Capítulo 41

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O Rodrigo cai desfalecido no chão, o chuto para o lado e me ajoelho em frente a Nina. Minha menina estava com o rosto todo machucado, seu lábio sangrava. Ainda vestia a camisola do hospital, na área do abdômen estava úmido e havia uma marca de sangue.

Com delicadeza levo minhas mãos até a Nina, e a puxo para meu colo.

- Pirralha - coloco sua cabeça em meu peito - Meu amor, me responda.

Não ouço nenhum ruído vindo dela, a abraço forte e beijo sua cabeça.

- Vamos meu bem, você tem que acordar. - lágrimas começam a rolar dos meus olhos. - Pirralha está me ouvindo?

Levanto e a pego em meu colo, a tempo de ouvir sirenes ao lado de fora.

Subo as escadas ainda chorando, a dor em meu peito era insuportável. Ela iria ficar bem, ela precisava melhorar.

Enquanto subia as escadas policiais as deciam, tudo em minha volta estava em câmera lenta.

Ao sair para fora vejo Igor vindo em minha direção, ele fala alguma coisa que não consigo entender, estava tudo mudo.

Caminho até a ambulância, vejo os paramédicos vindo em minha direção, eles tentam tirar a Nina de meu colo, mas não deixo.

Policais me cercam e apontam a arma para mim, eu realmente havia matado o assassino.

Nina é arrancada de meu colo, me debato e luto contra quem me segurava, eu não podia me separar dela. Logo estou com a cara no chão, vendo um paramédico a colocando em uma maca no chão em seguida a levam para dentro da ambulância.

- Me soltem! Eu preciso ir até Mariana! Me larguem. - Tento me soltar novamente, sem sucesso.

Igor discutia com os polícias e aponta pra mim, ele estava enfurecido.

- Soltem ele! Ele salvou a minha irmã. Enquanto vocês estavam na merda de um escritório dizendo que ela estava morta!

- Vá com ela - susurro para ele.

Igor olha uma última vez para mim, e entra na ambulância. A dor em meu peito era horrível, minha pirralha ficaria bem, certo?

Logo estou algemado em uma viatura da polícia, observo quando uma maca com um corpo dentro de um saco preto sai de dentro da casa. Aquele merda merecia mais do que a morte, deveria ter apodrecido na cadeia.

- O que você fez Jason. - Um colega que estava na viatura diz me olhando tristemente.

- Eu fiz a bosta que nenhum de vocês fizeram. Se estivessem fazendo o serviço direito nada disso teria acontecido.

As dúvidas e incertezas estavam me matando pouco a pouco. Eu estava preso a umas 4 horas e não havia conseguido notícias da Nina.

- Olá Jason! Sou seu advogado.

Eu estava tão distraído que não havia percebido o homem engravatado do lado de fora da cela.

- Não preciso de advogado, preciso de notícias da minha mulher! - rosno contra a grade.

- Igor me enviou. Consegui sua liberdade provisória. - ele me alcança um papel. - Vamos para o hospital, o senhor Beckerty o espera lá.

Quase pulo de alegria com suas palavras

- Mariana está bem?

- Não tenho notícias dela, Jason. - Ele diz ajeitando os óculos.

E em poucas horas eu estava no hospital. Ando em passos largos ate chegar na sala de cirurgia, Mariana estava lá novamente.

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