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*POV YOU*

- Bom dia, senhorita! Chegou a tempo de ir treinar pelo menos. – Fui recebida calorosamente por Rosamaria que se dirigia ao banheiro para tomar banho e se arrumar.

- Bom dia, Rosa! Fui na padaria tomar um café e comer um pão... – Disse em meio de risos, o que fez a loira parar na porta do banheiro e olhar para trás gargalhando.

- Só se for um pão turco, né *You*! – Passou pelo batente e fechou a porta. – AI AI! VOCÊ É CARA DE PAU! – Gritou de dentro do banheiro. Me joguei na cama, abri os braços e fitei o teto.

O momento era tão favorável que eu não conseguia parar de ter a sensação de plenitude dentro de mim, sentia que estava muito perto daquilo que eu sempre almejei na carreira e vida pessoal. Peguei meu celular para olhar uma foto que tinha tirado com Hande na noite passada. A qualidade da foto era propositalmente ruim, mas aparecia o meu rosto e a turca beijando meu pescoço, a foto era do colo para cima, então não mostrava na explícito, mas dava para ver que estávamos sem roupa pela ausência de tecido na pelo. Era o tipo de foto que ela amava, então enviei para ela com um emoji de câmera.

Entrei no banho assim que Rosa deixou o lugar, liguei o chuveiro, coloquei para "Locked out of Heaven" para tocar e cantei com bastante ênfase a parte "'cause your sex takes me to paradise yeah, your sex takes me to paradise", eu tinha certeza que a minha colega de quarto se sentiria pessoalmente irritada, e uma Rosamaria boa, era uma Rosamaria irritada. Deixei o banheiro com uma cara de que nada aconteceu e ela estava lá, com a cara fechada.

- Eu sei que transar é maravilhoso, mas você está quebrando um limite aqui. – Tentei imitar o semblante que via em seu rosto, mas não aguentei, me joguei contra o corpo dela, fazendo com que caíssemos na cama. A abracei forte e enchi seu rosto de beijos, enquanto ela tentava insistentemente me tirar dali. Quase morri quando vi Roberta atravessar a porta do quarto de dar de cara com aquela situação, mas apesar disso, só nos sentamos na cama, comigo ainda agarrada em seu corpo.

- Tira ela daqui? – Rosa fez beicinho para que a levantadora a ajudasse.

- Poxa! Você sempre fala isso. Eu estou fedendo? – Larguei a oposta e fui com os braços levantados para que Roberta cheirasse.

- Não. Tá cheirosinha, é coisa dela mesmo. – Disse apontando para rRosamaria.

- Viu? Ela tá assim porque não está transando e eu sim, Branquela... – Abracei-a e depositei um beijo no topo de sua cabeça.

- Nossa, como é inconveniente! – Saiu da cama, pegou sua mochila e foi em direção a saída do quarto. – Vamos?

- É o estresse dela está estranho mesmo. – Disse Roberta no meu ouvido.

- Vamos! – Passamos pela porta e Rosamaria trancou o quarto. Peguei meu celular, fui até um contato bem específico e apertei o botão para enviar um áudio. – Ei, Gattaz, como está sua lancha? Se estiver por aqui pelo Rio, passa aqui para dar um jeito na dona Rosa, porque ela está ácida demais, se é que me entende.... – Sem olhar para frente, meu corpo colidiu com algum objeto. A oposta me olhava e suas narinas estavam infladas, dois segundos depois, caímos na gargalhada.

- Hoje é dia de pegar no pé da Carol! Hoje é dia de pegar no pé da Carol! – Roberta disse batendo palma. Hoje o jogo seria contra a Holanda, time da namorada da Carolana, a Anne Buijis que atua como ponteira.

Do café da manhã para o trajeto até a quadra que treinaríamos, estava todo mundo com o astral lá no alto. Jogar no nosso país, com nossa torcida, deixava todo mundo bastante animado. Começamos fazendo alguns alongamentos leves, depois um pouquinho de dança para aquecer o corpo. Após alguns minutinhos de dança, a equipe foi divida dos lados da quadra onde fariam seus treinamentos específicos. Carol, Diana, Julia K. e eu fomos para o lado esquerdo da quadra para começar os movimentos de bloqueio.

Ciclo Olímpico | Hande Baladin & YouOnde histórias criam vida. Descubra agora