a essa altura.

— Só fique de olho na despensa. Certifique-se de que permaneça trancada.

Eu estava saindo pela porta quando me deparei com Garvin. Dispensei-o com um aceno de mão, dizendo que conversaríamos depois.

— Eu acho que você vai querer ouvir isso agora. É sobre aquela garota de Brightmist.

Minha pulsação ficou um pouco acelerada.

— Vá em frente, diga.

— Finalmente me lembrei. Eu estava na torre, de olho nela lá na arena, quando percebi. Eu a vi tropeçar no rei — deliberadamente. Eu acho que ela afanou algo dele.

— Ela roubou o rei?

— Não posso afirmar com certeza. — foi a resposta dele. — Olhando lá de cima, da torre, não dá para saber. Ela foi discreta. Mas ela pretendia ir de encontro a ele, disso eu sei. Eu observei enquanto ela corria entre as tendas, dando voltas até ficar bem no caminho dele — e então ela já estava com as mãos em cima do rei.

Passei os dedos nos cabelos, soprando o ar, frustrado. Ela não mencionou que tinha pegado alguma coisa do rei. Voltei a olhar para Garvin.

— Você disse que tinha se lembrado de alguma coisa?

— Do nome dela. Dez. Ela era uma ladrazinha em Venda. Provavelmente, a melhor delas.

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Eita... vem aí?!

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