Capítulo 2 (Alice)

14.9K 1K 77
                                    

Sempre fui bem resolvida quanto a minha vida sentimental. Eu simplesmente optei por curtir a vida a minha maneira. Meus parâmetros familiares sobre relacionamentos não são os melhores, por isso resolvi descomplicar, não me apegar e me poupar de mimimi.

Nunca esperei conseguir achar um cara que realmente me interessasse. Nunca sonhei com príncipes, já que a minha vida nunca foi um conto de fadas... esse tal de "felizes para sempre" nunca foi algo que acreditei, planejei ou esperei.

Tenho tido pena da nossa geração. Tenho preguiça de ver como nós, mulheres, temos sido tratadas... e mais pena ainda das pessoas que pensam que precisam passar por isso para serem felizes. puxado, complicado pra mulherada! Os caras nos tratam como objetos e nos descartam como se fôssemos algo em desuso, que não presta mais. Não estou generalizando, mas isso está mais para regra que para exceção na atualidade. Não posso me esquecer da nova onda das mulheres que também querem ser iguais a esses caras! Isso não é um julgamento, é uma constatação de tudo o que jamais imaginei para mim.

Esse "desapego" foi mais uma forma de não cair nessa rede, de não me tornar vítima ou de fazer alguma vítima. Gosto de ter controle sobre a minha vida e não sou a favor de passar por cima de ninguém. Sobrevivi e tenho sobrevivido esses anos sem maiores transtornos.

Para mim, curtir também não significa não se dar valor. Eu sempre fiz o que quis, trabalhei desde muito cedo, mas nem por isso vivi de forma inconsequente, muito menos tenho vergonha das minhas atitudes. Sair para me divertir jamais significou sair para ficar com alguém. Nunca fui daquelas que saem "armadas" e atiram para todos os lados até acertar algum alvo.

Gosto de dançar, me exercitar, conversar e rir até a barriga doer. Foi por isso que eu, Pat e Gabi nos identificamos tanto... e quando conhecemos a Liz, a Bá, o Vítor a empatia foi imediata. Eles só agregaram valor a minha vida (e a das meninas também).

***

E aí... aquela mulher que se achava blindada, imune às investidas do bichinho do amor e que agradecia por não ter um cupido - e ainda mais por ele não ser burro - ... cataploft... sumiu do mapa quando deu de cara com aquele "zoião azul".

Foi algo como "quando uma virada de mesa de uma amiga transforma a vida de todo mundo"...

Aquele baile, aquele sorriso "tímido-fofo-safado", aqueles olhos... aquele calor... aquela explosão quando estamos juntos... aquela sensação que perdi o controle que achava que tinha sobre meus sentimentos...

Nunca fui uma romântica incorrigível, muito menos doce. Esse troféu já pertence a Liz que cumpre com louvor cada um dos itens de sua fofurice mesmo em situações extremas. Dizem que sou prática e despachada, mas tenho sentimentos (que bom!), por mais que sempre tente vestir a máscara do "estou ótima" mesmo quando estou em frangalhos.

Serei eternamente grata a "santa" Liz! Minha agora concun me inspira e motiva a acreditar no bem, no poder de Deus... que podemos aproveitar das experiências negativas para crescermos, que a fé renova e transforma... Eu ainda não frequento ou pratico o que tenho aprendido adequadamente, mas a "luz", o "alerta", foi acionado e esse é o primeiro passo para que as mudanças aconteçam. Agora mais que nunca sei que nada vai mudar se eu não quiser e fizer por onde.

Ainnnnn... acho que estou ficando meiga... deve ser a convivência ... (kkkkkkk)

O Rico também não é melado ou meloso, mas sabe como tratar uma mulher o que é muito importante.

Tenho a sorte de não ser insegura... porque estar com um homem como ele é simplesmente UAU. Ele foi um achado, porque quem convive com ele, sabe que Rico consegue ser mais bonito por dentro que por fora, ou seja, a maioria das mulheres gostaria de estar no meu lugar. Sim, MEU lugar, sem qualquer arrogância... porque ele só está comigo porque quer estar.

Sempre ao seu lado (Livro 2 : Série Transformados pelo Amor) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora