Capítulo 23.

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*Helena Suárez*

Acordei sentindo o calor humano aconchegar todas as áreas do meu corpo e me agarrei mais ao Peter, que me apertou mais contra ele e beijou o topo da minha cabeça.

- Bom dia, Sunshine.. - sua voz saiu rouca e sonolenta por ter acabado de acordar, me causando arrepios por todo o corpo.

Eu me lembrava muito bem de tudo de ontem à noite, das garrafas de vinho que bebi, o que era um erro, porque vinho sempre me deixou mais excitada que o normal. De mim entrando no quarto de Peter, dançando para ele.. de o ter provocado e principalmente do momento em que nossos olhares se encontraram enquanto ele me chupava como se estivesse com fome há dias. Tudo o que eu fiz foi porque eu quis, o álcool só me deixou mais corajosa.

Mas agora era hora de encarar a realidade, então, levantei saindo de seus braços e caminhei até meu roupão vendo que eu dormi completamente nua. Nem me importava, isso era bastante comum entre nós dois.

- Bom dia, Peter. - respondi enquanto me vestia.

Sua risada fez uma bagunça de borboletas em meu estômago e senti minhas bochechas esquentarem quando virei para olhá-lo, ele estava sem camisa, exibindo exibindo peitoril forte e bronzeado, a calça moletom marcando sua ereção, os cabelos bagunçados.. mas ainda sim, a visão perfeita.

- Olha, não quero que pense..

- Eu sei, não significa que você me perdoou - ele completou sem me deixar terminar - Olha Sunshine, vou começar a achar que você está apenas me usando para suprir suas necessidades..

- Isso não é verdade.

- Tanto faz, eu não estou reclamando. - deu de ombros se levantando - Meu corpinho sempre estará à sua disposição.

Peter caminhou até mim, deslizando seus dedos em uma carícia lenta e preguiçosa em minha nuca enquanto me fitava nos olhos. Ele sabia bem como meu corpo reagia ao mínimo toque dele, e sorriu quando percebeu que eu já respirava com um pouco mais de dificuldade.

- Gosto disso.. - sussurrou - De saber que tenho o mesmo controle que você tem sobre mim.

Dei um passo para trás e saí de seu quarto entrando no meu, optei por tomar meu café da manhã aqui mesmo, precisava de ar e estar no mesmo local que ele não ajudaria. Tomei um banho relaxante, vesti uma roupa confortável e comi o café que foi entregue em meu quarto junto da comida de keko, que estava em meu colo enquanto assistíamos as patricinhas de beverly hills, um clássico para todas as meninas que amavam esses tipos de filmes, como eu.

Ao meio-dia, Peter me mandou uma mensagem avisando que passaria a tarde resolvendo alguns assuntos, mas que à noite nosso encontro iria acontecer. Eu estava com preguiça demais para sair do quarto hoje, então só continuei assistindo à todos os filmes de patricinhas mimadas e sexys até cair no sono.

Acordei às sete horas da noite, como iríamos sair às dez, ainda tinha tempo livre. Como estava indecisa com que vestido usar, liguei para as meninas em uma chamada de vídeo em grupo e imediatamente todas atenderam.

Maju estava com uma tigela de pipoca banhada em chocolate em suas mãos, Ana pintava as unhas e Kananda estava com skin care no rosto, com um pote de sorvete enquanto assistia à algum romance.

- Emergência. - digo.

- Estamos ouvindo - diz Maju.

- Preciso de ajuda para escolher meu vestido, Peter vai me levar para nosso encontro hoje.

Mostrei os vestidos que estavam postos na cama enorme do hotel e no final elas escolheram o branco de seda longo, de alças finas e entrelaçado das costas, com uma fenda enorme na perna direita e um decote V.

- Rola sexo quente depois do encontro? - Ana arqueou as sobrancelhas de maneira sugestiva e gargalhamos.

- Não sei, depende dos pontos que ele vai ganhar.

- Acredito que serão muitos - comentou Maju.

Memórias da noite de ontem atingiram minha mente, da boca de Peter.. seus dedos entrando e saindo.. ofeguei balançando a cabeça e focando apenas na conversa.

- Mudando de assunto.. - olhei para Kananda que estava com a cara toda na tela e sorri - E o Cristhian?

Ela corou e fez um bico.

- Estamos.. evoluindo. - suspirou - Ele é um homem tão.. - outro suspiro - Apaixonadamente romântico..

- Que isso ein? tá amarradona - brincou Ana e sorrimos.

- Fico feliz que esteja dando certo - diz Maju.

Conversamos por mais alguns minutos até que Maju desligou porque Hendrick a levaria para jantar e Miguel também levaria Ana. Kananda disse que tinha que continuar sua maratona de filmes de romance. Era como se ela tivesse duas personalidades, a fofa e tímida e a bruta e valente que bateria em qualquer um, tenho que dizer, isso era admirável.

Coloquei Ariana grande para tocar e entrei na banheira depois de prepará-la com todos os sais que tinham no hotel. Me depilei, fiz skin care, hidratei meu cabelo e o finalizei com óleo de argã, que deixava meus cachos brilhosos e macios.

Vesti meu roupão assim que saí do banho e sentei de frente à penteadeira fazendo uma maquiagem leve, nada muito extravagante. Passei meus cremes e vesti o vestido, que modelou perfeitamente no meu corpo e suspirei quando ouvi a batida na porta.

Abri a porta vendo Peter em um terno preto de três peças, as abotoaduras prateadas brilhando que era capaz de doer a vista de alguém. A barba grande, os anéis grossos de prata em seus dedos, esse homem era de fato a minha perdição.

- Porra Helena, você fode com a minha cabeça. - ele pegou minha mão levando aos lábios, onde os roçou lentamente em uma tortura gostosa e prendi o fôlego - Tão gostosa e tão.. - suspirou - Minha.

Um exército de borboletas inundou em meu estômago que se revirou em uma mini bola e apertou meus pulmões, meu corpo esquentou e um zumbido atingiu meus ouvidos, a única coisa que eu ouvia era

Minha.

- Você não está nada mal..- tentei soar firme, tentando não mostrar o quanto só sua presença me deixa inebriada.

- Espero que você esteja pronta para o melhor encontro da sua vida - Peter fingiu se gabar e sorri.

Me despedi de keko ouvindo os resmungos de Peter e entrei no carro quando ele abriu a porta para mim. Ele havia contratado um motorista apenas para essa noite. O carro era confortável, mas com a presença de Peter ao meu lado fazia parecer um lugar extremamente pequeno.

Ele clicou em um botão onde uma divisória subiu, nos tirando do campo de visão do motorista e meu coração palpitou rápido.

- Como está se sentindo? - perguntou casualmente.

- Bem..

Virei meu rosto para encará-lo, o movimento fazendo com que um cacho caísse na frente do meu rosto, eu havia prendido meu cabelo em um coque alto, mas deixei alguns cachos soltos para dar o charme que o penteado merecia.

Sua mão subiu de encontro ao meu cabelo, o retirando do meu rosto e seus nós ásperos dos dedos roçaram no meu rosto. Ele percorreu todo um caminho até minha clavícula, me olhando como se eu fosse a joia mais rara do mundo.

Os bicos dos meus seios ficaram rígidos, uma gotícula de suor escapou em minha espinha no momento exato em que seus olhos caíram nos meios seios, eu estava sem sutiã.

- Eu não sou tão cavalheiro quanto você pensa que sou, Helena.. - sua voz grave me fez engolir em seco, nossas respirações pesadas.

- Eu nunca pensei que fosse.

Sua mão pousou na minha coxa direita, onde a fenda havia dado espaço o suficiente para que ele entrasse em contato com a minha pele, enviando todo o seu calor para mim e virei para a janela, observando as ruas de Paris e tentando, por mais difícil que fosse, ignorar sua mão ali.

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Boa leitura! ❤

Reconquista-me, se for capaz - Livro 3 da saga: Os cavalheirosOnde histórias criam vida. Descubra agora