Capítulo 13.

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     A mesa de jantar onde os adultos estavam estava em total clima de tensão, diferente da parte da mesa onde as três crianças trocavam olhares cúmplices sobre o que brincar depois daquele jantar que achavam completamente desinteressantes. 

    Mas os adultos se olhavam como se tivessem acusado alguém do grupo de ter matado alguém e agora investigam um ao outro pra saber quem era o assassino. 

     Nem mesmo YanLi tentava apaziguar os ânimos dos outros presentes, já que eram vários motivos do silêncio tenso que tomava o lugar, Jin ZiXuan segurava o riso enquanto bebericava o vinho. 

     — Então... – Jiang Cheng começou. 

    Era até estranho vê-lo nervoso _daquela_ maneira! Normalmente ele estava raivoso e quebrando as pernas de quem visse pela frente. Dessa vez, seu nervosismo era devido a ansiedade e a reação de todos ali.

     — A-Cheng, pelos Céus – Wei WuXian revirou os olhos, com um sorriso tenso – Todos sabíamos que vocês dois estavam juntos, vocês nem mesmo tentavam esconder! 

    O tom de diversão do homem não era natural, como de costume. Mesmo com todo o seu passado conturbado e suas lembranças que insistiam em vir, Wei ainda sim achava motivos para sorrir e rir. Principalmente se fosse de seu irmão mais novo. Porém, naquele momento, com os olhos dourados o encarando tão intensamente, sem deixar claro se por raiva ou não, ele não conseguia rir. 

    Já Lan Zhan, segurava a colher em sua mão com certa força, os nós dos dedos brancos. Não conseguia esquecer o cheiro de Wei WuXian nem por um momento e muito menos da maneira que o homem que seu lobo implorava para ter flertava com todos que via durante a festa do sobrinho. O alfa estava uma confusão e tanta sem conseguir se desejava mais ou sentia mais raiva por não ter abdicado para si. O homem, diferente de seu lobo, sabia que o ômega não era um objeto para simplesmente ser tomado do nada sem nem mesmo ter o direito de escolha. Sabia que não era dessa maneira que funcionava. Que nada funciona quando é assim. Desejava que o homem lhe desejasse de volta por vontade própria, não por medo. Jamais por medo. Jamais machucaria ele. 

      — O quê? Como assim todos sabiam? Estávamos sendo discretos! 

      — Essa é sua maneira de ser discreto, Cheng? – ZiXuan perguntou rindo. – Acho que deveria rever o seu conceito sobre descrição. 

      — Seu! – O homem apontou uma faca para o outro, porém, uma outra mão circundou a sua e a abaixou.

     Wei WuXian finalmente deixou escapar a risada quando viu seu irmão ceder ao toque depois de alguns segundos de hesitação. Nem mesmo o olhar de Lan Zhan conseguiria anular aquilo. 

      O jantar foi mais leve, a partir dai. 

      Com Cheng se envergonhando a todo momento e ficando raivoso em segundos, ameaçando bater no irmão e cunhado enquanto seu namorado o acalmava. YanLi conversava pacificamente com Lan XiChen e as crianças brincavam correndo de Wei WuXian pela casa, sob a supervisão de Lan Zhan que estava em uma parede onde pouca iluminação a alcançava. 

     Foram duas horas correndo para todos os lados até que os três dormiram no sofá depois de 15 minutos assistindo desenhos, um abraçado ao outro, com Jin Ling no meio. 

     ZiXuan e YanLi estavam na cozinha, lavando a louça da janta e retirando a mesa, Cheng e Lan Huan estavam em algum outro lugar da casa, para uma... Conversa mais particular... 

     E Lan Zhan observava a Lua pela janela quando Wei WuXian chegou com uma jarra de vinho nas mãos, cruzou os braços sobre o peitoril da sacada e olhou adiante.

meu (nosso) filhoteOnde histórias criam vida. Descubra agora