Desperto.
Estou descoberta e há uma mão enorme enfiada no meio das minhas coxas pousadas sob minhas partes íntimas, sinto um calor forte na bochecha e permaneço parada observando o jeito como o outro braço de Virgo está enfiado debaixo da minha cabeça e estendido até que alcance meu seio. Metade de seu corpo está em cima do meu, sua cabeça apoiada no meio das minhas costas, sinto sua respiração quente e pesada soprando devagar na minha pele, todo seu corpo grudado no meu feito bicho que busca calor.
Fico por momentos vendo essa cena, sentindo-me insignificante e pequena em relação a todo o resto do universo, porque sei que me sentir mais do que sou é um erro talvez fatal, não sou a mais privilegiada ou mais especial por ter um homem aqui comigo agora.
Ele se move e depois se ergue tirando o braço de baixo de mim a mão do meio das minhas coxas, permaneço com os olhos fechados me sentindo um pouco envergonhada, é verdade, como se soubesse que é errado manter essa intimidade com um homem sem que estejamos casados, mas principalmente por gostar disso.
Me estico na cama e me deito de costas, ele está virado para o outro lado de costas para mim, observo suas costas largas, os quadris estreitos e a bunda despida dele, os pelos corporais e seus cabelos, umedeço os lábios e estendo a mão tocando seu ombro.
A pele é lisa o músculo é firme, tão diferente de mim.
Me aconchego e o abraço enfiando a perna entre as dele, tocando seu abdome enquanto passo o outro braço debaixo de seu pescoço, ele segura a minha mão e coloca um beijinho suave nela, de forma carinhosa e gentil, isso me faz sorrir, não consigo abraçá-lo por completo, é um homem muito grande.
— Ainda não amanheceu — ele diz baixinho. — Irá ao trabalho esta noite?
— Peguei folga — respondo.
— Isso é bom.
Minha mão desce um pouco mais e sinto nas pontas dos dedos os pelos pubianos dele, não me importo, toco devagar o local, Virgo beija as pontinhas dos meus dedos da minha outra mão um a um com zelo, cuidado, sinto que lentamente o pênis dele toma forma e começa a ficar duro, coro.
— Me desculpe por isso — ele tira a minha mão de onde acaricio e se ergue ficando sentado de costas para mim na cama.
— Eu... — deixo a frase morrer.
— Não é certo — ele diz baixinho e respira fundo enfiando as mãos nos cabelos. — Preciso de outro banho.
— Está bem.
Pego meu vestido jogado no chão e começo a tirá-lo do avesso bem rápido. Estou constrangida porque sei o que isso parece e acho que realmente é isso.
— Não se envergonhe, não tem culpa — ele diz e se vira para mim, logo em seguida toma o vestido da minha mão e joga para longe — Me envergonho da minha postura em relação a você, eu não deveria sujeitá-la a isso, sei que é errado, porém mal consigo pensar em como poderia ser atraente aos seus olhos.
Franzo a testa completamente em choque com as palavras dele.
— Sei que seria o último homem com quem se envolveria neste momento, que não tenho fortes atributos como os homens daqui o seu patrão com certeza teria sido escolha óbvia caso nosso pequeno "contratempo" não houvesse feito com que nós dois tivéssemos que assumir compromisso.
— Não se sente merecedor da minha afeição porque acha que eu acho o Sven atraente?
— Não acha?
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Evergreen
Ficção GeralUma conveniência imposta por uma regra social obrigatória, um mundo onde não há amor maior do que o que podemos cultivar pelas leis. Hielena é a escolhida para se casar com o temido ministro Virgo, o homem de capa preta, mas seria ela corajosa o suf...