ALICE
Nada como estar em casa.
Minha casa. Minha família. Tudo meu.
Fui novamente liberada, mas dessa vez, devido a minha evolução, por mais tempo. Meus acompanhamentos continuarão com toda a equipe, de acordo com nosso cronograma. Caso seja necessário, internarei por alguns dias para que tudo seja acompanhado da melhor forma possível para mim, para o moranguinho e, consequentemente, para todos os que nos amam.
Normalmente o último dia do ano é um dia de reflexões, planos e expectativas, mas nenhuma mudança vai acontecer se eu não estiver disposta a mudar... e eu não só quero com EU VOU MUDAR.
Tive muito tempo para pensar na vida nos últimos dias e cheguei a muitas conclusões. A primeira delas é que mesmo que eu queira apagar o meu passado, que é tão feio e do qual não sinto um pingo de orgulho, não vou conseguir. Só que, da mesma maneira que descobri isso e sei o quanto ele me faz mal, optei por deixa-lo lá... gurdado quietinho. Sei que muitas vezes não será possível, mas outras tantas sei que vou conseguir simplesmente não pensar nele. Vou tentar exercitar isso e sempre tentarei não me julgar e cobrar por meus fracassos.
Não procurarei a perfeição em nada ou ninguém, muito menos em um corpo magro e doente. Não passarei mais dias à base de água. Não vou me entupir de remédios, cremes, plástico na barriga, bunda e pernas (que já me causaram queimaduras) ou roupa de moletom para malhar EM JEJUM. Esse tipo de desidratação não vai me ajudar a "derreter" as medidas e as gorduras - que não tenho - porque isso simplesmente não existe, não ajuda, não faz bem, não é saúdável. É neurótico. É obsessivo. É insano... e eu muitas vezes não percebia isso, mesmo que me falassem.
Hoje tenho tentado entender que tudo depende...
Das minhas metas.
Dos meus sonhos.
Dos meus objetivos.
Das minhas prioridades...
E, por mais que ainda me doa pensar assim, sou responsável pelas minhas irresponsabilidades. Estou acertando algumas contas, mas ainda estou em débito. Meu corpo cobrou e, felizmente, minha vida foi preservada... e a do meu bebê também.
Dentre minhas "novas certezas" está minha incapacidade de agradecer pela nova oportunidade, pelo novo recomeço, porém, apesar de não me achar merecedora, vou provar que posso merecer essa nova chance.
Aquele Natal me renovou. Aquela corrente de amor me renovou.
Liz e Amanda só podem ter combinado porque revezaram o "vou com você" todas as vezes que fui ao banheiro.
Eu entendo.
Eu agradeço.
Eu faria o mesmo por elas.
Comi muitas gordices, muitos alimentos que há tempos não me permitia comer e sei que todos estavam tensos pensando que meus "xixis" eram vômitos. Dessas vezes eu estava apenas me aliviando da pressão que o bêbe faz na minha bexiga e me força a ir ao banheiro toda hora. Os enjoos são quase inexistentes, graças a Deus. Não mais tenho jogado pra fora os nutrientes que estava costumada a dispensar sem cerimônia, nojo e, por vezes, culpa.
Tenho alguns novos planos para o ano novo. Li um monte de coisas pela internet. Tem muitas "viagens", mas tem muita coisa que podemos fazer, que são mais reais.
Fátima fez Stella dormir e estou aqui com minha guerreirinha, que dorme tranquilamente. Trouxe o que precisava para o tapete e estou aqui sentada.
Vou tentar, mesmo sendo mãe de dois bebês pequenos, seguir o que estou propondo, sem desculpas.
Em primeiro lugar, minha lista. Uma longa lista de desejos e expectativas para o ano que vai se iniciar. Vou iniciar e, cada vez que me lembrar de mais algum tópico, vou voltar para completar... até às onze e cinquenta e nove eu posso adicionar desejos, portanto, ela não está em ordem:
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Sempre ao seu lado (Livro 2 : Série Transformados pelo Amor) #wattys2016
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