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Louise Borges Nogueira

Geral já foi embora do churrasco do Lv e já está anoitecendo, depois de todas aquelas paranoias que criei a tarde eu saí delas e fui para a piscina com todos.

Arthur me pediu para não usar a parte de baixo do biquíni e então coloquei um short.

Brincamos de guerrinha na água, eu subi nos ombros do Leonardo e a Kayla subiu no do Wendel. Obviamente eu ganhei, derrubei a Kayla na segunda empurrada.

Kayla e Wendel tem ficado porém ambos dizem que não querem nada sério e que podem ficar com quem quiser mas eles estão sempre juntos.

Acho que finalmente o Leonardo superou aquele amor que ele tinha em mim na infância mas uma coisa que eu sempre admirei nele é que ele nunca deixou aquilo afetar nossa amizade, mesmo eu "estando" com o irmão dele, ele não saiu do meu lado. Sempre que precisei conversar com alguém eu procurei o Léo e falei, sempre que precisei de um abraço o Léo me deu, sempre que eu precisei de alguém o Léo estava ali e mesmo em alguns momentos o Arthur estando junto comigo o Léo estava ali.

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Depois daquela janta lá em casa muita coisa aconteceu e com certeza aos poucos eu irei me lembrando e contando a vocês, uma dessas coisas foi que a Kayla veio morar no Alemão em uma casa perto da minha, para ser exata em uma rua atrás da minha.

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- Amiga, vamos embora? quero trocar de roupa - kayla diz.

- Vamos, só vou me despedir do Ar... cadê ele?

Ué, ele tava aqui agora pouco

- Ah bora lá, depois tu fala com ele

- Uhum, tchau LV

- Tchau meninas

Vim o caminho todo contando minhas paranoias a Kayla, ela super concordou comigo sobre eu tirar a limpo com o Arthur sobre tudo, para ver o que realmente eu sou para ele. Danone veio com uns papo de que eu nunca percebi antes por que estava no ápice da paixonice ou seja eu estava cega de amor, mas eu não acho que eu esteja apaixonada pelo Arthur então eu acho que eu não tava cega não.

- Mas é isso amiga, fica bem e qualquer coisa me liga tá? eu te amo muito - Donone se despede de mim pois ela irá seguir em uma rua e eu em outra.

Assim e entro em casa encontro meu pai bêbado deitado no sofá.

- Oi pai, desculpa não queria atrapalhar

- Você nunca foi um incômodo Louise mas eu que sou um incomodo na tua vida, eu nunca fui um pai presente pra você, quando você era menor e sua mãe saiu daqui eu basicamente nem ia te ver, quando te trouxe pra cá achei que ia fazer mudar nossa relação porém acho que só piorou, sorte sua que teve o Degê ali segurando as pontas, te amando, te protegendo, te guiando pro caminho certo, por nem isso eu fui capaz filha.

Eu já estava chorando, eu já estava cheia de problemas na cabeça e esse probleminha com meu pai foi só a ponta da agulha estourando o meu balão.

- tá de boa pai, fica tranquilo

- Não! por que eu não sou um pai bom, nunca fui e é por isso que não devo mais existir

- Pai você tá bêbado não faz isso não, ainda temos tempo para concertar nosso passado, podemos ter uma relação de pai e filha de se invejar, mas por favor pai não se mata não e nem some... por favor.

Mais uma morte eu não aguento.

Meu pai nem consegue falar mais pois ele acaba pegando no sono, eu sei que amanhã ele não vai lembrar disso porém bêbado fala a verdade e eu tenho medo de perder ele porque por mais que eu não seja próximo dele como eu imaginava ele ainda é uma pessoa importante para mim, ele é meu pai.

Pego o braço do meu pai envolvo em meu pescoço e acabo levantando ele do sofá junto comigo, suba as escadas com ele assim coloco ele em sua cama, ligo o ar condicionado e cubro ele.

Pra mim o dia de hoje foi cansativo e e eu não esperava chegar em casa e ver meu pai desse jeito e confesso que isso me machucou muito e doeu meu coração. Meu pai não vem para casa há anos, e quando ele vem é sempre a hora que eu já estou dormindo eu só escuto a porta bater e eu acabo nunca encontrando ele aqui em casa sabe?!, eu vejo ele mais é pela rua a gente conversa sobre o básico tipo "oi tá tudo bem" e ver ele daquele estado bêbado mal falando que não merecia tá aqui me machucou.

Eu não sei se estou sendo sentimental demais ou se é porque eu estou carente mas isso mexeu comigo e eu agora eu só queria um abraço verdadeiro que me olhasse e dissesse "vai ficar tudo bem, vocês dois vão se acertar e vão ter uma relação boa". Mas primeiro de tudo eu queria era tirar meu pai dessa vida porque desde que ele entrou ele não só afastou eu como ele afastou minha mãe também, não foi à toa que ela foi embora e deixou ele aqui.

Tomo um banho rápido visto qualquer roupa, tranco a casa e vou indo em direção à casa do Arthur. Eu só quero um beijo e um abraço dele e dormir agarrada nele porque sei que isso vai ser minha calmaria.

Ando de pressa por que já está tarde porém ainda não entrou horário de madrugada. São 10 horas da noite recém

Como eu tenho a chave daqui, eu entro e subo indo direto para o quarto do Arthur.

Abro a porta.

Que porra é essa?

Criação do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora