Leonardo
Estou desesperado, não sei o que fazer. Xinguei, gritei, chorei. Minha esposa grávida do meu filho foi sequestrada. Meu pais e irmãos estão me acalmando, juntamente com Luca e Antonella. Lena aparece na minha sala, pois estamos na sede da máfia.
- Eu acho que sei onde Marina pode estar.
- Pelo amor de Deus, fale então. - digo desesperado.
- Calma, fratello. Ela não tem culpa.
- Desculpe, Lena. Fale, por favor.
- Meu pai tem um galpão secreto em Evanston. Fica no sul da cidade. É uma fortaleza, mas tem pontos fracos. Ele leva suas vítimas mais importantes.
- Vamos atacar. - digo firme.
- Ela tem troca de guarda a cada 15 minutos, são 12 em cada portão. São quatro portões.- Lena afirma.
- Vamos atacar na troca de guardas, a gente substitui eles pelos nossos, cercamos o lugar, chamamos o reforço, atacamos, recuperamos Marina e Kanun é nosso. - Antônio diz. - Vai dar tudo certo, Leo. Vamos recuperá-la.
- Vai dar certo. Vamos. - eu, meus irmãos, Luca e nossos homens vamos para Evanston, resgatar minha mulher.
Marina
Abro os olhos com dificuldade, por conta da claridade. Vejo que estou num galpão velho amarrada em uma cadeira. A mulher que me sequestrou aparece.
- Acordou a margarida, lembra de mim agora? - olho com atenção e finalmente a reconheço. É a aeromoça do jatinho do Leo, a fã dele. - Eu me infiltrei na máfia e consegui vigiar vocês de perto. Descobri sobre o baile e contei a meu marido, Kanun. Tentei ser amante do seu maridinho para conseguir informações, mas aquele idiota nem dava bola.
- Você é esposa de Kanun? Coragem. - ela me da um tapa na cara.
- Cala a boca, vagabunda, se não eu mato você e seu bebezinho.
- Não toca nela. - um homem de uma 60 anos aparece. Ele é de altura mediana e troncudo. Deve ser o tal do albanês, Kanun. - Você já fez seu serviço Nadja, vai embora. Ela vale ouro, deve estar intocada.
- Mas Kanun... - ele dá um tapa na cara dela e diz:
- Se coloque no seu lugar, vadia. Sai daqui antes que eu te tire pelos cabelos. - Ela sai meio contrariada, porém assustada.
- Finalmente nos conhecemos, senhora Manginello. - não digo nada só observo o canalha, quem sabe se eu enrolar ele, Leo não ganha tempo para me encontrar. - Eu não quero machucá-la, só quero algo muito importante que seu marido possui. A Família. Vocês italianos são moles demais e pacíficos. Eu quero guerra, sangue, sem moleza.
- Você quer ser o Don, não é? Acha que será melhor que meu marido? Engano seu, você só é um covarde que sequestra uma mulher grávida. Não tem coragem de enfrentar o Leonardo cara a cara, como um homem honrado.
- Você acha que seu maridinho é uma pessoa boa, ele mata tanto quanto eu, sem distinção. Vamos ver quem vai vencer, Marina. - ele sai e vai falar com alguns soldados. Nem sei quanto tempo fiquei desacordada, mas espero que Leo venha logo.
Se passam mais de quarenta minutos, quando escuto um movimento estranho lá fora. Vejo homens entrando e parecem homens do Leo. Fico aliviada, mas me mantenho neutra. Acho que estão disfarçados. Mais homens ainda entram e acredito que todos pertencem a família.
Dois soldados entram segurando Leo, é uma encenação, como se ele fosse um prisioneiro.
- Finalmente, Leonardo Manginello, nos encontramos. - olho para meu marido e ele para mim, vejo que seus olhos estão cheios de lágrimas quando me olham.
Eles começam a conversar e um dos soldados vem para trás de mim e disfarçadamente corta a corda que me prende.
- Tem certeza que venceu, Kanun. Olhe bem para os soldados, reconhece algum? - ele observa todos. - Deixem ele vivo, quero me divertir com ele depois.
- Seu filho da puta, cadê meus homens? - ele tira a arma da cintura e aponta pra mim. Todos os soldados apontam a arma para ele. Quando ele vai atirar, alguém atira na perna dele, o amarram e levam para fora. Quando vou me levantar para correr para o Leo sinto uma arma nas minhas costas. Estava fácil de mais. Olho para trás e vejo Nadja.
- Não, faça isso. Não destrua sua vida por causa de um homem.
- Eu não me importo, só quero que você morra. - ela diz desequilibrada. - Era para eu ser a senhora da máfia não você, vadia.
- Você acha que ele colocaria você como esposa? Aquele merda não valoriza ninguém, nem a própria filha. Não faça isso por ele.
- Eu não ligo. - ela atira contra mim, o tira pega na minha coxa. Eu caio no chão e escuto tiros e gritos. E a última coisa que vi foi meu marido olhando pra mim.
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Casamento por Honra - Série Irmãos Manginello (Livro 1) / CONCLUÍDO
RomanceLeonardo, chefe da mafia italiana de Chicago, se encanta por uma jovem chamada Marina. Eles irão viver uma paixão avassaladora. Livro 1 - Série Irmãos Manginello