— Acha que ele vai sobreviver?
— Bem, até agora parece conformado com as migalhas.
Analiso Milagre e sorrio mais uma vez. Virgo trouxe um recipiente melhor e mais água, enchemos e colocamos o nosso novo amiguinho dentro logo após o café, agora estou segurando-o o recipiente no colo e observando-o nadar depois de ter dado mais migalhas de pão, pelo que soube é algo que peixes gostam muito de comer.
— Está contente com a chegada dele, diria até mais do que com minha presença — ele diz analisando o peixinho por alguns momentos.
Coloco o recipiente sob a mesa ao lado da cama e me estico entre os lençóis deixando que um bocejo escape, Virgo se estica e pega o recipiente e depois o coloca debaixo da cama, ele aperta um botão que faz com que as cortinas se fechem rapidamente depois se aconchega a mim e me abraça.
— Me sinto tolo por mendigar sua atenção, por disputá-la com um peixe — ele fala e beija minha face. — Não sente falta dos meus beijos? Dos meus toques?
— Não deve se sentir assim — respondo constrangida.
Ele coloca um beijo suave nos meus lábios e sem que eu espere vem para cima de mim, o correspondo tocando suas costas, sentindo nas pontas dos dedos uma excitação incomum, porém familiar. O ministro me beija cheio de desejo e sinto a rigidez se formando em minha barriga, tomando uma forma da qual já senti antes, minhas mãos sobem para seus cabelos e eu os puxo fazendo com que a boca dele deixe a mim, ele me olha, lábios vermelhos e marcados por meu beijo, sua respiração ofegante e seus olhos sem um pingo de culpa.
— Não devemos — falo incerta. — Ainda tenho que esperar por minha mãe, ela deve me banhar e...
— São apenas rituais, esperei tanto por você, por esse momento, sei que disse que iria esperar, mas é muito difícil ficar olhando para os seus seios e sua nudez, me sinto atraído e encantado por seu corpo, sua beleza, sua cor, por cada pequena curva sua — ele fala baixinho. — Apenas me deixe tomá-la, eles não saberão.
— Está me pedindo para mentir para os meus pais?
— Eu não disse para mentir, eu disse para não contar!
Franzo a testa, Virgo beija meu pulso e depois meu antebraço, os beijos sobem até o meu pescoço e então os lábios tomam minha boca novamente, me sinto tomada por alguns instantes por esses beijos e pelo jeito como as mãos dele começam a me tocar, elas me apalpam os lados das coxas alcançando minhas nádegas, o peso de seu corpo me prende ao colchão enquanto sua língua me seduz completamente.
Solto um gemido baixo enquanto escuto-o arfando, respirando com dificuldade, depois o vejo indo para o lado e me virando de costas para ele, respiro fundo ainda indecisa, mas consciente de que dentro de mim as coisas ocorrem num ritmo lento e desejoso.
Não sei se conseguirei controlar tanto, não sei se poderei ter mais forças.
Me sinto queimando e sendo consumida pelos beijos, pelos toques, mordo o lábio inferior vendo-o me empurrar e puxar a minha perna de forma que fico de bruços, Virgo beija as minhas costas enquanto se ergue e seus quadris se encaixam nos meus.
Sou penetrada, a firmeza disso faz meu corpo saltar e um grito se formar em minha garganta, me seguro na cama e ele beija meu ombro, meu pescoço, ele me ajeita e monta em mim começando a se mover, me inclino para frente segurando um travesseiro então me acomodo tolerando o incomodo, mas apreciando também.
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Ficción GeneralUma conveniência imposta por uma regra social obrigatória, um mundo onde não há amor maior do que o que podemos cultivar pelas leis. Hielena é a escolhida para se casar com o temido ministro Virgo, o homem de capa preta, mas seria ela corajosa o suf...