Capítulo 35.

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*Helena Suárez*

- Meu marido possui uma das redes de hotéis mais famosas de New York. - diz a mulher ruiva, ãhn.. Betânia? betty? letty? não faço a mínima ideia, não lembro mais o nome de nenhuma das mulheres ao meu redor.

Pensei que acompanhar Peter em um evento com seus sócios seria tolerável, mas depois de ter que ficar alguns minutos com as mulheres deles enquanto ele resolvia alguns assuntos, eu sinceramente preferia a morte. Meu olho esquerdo tremia de tanto eu me segurar para não revirar os olhos a cada vez que uma mulher a minha volta falava sobre os bens materiais de seus maridos.

Percorri meus olhos pelo o salão de eventos analisando as possibilidades de fugir daqui, mas falhei miseravelmente.

- E você e Peter, pretendem se casar? - perguntou outra mulher.

Minha senhora, nem resolvemos nossos problemas ainda- pensei.

- Ainda é muito cedo.

- Bobagem! Peter é o homem com o bolso mais cheio aqui.. - disse a ruiva - Você deveria agarrá-lo antes que seja tarde.

Engoli em seco, santo Deus! isso por acaso era uma prova de resistência?

- Não me importo com bens materiais.

Elas me olharam boquiabertas - Como não? - perguntou a de cabelos castanhos, os cílios enormes que praticamente batiam nas bochechas.

- Não vejo razão em me casar se não for por amor, então.. se ele está comigo, sabe que a única coisa que quero dele é seus sentimentos.

A ruiva riu - Você é jovem, talvez seja por isso que pensa dessa forma.. tem que ser esperta, querida, o mundo é dos espertos. Raramente homens realmente amam suas mulheres.

Ia responder, mas calei imediatamente quando senti um estremecimento em minhas pernas e engoli em seco, sentindo meu corpo esquentar e o calor subir em minha espinha.

- Você está bem? - perguntou uma delas e sorri desajeitada.

Olhei para Peter, a mão enfiada dentro do bolso enquanto conversava com seus sócios e o sorriso descarado em seus lábios, provavelmente sentindo meu olhar nele.

- E- estou.. - gaguejei e espremi as pernas.

Eu ia matá-lo. Se a ideia de me fazer usar um vibrador de bala era para me torturar em meio ao evento, ele estava conseguindo. Tentei persuadi-lo para usarmos em casa, mas o maldito me fodeu e, consequentemente, fodeu meus miolos e o último resquício de sanidade quando aceitei usar isso em meio ao evento.

O vibrador estava na velocidade média, mas mesmo assim ainda me causava arrepios e engoli um gemido baixo, sentindo uma gota de suor descer em minhas costas. Observei atentamente seus dedos se mexerem dentro do bolso, controlando o vibrador com o controle pequeno que vinha junto. Eu o odeio.

- Você está corada - disse a mulher ruiva.

- Está quente aqui, não acham? - perguntei meio ofegante e elas franziram o cenho meio confusas, já que a noite estava fria e a previsão era de chuva.

Salva pelo gongo, a mão áspera de Peter tocou gentilmente em minha lombar, o cheiro do seu perfume entrou nas minhas narinas e ele sorriu para as mulheres, que provavelmente sentiram o efeito Peter Steele, porque todas coraram e ficaram meio tímidas.

- Damas, se me derem licença, vou roubar a minha garota por alguns minutos. - diz ele, a voz grossa e baixa me deixando entorpecida junto do seu toque quente.

Todas assentiram, incapazes de formar uma frase, apenas suspiros. Eu realmente ficaria com ciúmes se não fosse pelo vibrador enfiado em minha boceta.

- Vou matar você - digo enquanto caminhávamos para fora do salão, em um corredor escuro.

Reconquista-me, se for capaz - Livro 3 da saga: Os cavalheirosOnde histórias criam vida. Descubra agora