Capítulo 4.

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(assistam o vídeo primeiro)

*Helena Suárez*

Me alonguei segurando no corrimão da sala do meu apartamento, que eu havia esvaziado apenas para que eu pudesse dançar e levantei ficando em posição esperando a música começar a tocar.

A peça giselle tinha um significado enorme para mim, quando criança minha mãe tinha me levado para assistir e eu me apaixonei completamente por ela, era como se eu tivesse visto meu primeiro amor. Desde então, sempre que tinha, ela me levava.

A música começou e no começo foi difícil, eu já estava parada à meses. Então estava meio enferrujada, mas logo peguei o jeito e foi como todas as outras vezes em que dançava, como se eu estivesse flutuando e nada mais existia para mim, nada passava em minha mente, era como se eu viajasse para o céu, sentasse no colo da minha mãe e nada poderia me machucar ali. Era assim que eu me sentia com o balé.

Rodopiei pelo quarto sorrindo fogosa, sentindo meu rosto corar e meu coração esquentar e me joguei no chão quando a última nota tocou.

Ouvi aplausos vindo da porta e levantei assustada vendo as meninas parada nela.

- Esplêndido! - exclamou Maju.

- É essa que você está ensaiando para apresentar se conseguir o papel? porque acredito que ele já seja seu.

- Não sei não, Kananda.. não sei se quero voltar ao palco.

- Você deveria, ao menos na escola de balé mesmo. - comentou Ana sentando ao meu lado.

- O que aconteceu para me procurarem em uma tarde de sexta? - mudei de assunto.

- Você não abriu o restaurante hoje porque?

- Estava fatigada hoje, Maju.

- Como é bom trabalhar para você, Helena. - brincou Kananda e sorrimos.

- Viemos buscar você para irmos comprar roupas, Marina está bem empolgada pelo visto, quer dar mais um jantar amanhã à noite. - diz Ana.

- Mais um? céus! tem que ter muito dinheiro para ficarem gastando assim.

- Eu também acho. - concordou Kananda.

Tomei um banho enquanto as meninas me esperavam e vesti um vestidinho soltinho, já que a tarde estava quente.

(...)

- E então? o que acham? - perguntei dando uma voltinha dentro da loja e vendo as meninas boquiabertas.

Optei por um vestido tomara que caia colado no meu corpo longo, que modelava a minha cintura e dava bastante valor aos meus seios, na cor preta. Pus luvas pretas até o cotovelo e calcei um salto fino preto.

- Porra. - Kananda abanou o ar e gargalhei.

- Ei - chamei a atenção de Ana - Para quem está mandando essa foto?

- Vou por no nosso grupo, relaxa aí e faz uma pose. - mandei beijinho para a câmera e ela tirou a foto sorrindo como uma mãe orgulhosa.

- Minha mulher é gata demais - comentou Maju.

- Está bom mesmo? - olhei meu reflexo no espelho passando as mãos pelo corpo e suspirei.

- Tá brincando? você está perfeita!

Sorri para Kananda e peguei meu celular abrindo o grupo, mas encarei Ana séria vendo que ela havia mandado no grupo que os meninos estavam.

- Eu não especifiquei.. - diz risonha e neguei lendo as mensagens.

Reconquista-me, se for capaz - Livro 3 da saga: Os cavalheirosOnde histórias criam vida. Descubra agora