Capítulo 40

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As chances de Mariana estar morta são altas. Já se passaram 8 dias desde o desaparecimento, com esse tempo 99% dos casos achamos a vítima sem vida. Vamos começar a procurar o corpo. Sinto muito Igor. - Martin, o delegado responsável pela operação diz para o Igor.

- Jason isso é verdade? - Ele me olha, Igor estava destruído.

- Temos 1% de chance e eu vou encontrá-la.

Antes que eu saia da sala sou interrompido por Martin.

- Jason você está fora da operação. Fique com os familiares e aguarde notícias.

- Eu não vou ficar sentado esperando. A Mariana está viva e eu vou encontrá-la. - falo me segurando para socar meu superior.

- Jason você acha que o assassino a deixaria viva? Acorda rapaz! Ela está morta. Você conhece o assassino melhor que ninguém, ele não fez contato conosco.

Saio da sala esbarrando em Martin, eu iria encontrar minha pirralha, não importava o que precisasse fazer.

O assassino havia tirado Mariana de dentro do quarto, com seguranças na porta. Ambos haviam dito que uma amiga de Mariana havia saído um pouco antes do desaparecimento dela.

Após pegar o nome na lista de visitantes ligo para ela, na esperança que ela tenha visto algo.

Marco de encontrá-la em um café próximo a delegacia, após 30 minutos Fernanda aparece.

- Oi - Ela se senta na cadeira disponível a minha frente.

- Olá. Você esteve com a Mariana antes dela desaparecer certo?

- Sim. Fiquei lá quase a tarde toda. - Fernanda retira os óculos escuros, mostrando seus olhos inchados e vermelhos.

- Você consegue fazer um retrato falado do enfermeiro? Ou reconhecé-lo?

- Ele estava usando uma máscara cirúrgica, mas acredito que posso reconhecé-lo.

Empurro os cafés - que eu havia pedido enquanto esperava Fernanda - para o canto, coloco em cima da mesa uma pasta grande. Anna havia conseguido com seus contatos um fichário com todos os funcionários do hospital, incluindo suas informações pessoais e foto do perfil.

- Eu vou pedir para você ver a foto de cada funcionário do hospital, já filtrei alguns. Isso pode demorar um pouco.

- Se for para salvar a Nina ofereço todo tempo que tenho.

- Fico feliz com sua ajuda Fernanda - Retiro outra pasta enorme. - Peguei o fichario do hospital da Tia da Nina também.

Eu acreditava que o assassino trabalhava no hospital da família de Anna. O assassino conhecia muito bem aquele local, e eu acreditava que ele tinha contato com Marcos Linder.

Fernanda olhava atentamente cada folha, faziam 3 horas que estávamos ali e ela estava no começo da segunda pasta, ela não havia reconhecido ninguém que trabalhava no hospital em que Nina havia desaparecido.

- Jason é ele! Tenho certeza. - pego a pasta da mão de Fernanda e analiso a foto do homem, o reconhecendo. Em seguida vou até seu nome e dados.

- Jason a Nina está viva? - desvio os olhos do fichário e encaro Fernanda.

- Tenho certeza que está.

- Como você pode ter tanta certeza?

- Porque se o assassino tivesse a matado, ele iria querer que eu visse o corpo o quanto antes e o deixaria bem visível.

Depois de muitas ligações consigo o endereço de Rodrigo Sanremo, enfermeiro que estava responsável por Marcos Linder. Segundo Fernanda, ele era o responsável por tirar Nina do quarto.

- Ele realmente não trabalha no hospital - Fernanda estava ao meu lado no carro, me ajudando com as informações.

- Pode ser perigoso, me espere no carro.

- Ok! - Ela digita um número no celular- E aí, tudo bem? Sabe aquele favor que me devia, vou querer ele agora.

E em poucos minutos Fernanda tinha o endereço de Rodrigo. Ligo para o Igor e conto todas as informações que consegui, não entrei em contato com meu supervisor, pois ele teria que conseguir um mandado. Eu poderia ser preso, mas iria entrar na casa de Rodrigo Sanremo.

Igor chegaria em 1 hora e com seguranças para nos auxiliar.

Segundo o GPS demoraria mais 55 minutos para chegar no endereço. Ele morava em uma área mais afastada, perto da área rural.

Fernanda ao meu lado já deveria ter roído todas as suas unhas, estava nervosa e tensa.

Deus por favor que Mariana esteja viva!

E novamente minutos pareciam horas enquanto eu dirigia o mais rápido possível para o endereço, eu precisava encontrá-la.

Freio o carro rapidamente desviando de uma menininha que corria pela rodovia deserta. O carro gira algumas vezes na pista, seguro o volante firmamente tentando evitar aquela força centrífuga, por sorte ele não capota.

- Você está bem? - pergunto para Fernanda que assente.

Desço correndo do carro, não sabia se o mesmo tinha batido na criança. Por sorte a vejo no chão sentada, segurando um bebê no colo.

Um sinal de alerta acende em minha cabeça, ao ver a forma que a menina se encontrava. Suas vestes estavam rasgadas e suja, e ela estava muito desnutrida.

- Moço ajuda a minha amiga - quando me aproximo ela vem em minha direção - o pai ficou furioso e ele vai matar ela.

- Qual o nome da sua amiga? - Fernanda diz para a garotinha e pega o bebê do colo dela.

- É Mariana! - Ela estava viva. Só podia ser a minha pirralha, eu rezava que fosse.

Entramos no carro e Fernanda senta no banco da frente, segurando o bebê no colo. O exaustão pareceu vencer a garotinha e ela desmaia assim que se senta no carro.

- Fernanda a casa do Rodrigo é logo ali na frente, leve as crianças para o hospital.

Sem esperar a resposta saio do carro e corro em direção a casa, que estava a uma quadra dali.

Poucos minutos depois chego em uma casa pequena e velha. A porta estava aberta. Retiro meu revólver da cintura e empurro o restante da porta com a ponta da arma.

Passo pela sala em seguida vou até cozinha, caminho em direção do que parecia ser um quarto, até que vejo uma escada, no final dela havia uma porta. Desço lentamente tentando não fazer barulho, o que não adiantou muito, pois os degraus velhos ramgiam conforme eu descia.

Giro a chave que estava na porta, e abro a porta a tempo de ver o Rodrigo com as mãos no pescoço na Mariana, que estava desacordada.

Sem pensar duas vezes atiro.

* * *

Olá, como estão?
Próximo capítulo é o último.
Será que a Nina está viva?
Beijooo fiquem bem❤️


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