Capítulo 18.

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*Helena Suárez*

Olhei em meu reflexo no espelho, me sentindo uma gostosa do caralho dentro do vestido longo vermelho de seda, de alças finas e as costas nuas. Uma fenda até a altura do joelho do lado direito que dava um pequeno vislumbre da minha coxa quando eu sentava.

Hoje iríamos assistir à uma apresentação da Merlia na sua escola de música, ela irá tocar uma música em seu violino e muita gente iria comparecer. Eu estava ansiosa para ver minha pequena tocando lindamente para todas aquelas pessoas, mostrando todo o seu talento.

Desci as escadas ao ouvir a campainha e abri a porta dando de cara com Peter, já que o mesmo havia se oferecido a me levar. Que estava gostoso pra caramba em seu smoking preto, a barba feita, mas ainda grande, o cabelo ainda molhado.. céus!

- Você está.. - ele me olhou de cima a baixo - fodidamente gostosa, porra Helena.

Peter estendeu a rosa para mim e a peguei indo até a cozinha pô-la em uma jarra, sendo seguida por ele.

- Está com pressa? - perguntei.

- Depende.. se for para beijar você, não estou, se for para outra coisa, sim, estou com muita pressa. - o canto dos seus lábios se esticaram em um sorriso safado e neguei com a cabeça.

- Só vou me calçar, me dê um minuto.

Sentei no sofá pronta para por meu salto quando Peter caminhou até mim e se abaixou me calçando.

- Está tentando ganhar pontos comigo, Sr. Steele? - olhei para ele que sorria maneando a cabeça e me olhou.

O silêncio percorreu por todo o local, me deixando um pouco tensa e prendi o ar quando seus dedos roçaram em minha pele, ásperos e quentes, trazendo uma corrente elétrica para o meu corpo.

- Estou, e espero que esteja funcionando..

- Ou o quê? - provoquei.

- Ou eu vou ficar completamente louco se eu não ter você de volta.

- Não minta para mim. - me levantei e caminhei até a porta, mas parei ao ouvir Peter praguejar.

Keko estava nos pés dele, pulando de um lado para o outro como se dissesse olá.

- Sai bola de pelo, não gosto de você. - diz ríspido se levantando e caminhando até mim.

- Está fazendo do jeito errado, tem que conquistar meu filho também.

- Não se pode ser mãe de um coelho, Helena.

- Observe. - pisco para ele e vou até keko o pegando no colo e beijando seu rostinho, o levo até sua caminha e o embrulho, Peter xinga baixinho.

- Ele recebe mais carinho de você do que eu. - protestou.

- Ele merece, você não.

Passei por ele segurando o riso depois de ver sua cara de indignado e entrei no elevador junto dele. Conforme os segundos se passavam dentro da lata de metal, parecia que ela estava diminuindo e esquentando em um nível insuportável. Ou talvez isso fosse culpa do vinho que eu tomei antes de me arrumar, mas não é possível que tudo isso esteja irradiando desse homem.

Olhei de esguelha para ele que estava encostado na parede do elevador, os braços cruzados e me olhando como se eu fosse o último pedaço de carne existente no mundo inteiro. Engoli em seco.

- Pare com isso. - digo, sentindo meu peito acelerar.

- Parar com..? - Peter me olhava descaradamente de cima a baixo, seus olhos escuros e o sorriso lascivo.

Reconquista-me, se for capaz - Livro 3 da saga: Os cavalheirosOnde histórias criam vida. Descubra agora