Capítulo 8.

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- A-Yuan? Bebê, acorda. - Wei chamou baixinho enquanto acariciava os fios suados do cabelo do filhote de lobo que dormia tranquilamente, a febre já não existia mais.

- Hm? Wei-gege? Wei-gege, você ficou! - a criança exclamou acordando de vez e pulando nos braços do lobo mais velho, que riu ao pega-lo no colo e abraçar novamente a criança, cheirando o menino e sentindo o cheirinho de azedo que os nenéns tinham, e A-Yuan ainda o tinha aos quatro anos.

- Hm... Vamos tomar banho, sim? E então, podemos comer algo. - Falou indo com a criança no colo até o banheiro e logo ligando o chuveiro na água morna, depois foi auxiliar o pequeno a tirar suas roupas. Ele sentiu o sangue ferver ao ver as marcas arroxeadas de dedos nos bracinhos e pernas de seu... Do filhote. - E depois, nós precisamos conversar sobre algo muito importante.

- Certo, Wei-gege.

Wei Ying o ajudou a lavar os cabelos e apenas o auxiliou sobre lavar o corpo, não chegando a tocar mais que o necessário e sem segundas intenções no corpo do mesmo.

Lan Yuan era muito novo para banhar-se sozinho, e poderia não seguir corretamente a maneira certa de se lavar. Porém, seu pai já estava na delegacia e Wei já o tinha como filho, jamais faria algo para machucar ou desrespeitar seu bebê, por isso perguntou antes de lhe tocar para o auxiliar no banho.

O ajudou a colocar um shorts e uma regata mais fresquinha, penteou os cabelos do menino e deixou solto para secar livremente, a febre anterior não se devia a uma virose ou algo do tipo de fato, era por que ambos estavam afastados, então os cabelos molhados não iriam piorar o estado de saúde do menor, até por que naquele dia não estava frio.

Eles foram para a cozinha, onde Lan Yuan já fazia um biquinho emburrado ao pensar no que iria comer. Mas se surpreendeu a achar algo totalmente diferente.

- Pão com queijo e presunto, seu pai comprou antes de sair a pouco. Experimente.

E assim, Lan Yuan fez. E suspirou satisfeito ao sentir o gosto bom daquele alimento que para muitos era comum, mas para ele, novidade. Wei lhe ofereceu também um copo de suco de laranja, do qual o garoto amou.

O mais velho aguardou que ele terminasse de comer para finalmente levá-lo para a sala e sentar o mini Lan de frente para ele.

- Lan Yuan, você quer conversar sobre tudo o que aconteceu?

O menino suspirou fundo, pensando sobre o assunto.

Desde que Wei não fora mais cuidar dele, as coisas tinham sido difíceis e seu pai estava cada vez mais irritado. Mesmo não gritando com a criança ou chegando a encostar um dedo se quer na intenção de corrigi-lo, Lan Yuan estava sensível sobre o comportamento frio do pai. Lan Zhan poderia ser um idiota e sem paciência com qualquer um, mas jamais tratara o filho de forma tão fria. Lan Yuan sempre recebera a paciência do mais velho.

- Bem, eu não queria que outra pessoa cuidasse de mim, só o Wei-gege. Então eu fazia elas desistirem de vir. - as bochechinhas e orelhas ficaram vermelhas ao admitir seu erro. - Mas papai nunca chamava você, era sempre outra moça. Até que ele se irritou e disse que se eu continuasse, eu iria ir com o Mestre Lan, e ele é um homem muito mau, papai sabe que eu tenho medo dele... Ai veio aquela mulher e... Ela me batia, Wei-gege. - Lan Zhan fungou ao lembrar do terror dos dias que passou na mão da ômega cruel, ele não queria mais ser machucado assim novamente. - Me colocava de castigo por qualquer coisinha e gritava coisas feias para mim.

- Ô meu amor, vem cá. - ele puxou a criança para o colo - Não se preocupe, seu papai vao garantir que ela fique um bom tempo na cadeia, sim? - Lan Yuan assentiu, meio tristinho. - Agora, Lan Yuan, eu quero falar uma coisa... É sobre seu papai.

meu (nosso) filhoteOnde histórias criam vida. Descubra agora