Bônus MALU

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Bom dia!!!!

Surpresaaaaa!!!!

No grupo pediram um bônus da Malu e eu achei super justo!!!

Aguenta coração!!!!

Música do capítulo: Love By Grace (Lara Fabian)


 

MALU

A vida...

O dom da vida...

Foi só nisso que pensei quando descobri minha gravidez.

E em que momento fui descobri-la... eu a descobri quando soube que a minha estava em ruínas.

Quando conheci aquele espanhol maravilhoso, nunca imaginei que ele se encantaria por mim. Pensei que ele teria preconceito por eu ser negra, mulata, parda ou qualquer variante de uma dessas denominações. Julguei como a maioria das pessoas julga, imaginei que não aceitaria a minha família se os conhecesse, por nossa cor. Esse foi um dos motivos pelo qual os "escondi", mesmo quando ele perguntava por eles ou pedia para mostrar fotos - que ficavam escondidas quando eu sabia que ele iria a minha casa. O outro foi porque minha família sempre sonhou que eu casasse com uma pessoa da nossa cor, não com um branco "azedo", que outra bobagem sem tamanho. Hoje tenho um grande arrependimento em relação a isso. Sei que isso de esconder a família é muito feio e sem sentido. E esconder o Rico também foi um erro. Eu os amo e quem ama, pode até não concordar, mas respeita.

Meus pais e meus irmãos sempre foram meu alicerce e me apoiaram, mesmo com receio, quando resolvi vir para São Paulo tentar mudar nossas vidas. Não tive a projeção profissional que imaginei, mas consegui ajudá-los. Nenhum deles veio aqui até hoje; nenhum deles sabe dos últimos acontecimentos da minha vida; passei tudo o que passei praticamente sozinha.

Quando saí daquele consultório médico com os "dias contados", aos vinte e poucos anos, pensei no quanto nada valemos nessa vida.

A primeira coisa que pensei e fiz foi romper meu relacionamento com o Rico. Aproveitei que ele estava de passagem pelo Brasil para "executar" meu plano. Eu o amei - e AMO - de todo coração e, por isso, decidi que eu não o merecia (não daquele jeito, naquelas condições). No nosso término, fui dura; queria machucá-lo, para que ele nunca mais me procurasse; não quis me tornar um estorvo para ele, nem para ninguém, por isso me escondi dele e do mundo.

E aí veio aquele reencontro. Tentei não cair em tentação, mas não resisti. Ele pareceu tentar, mas também não consegui. Coloquei a culpa nas bebidas, que não posso e tenho costume de ingerir, para mascarar a vontade que gritava em mim e parecer fazer o mesmo nele.

Foi a melhor de todas as vezes. Rico sempre soube o que fazer, mas daquela vez ele se superou. Não foi romântico, porque estávamos com muita saudade; eu diria que foi a cara dele. Pensei que meu coração pararia naquele momento, eu queria aquele fim pra mim, com ele.

No dia seguinte, de volta à realidade, percebi que aquilo não podia acontecer. Era injusto com Rico e, mais uma vez, vesti a máscara de cachorra e fiz o que fiz. Despachei meu grande amor com frieza e crueldade. Optei por ser assim, para não dar margem a nada.

Semanas depois, passei muito mal durante cerca de 5 dias. Eu sei que minha saúde não estava boa, mas de qualquer forma, resolvi procurar a emergência. Expliquei todo o meu histórico e depois de alguns exames veio a bomba: GRÁVIDA! A vida veio em um ser quase sem vida.

Sempre ao seu lado (Livro 2 : Série Transformados pelo Amor) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora