BÔNUS ALICE - RODRIGO - RICO

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PEQUENO E SEM REVISÃO! VOCÊS MERECEM!

- Sou eu sim... – disse meio abobalhada não querendo acreditar que ele era aqueeeele Rodrigo, apesar de ter certeza.

- Aliceeee! – o rapaz estava bem vermelho, com a cara de "passado", como se eu fosse uma assombração, ao se jogar nos meus braços.

Léo, Vítor e todos os outros me olhavam com certa preocupação.

- Cuidado com ela, Rodrigo. Ela está grávida. – Léo, que nem o conhecia, me protegeu.

- Eu nunca vou machucá-la, cara. Fique tranquilo.

- A gente se conhece? – perguntei só para confirmar o que meu coração sabia.

Com os olhos cheios de lágrimas ele perguntou magoado:

- Você não lembra de mim? Você cuidava da gente quando éramos pequenos, lá em casa...

Minha vida se tornou uma eterna pegadinha, né?

Quando eu falo sobre surpresas, falta de rotina e planos de Deus, eis que surge, reaparece do nada, no meio da turma da idade dele e na festa da minha amiga, meu irmão. Eu sei que está puxado até pra mim acompanhar meu raciocínio.

- Digo! Meu RoDigo! – peguei no rosto dele e vi muito de mim e daquele senhor que deveria ser efetivamente meu pai, principalmente os olhos, a cor e a altura.

Ele ficou me encarando um tempão, balançando a cabeça afirmativamente, deixando-me quase sem graça.

- Sou eu, Ice... sou eu sim, Ali...

Para que tivéssemos mais privacidade, pedi licença a todos e saí de mãos dadas com ele para um local mais reservado. Léo me olhou visivelmente contrariado e, mesmo depois de fazer um sinal que estava tudo bem, ele não descruzou os braços. Meu menino protetor!

- Como o mundo é pequeno... quando poderíamos imaginar isso?

- Eu nunca ia imaginar porque eu nem sabia se você estava viva de verdade. – baixou os olhos.

- Viva! Muito viva! Por que não estaria?

- Quando você sumiu lá de casa, depois que passou mal, disseram pra gente que você tinha morrido.

- Disseram isso pra vocês?

- Disseram. A gente pediu pra ir ao cemitério te ver, só que falaram que crianças tão pequenas não podiam ir. Eu e o Davi choramos muito e ele nunca mais foi o mesmo. – os loucos deixaram meus irmãos com sequelas da loucura deles também, meu Deus! Coitadinhos dos meus branquelos. – só que depois de muito tempo ouvi o pai dizer algo sobre você, mas ele nunca confirmou ou negou se era verdade, ele sempre me deixou na dúvida.

- Sinto muito por vocês.

- Por que você nunca foi ver a gente, Ice?

- Eu não quero que você fique chateado com seus pais, o que importa é que agora você poderá me ver quando quiser.

- Eu não sou criança, Ali. Eu sei que eles não são boas pessoas e agora confirmo isso mais uma vez.

- Não. Eles não são, mas são seus pais.

Um dia eu te conto com calma, pode ser?

- Vou te cobrar!

- Pode cobrar, meu homenzinho.

- Homenzinho ficou meio estranho, né?

- Ficou demais!

Rimos.

Sempre ao seu lado (Livro 2 : Série Transformados pelo Amor) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora