11- Barreira

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O dia parece ter amanhecido extremamente triste, apesar do sol rosado, os pássaros cantando e da floresta verde, o ar exala ressentimento.

Deixo a caverna que dormir assim que os primeiros raios solares adentram a escuridão, sigo direto para o Espelho de Pedra e ele já está lá a minha espera. Sentado com os cabelos albinos boiando na água.

Ele não me olha, não me cumprimenta, apenas aponta para a pedra principal e faço o que fiz na primeira vez.

O Dragão Branco disse que não pode ver o que eu vejo, que apenas meus olhos violetas podem ser honrados pelo Espelho.

Mas a imagem que eu vejo é diferente do que esperava. Saphide não aparece dessa vez, para me atormentar com sua arrogância. Na verdade, um campo aberto aparece e um enorme dragão albino jogado lá. Ele parece dormir.

Quando abre os olhos, finalmente o reconheço. Olhos azuis vibrantes olham ao redor, logo ele se levanta e sai voando.

O dia no Espelho passa rápido, o tempo passa. Novos dragões surgem e então a humanidade. Os humanos evoluem e o Dragão, da montanha mais alta, apenas observa.

Reinos, cidades e colmeias, a humanidade cresceu e com ela veio caos e desgraça. O Dragão Branco encara o sol, como se estivesse falando com ele.

"DB- Ele me pediu algo que não sei se posso fazer.

R- O quê?

DB- Queimar a humanidade.

R- E por que é tão difícil? Eles nada trouxeram de bom. Observá-los por tanto tempo fez com que se apegasse a eles."

Guerra, sangue e trevas surgem, o Dragão Branco perdeu a luta contra o Lorde e foi aprisionado em um templo que o acomodava inteiro. Saphide então aparece, o visita diariamente antes de o sol se pôr.

Eles parecem próximos, amigos, amantes.

"DB- O que trouxe para mim hoje?" - Ele está acorrentado, com o pescoço bem preso ao chão, a olha de canto de olho.

- Hoje te trouxe música. "Porque o amanhecer logo antes do sol nascer é o mais escuro. Mesmo num futuro distante, nunca se esqueça o você de agora. Onde quer que você esteja agora, você está fazendo apenas uma pausa. Então não desista, você sabe."" - Sua voz é melodiosa e preenche o salão. O Dragão parece se deleitar com o som.

"DB- Não paras de me surpreender.

S- É você que está sempre a inovar. Mas o que há com suas escamas? Parecem escurecidas.

DB- Não és minha única visitante, teu Lorde não vem cantar para mim.

S- Me ensine magia, por favor, precisaria implorar a ti que me deixe ajudá-lo?

DB- Já fizeste o suficiente. Obrigado, por tentar."

A imagem muda outra vez, agora o Dragão está livre das correntes o templo está em pedaços e a mulher a sua frente é pequena em comparação. Então, de dentro da fumaça o Dragão se transforma em homem, com orelhas pontudas e pele pálida, ele aparece na frente da mulher.

Eles se beijam. E se amam.

Não se passa muito tempo, o então elfo ainda sofre com os dilemas dados pelo seu criador.

"DB- Então sempre foi assim? Apenas me usou?

S- Você me salvou do Lorde e eu te amei, eu amava você. Tão grandioso, o lendário e poderoso Dragão Branco, você não é mais ele. E eu não amo esse você.

A Lenda do Dragão BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora