Capítulo 26

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SOBRE A VIDA... POSTEI NO GRUPO E QUERO COMPARTILHAR COM TODOS VOCÊS... ACONTECEU NESSE FINAL DE SEMANA...

Um pequeno desabafo sobre uma história real...
Não sei se voluntária ou involuntariamente escrevi sobre o "problema da Alice". Como muitos sabem, sou nutricionista e tive uma batalha pessoal, com uma amiga, que tinha um distúrbio grave. Diferente em alguns pontos e semelhante em outros se compararmos ao da Alice...
Há poucos minutos eu soube que ela faleceu após uma crise (das que já tínhamos presenciado)... não éramos próximas mais, principalmente pq a convenceram que exagerávamos no cuidado com ela, que ela não era doente e que, como amigas, não deveríamos "nos meter tanto". A gente (eu e minha amiga-irmã) tentou, acompanhou, deu carinho (ela precisava disso mais que qualquer coisa). Foi uma amizade muito feliz! Nós nos fazíamos bem... Muito bem! Depois disso parece que ela nunca mais se tratou adequadamente. Infelizmente era uma tragédia anunciada.
Dói... Dói muito... Ela tinha pouco mais de 30 anos e tinha um coração gigante! A nós que estivemos tão perto... Fica um vazio...
Que Deus a receba em um lindo céu!

Por favor, prestem atenção nas pessoas com as quais convivem! Não existe aquele "ah não é nada... Ah é normal... É da idade"...

Estou muuuito triste... meu coração está despedaçado...


ALICE

Respirei fundo. Eu quero muito me preparar e, como já aconteceu tantas outras vezes... nunca me sinto preparada. Sempre acho que sei tudo e a realidade é diferente, tudo é muito maior e mais complexo. Não é simples ou fácil. Nunca sei nada, se soubesse e tivesse consciência, provavelmente não estaria nessa situação... ou talvez estivesse fadada a passar por isso... estava colhendo o que plantei.

- Podemos. – respondi e Rico ecoou.

Ele segurou minha mão com firmeza e a apertou quando sentiu meu corpo estremecer, dando-me força. Eu precisava daquilo mais do que ele poderia imaginar.

A doutora falou sobre meu quadro e foi um baque. Eu sabia que não estava cem por cento, mas ouvi-la falar sobre o quanto negligenciei minha saúde e o quanto estou debilitada doeu... senti-me irresponsável, pequena e só não me encolhi e me enrolei como um tatu porque estava com a mão "ocupada" e eu precisava me forçar a me sentir forte.

Ela perguntava se entendíamos e ambos concordávamos. Soubemos da necessidade de ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar o quanto antes e Rico perguntou se eu poderia ser transferida para outra unidade. Estou em um hospital público e ele disse não querer, mais uma vez, que eu ocupasse o lugar de uma pessoa que precise do atendimento e de um leito, como foi com a Stella. Ele explicou brevemente a ele a situação e ela demonstrou ser humana pelas expressões que li em seu rosto e concordou com a transferência, mas não imediata.

- A responsabilidade agora é dobrada, né?

- Triplicada! – respondi pensando em mim, Stella e Rico.

- Quadruplicada! – rebateu.

- Quadriplicada como?

- Quando eu disse bebê, entenda, eu não me referia a sua filha que está em casa.

- Desculpe! Continuo não entendendo. – senti que Rico agarrou a minha mão tão forte que quase quebrou meus dedos. Não sou burra, antes que me julguem, só não acho possível. Ela falou de ginecologista/obstetra, de responsabilidade duplicada... – balancei a cabeça em negação.

- Vou ser clara e objetiva. Vocês estão grávidos. – falou pausadamente e me desesperei. Virei um tatu e Rico não parava de me beijar e dizer o quanto estava feliz.

Sempre ao seu lado (Livro 2 : Série Transformados pelo Amor) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora