Capítulo 45 - Penúltimo.

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*Helena Suárez*

Estávamos sentados de frente um para o outro sem dizer absolutamente nada há exatamente trinta minutos contados. Peter estava com o semblante cansado, as orelhas eram nítidas e seu cabelo estava uma bagunça, como se ele não tivesse dormido bem durante os dias em não nos falamos.

- Eu fiz a minha escolha - disse, quebrando o silêncio insuportável entre nós.

Toda essa situação estava machucando nós dois, e sabíamos disso.

- E o que você escolheu? - a ansiedade correu pelo seu olhar e engoli em seco.

- Eu vou, Peter. Eu sinto muito, mas esse sempre foi o meu sonho..

Eu o amava, o amava tanto que meu peito doía, mas eu tinha um objetivo a cumprir e não podia simplesmente largar tudo, não quando eu lutei para estar onde eu cheguei. Poderia ser egoísta da minha parte, mas Peter teria que me entender. No começo, pensei que estaria fazendo isso mais pela minha mãe do que por mim, mas não, esse sempre foi o meu sonho. Eu não podia deixar de cumpri-lo.

- Eu também fiz a minha escolha, Helena.

Olhei para ele, meu coração acelerando dentro do peito com as respostas que sairiam de sua boca, sua mão agarrou a minha e ele me puxou para o seu colo, me deixando sentir seu perfume e seu calor reconfortante. Juntando todos os meus pedaços novamente.

- Eu vou esperar por você - disse.

- Você vai?

Ele assentiu - Eu fiquei com medo, com medo de que você estivesse fugindo de mim por causa do que fiz. Mas eu entendi depois que eu estava sendo egoísta e.. e se for para ver você feliz, então tudo bem. Eu te quero livre para ser o que você quiser, estar onde quiser, mesmo que isso signifique que você vai estar longe de mim.

- Você tem certeza, Peter? - ele sorriu e deu-me um beijo casto nos lábios.

- Você esperou por mim por dois anos, Helena. Dois malditos anos, e se eu tiver que esperar por mil anos por você, eu esperaria, se isso significar que ainda terei seu coração quando voltar para mim, para os meus braços.

- Meu coração pertence a você desde a primeira vez em que nos beijamos, Peter. Ninguém tomara ele de você, meu amor não é frágil.

Ele sorriu, nossos olhos marejados e nos abraçamos.

- Vou sentir a sua falta todos os dias.. - sussurrou.

- Eu também sentirei a sua, querido..

Ele enfiou a mão no bolso, tirando uma caixinha de veludo e a abriu, exibindo um anel de ouro branco com um diamante dentro e me olhou.

- Você não me respondeu naquele dia..

- Oh meu Deus, Peter..

- Você quer se casar comigo, Helena? - desabei em seu colo, chorando como uma criança, sentindo meu peito apertar de felicidade e saudade.

- É claro que eu quero.. - beijei seus lábios, nossas línguas unidas em uma dança lenta e preguiçosa, porém linda e confortável, a sensação de estar em casa me preenchendo.

Peter interrompeu o beijo - Eu amo você.

- Eu amo você, Sr. Steele..

- Sra. Steele.. - ele disse, fazendo uma careta - Eu gosto como isso soa, você também gosta?

- Eu amo.

Ele me pegou em seu colo, me carregando até a varanda de seu apartamento e gargalhei, mas fiquei estagnada quando vi a mesa arrumada a luz de velas.

- Você já esperava o sim, né?

- Óbvio.

- Você é tão convencido, Sr. Steele.

- Hum, eu diria que isso é o meu maior charme. E não é bem convencido, está mais para confiante.

Gargalhei - Você é demais.

‐ Sou um homem apaixonado, completamente e irrevogavelmente apaixonado.

- E eu sou uma mulher apaixonada..

- Minha mulher.. - sussurrou, roçando nossos lábios.

Ele me pois sentada na cadeira e me serviu, começamos a comer a minha massa preferida e conversar sobre algumas questões sobre os anos em que passaríamos longe um do outro.

- Aqui - ele me estendeu um cartão de crédito - Sem limite, é seu. Gaste com o que quiser durante esses anos.

- Kananda estava certa..

‐ Sobre o quê?

- Você é meu sugar daddy. - ele sorriu e sorri também.

- Gosto de gastar com você, eu quase não uso meu dinheiro.

- Coisas de ricos..

- Ei! nem mais um piu, Big time rush.

- Cala a boca - gargalhamos, suspiramos e nos olhamos em silêncio.

- Você é a mulher da minha vida, Helena. Eu sou um homem de sorte em tê-la comigo.

Toquei em sua mão, a levando aos meus lábios e deixei que ele fizesse uma carícia em minha bochecha. Acho que agora eu poderia enfim, parar de nadar.

E pensar que eu desejava ter algo como as minhas amigas tiveram, mas, o que temos é diferente, é mais intenso, mais carregado de emoções. E tenho que dizer, eu não mudaria absolutamente nada do que passamos para chegar até aqui, não me arrependo de ter perdoado o homem na minha frente. Porque se somos o que somos hoje, é graças a tudo que aguentamos juntos, o que nos fez crescer e entender melhor um ao outro.

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Boa leitura! ❤

Reconquista-me, se for capaz - Livro 3 da saga: Os cavalheirosOnde histórias criam vida. Descubra agora