Capitulo 7 - O fogo do meu sofrimento

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*Andrês

Segunda uma hora da manhã. Eu estava dormindo confortavelmente na minha cama, sonhando com algo que não me lembro. Ouvi o toque do meu celular. Rolei na cama com preguiça de atender, mas seja lá quem era não desistia. Fui obrigado a levantar. "Por Deus! Quem é o louco que me ligaria a essa hora? Mas poderia ser uma emergência. Se fosse um dos meus amigos ou a Jenifher me ligando a aquela hora, eu mato". Pensei injuriado.

Arrebatei o telefone da mesa e atendi já contrariado.

- Alô. Espero que seja importante para me ligar a essa hora. Falei aborrecido.

- Alô Andrês, é o Linus. Disse a voz do outro lado da linha.

- Ah. Oi Linus, é você? Respondi sem jeito.

- Desculpa te ligar a essa hora...

Interrompi.

- Não. Desculpa eu, por ter atendido tão mal. Pensei que era outra pessoa. Desculpei-me.

- Deixa pra lá. Agora eu preciso falar sobre algo importante. Recebi informações que um grupo de Tenebris atravessou a barreira entre nossos mundos. E, segundo o relatório do setor de segurança real, atravessaram na altura dessa cidade. Alguns informantes disseram que eles saíram as pressas, como se tivessem descoberto algo a algumas horas atrás. Por isso eu torno a perguntar. Você não viu alguma coisa estranha? Algum mestiço despertou seus poderes? Pois assim seria mais fácil deles o encontrarem. Qualquer informação é válida. Disse Linus com ansiedade incontida na voz.

Despertar? Quem poderia ser? Jenifher e eu já tínhamos dezesseis.

Espera! Eu ouvi algo sexta na escola. Ariana, ela iria fazer dezesseis anos nesse domingo. Eles devem estar atrás dela. Pensei já preocupado.

- Andrês, por que ficou calado de repente? Sabe de algo?

- Bem, é que recentemente uma mestiça se mudou para essa cidade. Disse sem jeito, já que eu mentira para ele outro dia.

- Quanto recentemente? Perguntou ele endurecendo a voz.

- É... Mais ou menos uma semana.

- Então você já sabia quando eu te perguntei outro dia se havia algum mestiço?

- Sim já sabia. Mas eu achei que ela era muito insignificante para alguém ir atrás dela. Defendi-me.

- Andrês você não acha nada! Por causa da sua mentira, essa mestiça pode estar em perigo! Esbravejou Linus.

- Desculpa. Eu realmente não medi as consequências. Falei arrependido.

- Tudo bem. Tudo bem. Agora tudo precisamos é resolver isso. Como ela se chama? Você sabe?

- Ariana Lancastre. O nome do meio eu não me lembro. Ela está na mesma classe que eu na escola.

- Sabe se ela já despertou?

- Ela fez dezesseis hoje. Não, já é uma hora, foi ontem, eu acho. Respondi nervoso.

- Então eles devem mesmo ter ido atrás dela... Andrês, preciso que faça algo para mim.

- O quê senhor? Perguntei ansioso.

- Eu estou muito longe. E só vou poder chegar aí daqui a uns cinco dias. E não posso entrar em contato com a segurança real. Desconfiamos que haja algum espião lá. Quero que seja segurança dessa menina até eu chegar. Você já tem poder e treino para isso. Você é o mestiço mais promissor, que eu já treinei.

- Mas senhor, como eu vou ficar atrás dela assim de repente? Ela não vai gostar...

- Explique que os tenebris estão atrás dela.

A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora