Capítulo 4

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Seco minhas lágrimas assim que desço do carro e encaro a estrada Duck completamente deserta

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Seco minhas lágrimas assim que desço do carro e encaro a estrada Duck completamente deserta. Meu pés tocam o asfalto frio, já que vim do jeito que estava no jardim: descalças e de pijama.

A Claire me paga, ela sempre foi sem noção, mas depois que o Alec chegou ela está passando dos limites. Está fazendo de tudo pra receber atenção dele.

Tudo me magoou muito hoje. Principalmente o Alec confirmando que se encantou com uma garota do Texas, olhando nos olhos da Claire. Não sei porque doeu em mim, e eu me importei tanto.

Caminho pela beira da estrada com muito medo e faço uma oração antes de começar a tirar o pijama. Lágrimas escorrem pelo meu rosto ao ficar só de calcinha e pego meu celular, contando os minutos.

Abraço meu corpo e fecho meus olhos rezando para que não passe nenhum carro. Respiro fundo, com medo de tirar a calcinha. Escuto um gemido feminino vindo da parte de terra, da beira da estrada e ilumino a região.

Minhas mãos começam a tremer assim que identifico sangue, muito sangue manchando a terra. Escuto um grito de socorro de uma mulher e começo a me desesperar. Sigo o sangue completamente em pânico e ligando para uma ambulância.

— Preciso de uma ambulância na estrada Duck... — falo com a voz embargada, tentando encontrar a mulher. Começo a chorar assim que vejo uma garota, aparentemente da minha idade, nua e ensanguentada. Espancada e com cortes pelo corpo, dois traços formando um X na bunda dela. Melhor eu sair daqui e esperar a ambulância.

Seguro as roupas com força, cobrindo meus seios e corro para a estrada, em pânico e sem olhar para os lados. Grito assim que o farol de um carro me ilumina e freia bem rápido. Meu coração bate acelerado, mas quando vejo Alec Armstrong no volante, todo a adrenalina do meu corpo passa e eu só consigo sentir segurança.

— Príncipe — sussurro correndo até ele quando o mesmo desce do carro e o abraço com força, começando a chorar. Ele não diz nada, apenas me abraça de volta. Quando as mãos grandes dele, os braços fortes me cercam, eu não sinto repulsa e nem vontade de morrer. Só sinto necessidade de estar aqui, com ele.

— Shh, estou aqui — Alec sussurra cheirando meu cabelo e então tudo cai na real. Me afasto dele e começo a entrar em pânico de novo. A moça.

— Tem uma garota morta bem ali, Alec. Ela está morta. Foi espancada, cortaram ela e acho que também abusaram dela — ele me encara assustado, perdido, parece com medo e com raiva — Liguei para a ambulância, acho que estão vindo.

— Merda! — xinga, pegando o celular e começando a digitar — Vem cá — me estende a mão e a pego, ele me puxa para muito perto dele — Launter, cancela o plano. Deixa uma ambulância passar. Agora! Eu acho que estou com alguns problemas... — Alec diz com o maxilar trincado e fico sem entender. Quem é Launter? — Tenho que ver esta mulher, Lua. Por favor... — ele diz e engulo em seco. Seguro a mão dele e nos levo até onde a moça está — Não olha — segura meu rosto e esconde no peito dele — Foi ele... — sussurra e fico confusa.

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