Criação do Morro

25

Leonardo Soares, Lv

Bolei um a capricho para a ela e a querida nem esqueiro tem, quem é que fuma e não tem nada? ah Louise.

Ela coloca o baseado na boca e acende. fico só analisando cadê detalhe.

Ela me entrega o esqueiro, pelo menos ela tem o senso de devolver né por que lá na biqueira o que mais tem é ladrãozinho de isqueiro, que pede emprestado e tu nunca mais vê.

- valeu - ela solta a fumaça.

O Casal aqui do lado, vulgo Kayla e Wendel estão quase se comendo aqui do nosso lado e para não ficar um clima chato, ou de nós empatar eles eu puxo a Louise pra outro lugar tranquilo, onde não tem tanta gente pra ela conseguir fumar em paz.

Ela me passa o Beck.

- pelo menos dividir tu sabe - debocho.

- se eu dividi o seu irmão que mal tem dividir um Beck?

Ela é boa nas respostas.

Gamei mais ainda.

...

Noite foi assim, fumamos juntos, bebemos juntos, ela quase arrumou confusão com a filha do cara mas aí o bomzao aqui livrou ela da morte.

Tá de manhã já e pelo meu ponto de vista são 7 horas da manhã.

Olho no relógio no pulso.

Caralho são 10 horas da manhã.

Tenho mais pique pra baile não, tô mortinho e só quero minha cama, deitar e apagar dormindo.

Saímos do baile e subimos em nossas motos, saímos da favela e se fomos ao rumo da nossa.

Louise vinha tão agarrada em mim que eu acho que ela dormiu, como alguém dorme numa moto?

Como certo e óbvio o Wendel foi para a casa da Kayla dormir com ela, dormir aham.

Paro enfrente a casa de Louise.

- Tá entregue baixinha -digo.

Ela desce da moto com uma cara de acabada.

- Desce e fica aí - ela diz quase sem voz.

A queridona quis berrar ao invés de cantar e agora tá sem voz.

- Que nada, não vou atrapalhar teu sono gata

- Bora Leonardo, não tô pedindo tô mandando, é uma ordem

Ah pronto, sou cachorro agora? pau mandado?

sou.

Desligo a moto e desço da mesma indo em direção a porta da casa.

__________

Louise me tem na palma da mão, ela pede e eu faço! Ela manda e desmanda em mim e isso é desse novo, desde menorzão.

Eu lembro que quando éramos pequenos e estávamos na fase de tocar campainha e sair correndo, em soltar pipa com os menor e corta as pipas deles enfim, nessa época eu fui fazer arte eu fui trolar uma senhora que morava perto de nós que até faleceu anos depois.