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*POV BALADIN*

- Tia, olha aqui! – Meu sobrinho gritava chamando minha atenção para olhar enquanto ele subia em uma árvore. – Eu consigo ir bem aqui no alto, olha

Fazia tempo que eu não passava um tempo com ele e minha família, então estava sentindo falta. Tirei o domingo para pegar meu sobrinho e leva-lo ao Maçka Parki já que ele amava subir nas árvores e correr livre pela grama, parecia um cachorrinho.

- Vem, vamos tomar um soverte! – Ele desceu da árvore e veio correndo para os meus braços. – Olha como você está sujo, sua mãe vai me xingar tanto – Ele ficou sério.

- Eu não deixo ela te xingar, Tia. Pode ficar atrás de mim quando a gente chegar em casa. – Ele riu e eu não aguentei e comecei a fazer cosquinhas nele. Era a coisa mais fofa que eu conhecia.

Fomos até o carrinho de sorvetes que ficava próximo à rua e fizemos o pedido, poucos minutos depois o vendedor nos entregou um sorvete de chocolate para ele e um de pistache para mim. Saímos de perto do carrinho e ele disparou a correr na frente e ele ia atravessar a ciclovia que tinha no meio do parque sem olhar, meu coração disparou e eu saí correndo para tentar parar ele. Antes que ele atravessasse, vi que uma pessoa agachou ao seu lado e conversou com ele, parecia explicar algo para ele já que ficou apontado para os lados e para a pista a frente deles.

- Olha, minha Tia está ali! – Eles se viraram e senti meu corpo gelar.

- Sua Tia é a Hande Baladin, pequeno? – Ele riu todo satisfeito balançando a cabeça. – Que legal, cara! Será que ela pode me dar um autógrafo?

- Se eu pedir ela dá sim, vem comigo. – Eu podia ouvir os dois conversando e eu estava a um metro deles. – Tia, você pode dar um autógrafo pra ela? – Apontou para a mulher parada ao seu lado.

- Claro, você tem uma caneta? – Ri fingindo não conhecer quem estava na minha frente.

- Não, desculpa! Mas a gente pode pegar ali na minha moto. O que acha, campeão? – Ela tinha um sorriso grande no rosto.

- Vamos para a moto dela, Tia! Ela disse que eu ia amar... – Concordei com a cabeça e fomos andando até a moto preta que eu já conhecia.

Alguns passos depois chegamos a moto que estava estacionada nas margens do parque. Ela mexeu em uma bolsa que ficava pendurada e tirou de lá uma caneta, não acreditei que era sério, então só conseguia rir.

- Pode assinar aqui? – Disse apontando para a mão. – Quer subir para ver como é? – Ela disse para o pequeno que ficava olhando admirado a moto.

- Lógico! – Peguei em sua mão e automaticamente nos olhamos, fazia tempo que não sentia seu corpo assim se não fosse pelos treinos.

Ela deixou ele subir na moto e perguntou se podia dar uma voltar com ele em torno do parque e eu deixei já que ele estava pendurado nela de capacete e tudo. Eles foram e eu fiquei lá tomando meu sorvete enquanto segurava o que sobrou do dele. Não demoraram muito a voltar e logo eu ouvi o barulho alto de sua moto se aproximando. Ele desceu muito empolgado falando que teria uma moto como aquela e que ele sentiu o vento passar por eles bem rápido e que todo mundo olhava quando ela acelerava a moto e ela ria das reações dele enquanto confirmava tudo o que ele falava. Aquela cena me deixava tão feliz que não conseguia prestar atenção em mais nada além dos dois.

- Ei, pequeno! Cuida bem da sua Tia, eu preciso ir. – Ela disse e saí do momento de transe. – Eu vou ali andar de skate e minha amiga está me esperando, e nós não podemos deixar amigos esperando muito tempo, né?

- Verdade, o Zeki não gosta de ficar me esperando quando ele vai lá em casa brincar. – Ele disse todo fofo.

- Pode dar tchau para *You*, ela precisa ir. – Ele correu para ela e agarrou em suas pernas. Ela se abaixou para ficar mais próxima a ele e lhe deu um abraço.

- Espero te ver em breve, amigão. – Ela se levantou e olhou para mim. – Obrigada pelo autógrafo, Baladin.

- Eu que agradeço porter segurado ele antes de atravessar, quase morri do coração. – Ela riu e sedespediu com um aceno. 

Ciclo Olímpico | Hande Baladin & YouOnde histórias criam vida. Descubra agora