Ciclo Olímpico | Hande Baladin & You

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*POV YOU*

Era domingo e eu estava jogada no meu sofá depois de arrumar a cozinha do café, Roberta estava fazendo suas unhas e nós esperávamos o tempo da máscara hidratante acabar para enxaguamos nosso cabelo. Vi que Roberta mexia no celular e morria de rir, como não sabia o motivo, fiquei curiosa.

- Do que tu tanto ri aí, Branquela? – Perguntei com uma das sobrancelhas levantadas.

- Do quanto eu te amo... – Ela disse querendo rir.

- Roberta o que você está fazendo? – Levantei e fui em direção a ela para pegar o celular de sua mão.

O vídeo começou com Roberta sorrateiramente se filmando e virando a câmera mim.

" A amiga de vocês tem essas vibes também? "

Eu estava sentada de frente para a janela tomando suco e olhando para o nada enquanto cantava.

"Only love can hurt like this, Only love can hurt like this, must have been the deadly kiss... "

Depois era outra parte onde eu lavava a louça e cantava funk enquanto dançava esfregando copos.

"Com o coração partido eu me joguei na putaria, nunca mais vou namorar pra alegria das novinhas, ela brincou comigo, brincou com o meu sentimento... "

E por último, eu estava com meu violão tocando sertanejo e com uma cara de sofrimento.

"Não posso interferir na sua decisão, mas de nós dois eu não abro mão. Quer ficar com ela, fica, mas fique sabendo que eu vou ser seu caso pro resto da vida..."

- ROBERTA RATZKE, VOCÊ QUER ME MATAR? – Eu disse indignada.

- Não, ficou lindo né? Eu soube pegar tudo o que está sentindo. – Ela disse gargalhando. – Isso tudo porque viu aquela manchete boba sobre sua Baladin e o jogador?

- Primeiro, ela não é MINHA Baladin. – Meu celular apitou e fui conferir, era a marcação do meu nome no story de Roberta. – Eu não posso mais continuar com essa amizade tóxica, Roberta. Eu vou ter que te matar de verdade. – Saí correndo atrás dela e quando a alcancei, coloquei em meu ombro e levei até o sofá, joguei ela deitada e coloquei a almofada no seu rosto por três segundos. Ela não parava de rir e aquilo parecia contagioso, ríamos na mesma intensidade até que ela parou quando seu celular começou a apitar sem parar.

- Seu vídeo está fazendo tanto sucesso! – Ela virou o celular pra mim – Pode olhar seu twitter, deve estar cheio de coisas por lá.

Peguei meu celular e realmente tinham várias notificações sobre o vídeo, como sempre, resolvi colocar fogo no parquinho comentando em alguns tweets. Rolando a minha timeline, vi um comentário que me prendeu minha atenção.

"Não sei pra que esse alvoroço por causa da Baladin e o Aytaç! É nítido que nossa turca favorita é esposa fiel da *You*"

Como as pessoas conseguiam pegar as coisas no ar assim? Eu nunca demonstrei nada explícito quando estava com a Hande, então resolvi procurar mais sobre nosso ship e tinha uma série de compilações de momentos que interagíamos. Principalmente durante as comemorações, ela era a que eu mais abraçava, mesmo quando estávamos brigadas. Eu nunca havia reparado nisso.

Eu sentia falta daquela mulher, mas não sabia qual era a dela em relação com o ex dela, mas não procurei saber também. Não podia e nem ia cobrar nada da Baladin, então era esperar o tempo passar para ver o que o futuro nos reservava.

- Betinha, vamos dar uma volta no parque? Eu vou dar uma voltar de skate... - Chamei ela enquanto revirava as coisas na dispensa atrás do meu skate velho.

- Vamos sim, vou aproveitar e ler um livro. – Ela disse indo em direção ao quarto pegar o livro. – Espera rapidinho que eu só vou colocar uma calça.

Coloquei o skate e uma toalha no alforje, do outro lado coloquei a bolsa que Roberta levaria cheia de lanhes. Saíamos mais de moto ultimamente, minha amiga deixou de ter medo e agora amava a garupa da Hera, esse era o nome que tinha dado a ela.