Capítulo 33

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DEDICO O CAPÍTULO A TODOS VOCÊS, EM ESPECIAL ÀS MENINAS DOS GRUPOS!!!

AMOCÊS!!! <3 <3

***SEM REVISÃO!!!


RICO

Alice não dormiu bem. Rolou na cama a noite toda e comigo não foi diferente. Balanço a cabeça e bufo ao pensar que ainda tenho aquele assunto delicado para falar com ela. Fico com medo da reação que ela pode causar e de poder prejudicar o bebê, mas prometemos passar por tudo o que tiver que passarmos juntos e que não mais esconderíamos nada um do outro. E eu estou pecando nesse item. De hoje não passa.

Em uma dada hora, sem conseguir pregar o olho, fui para o quarto da nossa filha ver se estava tudo bem.

Olhei pra ela e agradeci por ter a Alice ao meu lado. Ter um bebê em casa é ter pelo menos uma novidade todo dia. Stella é muito bem cuidada e acompanhada. Nunca faltam amor e atenção.  Realmente, como o Léo falou pra ruiva, não é qualquer namorada que aceitaria a situação e se entregaria verdadeiramente, com a alma, de coração aberto e sem ressalvas. Privilégio nosso. Felizmente pra gente, mas...

Caralho como tem gente sofrendo nessa vida... como tantas crianças têm as infâncias devastadas, que têm a carga muitas vezes mais pesadas que a de adultos, que tão novos não têm boas perspectivas de como será a vida se ninguém os adotar. Claro que os muito mais novos nem imaginam coisas desse tipo, mas e os da idade do Léo?

Cara, que merda.

Ligo o computador e começo a buscar mais sobre apadrinhamento e o que encontro é no mínimo desanimador: nós não temos idade para sermos padrinhos do Léo. Eu entendo que a legislação tem que proteger quem está sob a proteção "da lei", mas tem coisa que não dá pra tentar entender. Que porra de diferença de 16 anos é essa? Ele tem 15 e eu não tenho 31, nem a Alice. É tudo tão divergente que tem prejudicado as crianças. Deve ter alguma brecha porque não existe uma legislação específica. Os relatos dos padrinhos que li, que foram impedidos pela lei, são emocionantes e ao mesmo tempo muitos decepcionantes. O que deveria ser bom para todos, torna-se triste para tantos. É o bem ser "barrado". É uma "burocracia" muito grande. Isso eu li em algum lugar aqui de São Paulo, mas não sei se lá no abrigo é assim também.

Continuei a procurar sem parar por algo, por uma luz, mas nada que achava me animava, só que não vou desistir.

Horas depois e com o sol batendo na minha cara, vi Fátima chegar e fomos arrumar o café da manhã juntos.

Como nenhuma das duas tinha acordado, pudemos fazer tudo com calma. Seguimos algumas receitas que estavam anotadas e as observações do que uma grávida pode e não pode comer.

***

- Acorda, dorminhoca! – sussurrei ao abraçá-la.

- Eu não dormi muito bem. Não consigo parar de pensar no Léo. – falou tampando a boca. Alice e suas manias.

- Tira a porra dessa mão da boca. – tentei não falar do Léo porque quero que ela coma.

- Tá ácido logo cedo? E suuuuper delicado também pelo visto.

- Não. Estava tentando ser romântico, mas você tem certa dificuldade no quesito colaboração. – bufei e me sentei.

- O que é aquilo aliiiii? – apontou para a bandeja que coloquei quase ao lado dela.

- Era meu bom dia romântico. – fico frustrado com essa parada de bafo todo dia.

- Hummm... desculpa, vai?

Sempre ao seu lado (Livro 2 : Série Transformados pelo Amor) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora