31 - No hospital

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Quando chegamos ao hospital foi aquela correria , tentei ir a algum lugar onde pudesse ter notícias do meu marido então comecei pela recepção do hospital. Mas eles não me passaram informação nenhuma, então liguei para Carla que me falou que todos estavam na lanchonete. E quando ela falou todos e não imaginava que eu seria tantas pessoas.

Todos que trabalhavam da clínica Sodré que não estavam em serviço vieram saber notícias do Jon e claramente vieram direto do serviço pois muitos deles ainda estavam de roupa branca e jaleco.

Quando cheguei, Juliano , Bárbara , Carola , Marcio, Rodrigo e Lídia vieram me abraçar, eu me senti mal por aquele monte de gente está o tempo todo falando com tristeza de Jon, parecia um velório sem defunto.

Fui até a Carla que estava aos prantos perguntar se alguém tinha alguma informação do Jon ou da Tessa e Carla me respondeu esmorecida :

- Ninguém dá uma informação nesse lugar , eu só acho e vocês deveriam construir um hospital igual a esse hospital , um hospital de verdade e não aquela clínica que parecem mais um posto de saúde de rico. Sim , um posto de saúde, porque se a pessoa estiver realmente passando mal terá que vir para o hospital de verdade. Se aquela clínica fosse um hospital de verdade, essa hora vocês estariam cuidando do Jonathan e uma hora dessa a gente já saberia tudo o que estava acontecendo, não estariamos aqui sem informação nenhuma.Olha só olha quantidade de médico e de enfermeiro que está aqui sem poder fazer nada.
- Carla falou olhando em volta e tinha por volta de 25 pessoas entre médicos, enfermeiros, atendentes, e pessoas da administração.

Rodrigo vendo o sofrimento de Carla a abraçou e os dois se afastaram dos demais indo chorar na esplanada do café ao lado.

Longe de pensar que Carla estava querendo "roubar o lugar da viúva" . Ela nunca fez segredo para ninguém que gostava do Jon , às vezes penso que a errada fui eu que fiquei com Jon sabendo que minha amiga gostava dele.

Vários amigos da clínica vieram conversar comigo , desejar melhoras para Jon , e os que conheciam a Tessa também desejavam melhoras a ela .

Ví Juliano olhando para um lado e para o outro apreensivo, e quando um rapaz entrou na cafeteria ele foi até o rapaz.

- Olá você é o Felipe que estagiou na clínica Sodré não é?

- Dr. Felipe agora, o senhor é o dr Juliano Sodré e acho que sei porque o senhor está aqui... É o dr Jonathan que deu entrada não foi?

- Sim . - Juliano falou segurando as lágrimas.

- Quando vi fiquei na dúvida, por causa de todo aquele sangue . Eu não sei muita coisa, mas sei quê ele teve duas paradas cardíaca. - O rapaz favor indo até a máquina de café e colocando uma moeda.

Eu cheguei perto do Dr Juliano para ouvir melhor a conversa.

- Tem também uma menina por volta dos 18 anos morena clara, do cabelo longo, acidente de carro. - Meu amigo tentava ter informações.

-Eu não sei nada mas posso procurar saber. - O rapaz respondeu tomando o primeiro gole de café

- Teria como vermos o Jonathan? - Dr Juliano suplicou.

- Esse povo todo ? nem se tivesse no quarto. Ele está na UTI , e eu não preciso explicar para senhor os procedimentos.

- Felipe ... dr Felipe , poderia conseguir com que entrassemos por apenas 5 minutos, apenas eu e a esposa dele.

- ... Eu tenho uma namorada, ela e muito eficiente e aprende rápido...

- Qual o cargo? - O dr Juliano revirou os olhos .

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