— Gostou das frutas?
— Sim, estão docinhas.
Enfio uma uva na boca, Virgo enfia dois dedos dentro do frasco de uma seiva e estende para o meu rumo, enquanto mastigo fico olhando para os dedos dele meio surpresa.
— Experimente.
Abro a boca e me inclino, abocanho os dois dedos dele e sugo a seiva, tem um gosto adocicado, mas que também um cheiro mais suave como as poucas folhas de lavanda que minha mãe conseguiu herdar da nossa tataravó, uma vez por ano mamãe faz um óleo e passa em todos nós nos dias mais quentes quando temos que receber algum parente.
Minha boca se enche de água conforme vou experimentando mais o gosto adocicado e exótico ao mesmo tempo Virgo se inclina e me beija, tirando os dedos da minha boca, procurando a minha língua.
Sorrio deixando-o que me beije, seguro seu pulso puxando a mão para perto novamente e me inclino para trás me afastando dos lábios dele, puxo a mão para frente e depois a ergo, ele fica me olhando meio confuso.
— Quer fazer amor? — indago e enfio os dedos dele novamente na minha boca.
Eu os sugo absorvendo toda a seiva restante, minha língua lambendo os dedos dele, ainda sentindo dentro de mim que isso me deixa um tanto excitada, porque ele me olha de um jeito, porque ele respira descompassado, porque sei que sua pele se arrepia toda.
— Quero.
Ele olha para a minha boca e depois para a abertura frontal da túnica que vesti depois do nosso banho, estamos na sala compartilhando nossa pequena refeição, algumas frutas, café e pão, ainda não consegui pensar em guardar nada, estava de fato faminta.
Me ergo segurando sua mão, Virgo se levanta também e fica de pé, ele usa uma calça fina de dormir, evito olhar, mas nem precisa de muito esforço para demonstrar fisicamente o quanto já está excitado.
O conduzo até nosso quarto, a temperatura da casa está resfriada como em qualquer casa, solto sua mão e vou caminhando até a cama puxando as alças da túnica.
— Já tomou o remédio? — aconselho e abro o laço que dei na lateral da túnica.
— Eu já tomei, tomou o seu? — indaga ele.
— Sim.
Tomei logo que chegamos a cozinha, as duas caixinhas já estavam lá com comprimidos como se esperassem por nós dois, a verdade é que sabemos que o governo não permite o uso de nenhum tipo de contraceptivo exceto por raras situações, como quando a mulher não engravida de bebês saudáveis ou quando os dois têm alguma predisposição genética e não devem ter filhos.
Casamentos com primos irmãos e primos eram muito comuns antigamente e isso fez com que em alguns casos nossas crianças nascessem doentes, por isso o uso de contraceptivos ainda é algo que o Estado permite, contudo com comprovação médica mediante muitos exames.
Eu tenho minhas suspeitas sobre uma porção de situações, mas que são coisas que nesse momento não vêm ao caso.
Subo no colchão e puxo os lençóis de cama, Virgo se aproxima, olho para o teto porque ainda me sinto um pouco constrangida com isso. Ele sobe na cama e se estica ao meu lado se deitando, tocando meu seio com gentileza, meu corpo se arrepia quando ele me toca e fico toda ouriçada.
Eu o fito nesse momento, ele me puxa para junto de seu corpo e fica meio de lado, abro a perna deixando que ele enfie a dele entre as minhas, colando meu corpo com o dele. Toco sua face e o beijo devagar, eu gosto muito de beijar ele, é algo do qual ainda estou aprendendo, mas que gosto a cada instante.
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Evergreen
General FictionUma conveniência imposta por uma regra social obrigatória, um mundo onde não há amor maior do que o que podemos cultivar pelas leis. Hielena é a escolhida para se casar com o temido ministro Virgo, o homem de capa preta, mas seria ela corajosa o suf...