Capitulo 13- Um novo poder.

6.7K 549 48
                                    

*Andrês

Depois da luta, difícil com aquele monstro, o meu braço estava doendo e sangrando muito. Vi a preocupação estampada no rosto de Ariana. Então por um impusso, soltei a história que faes da água podiam curar, mas não sei por que omiti a parte que só faes puros podiam fazê-lo.

Quando ela posicionou suas mãos, vi que elas brilhavam como deviam estar brilhando seus olhos agora fechados. Fiquei impressionado quando vi que ela tinha conseguido mesmo. Prova de que ela era diferente, mas seu nariz estava sangrando, ela devia ter usado energia demais.
Então a vi cair ao solo, corri me sentindo culpado, afinal ela ficou assim porque me curou.

A segurei em meus braços.

- Ariana, Ariana. Por favor, acorda. Chamei.

Ela abriu de leve os olhos e sussurrou.

- Estou tão cansada. E voltou a fecha-los, não antes de dar um grande bocejo.

Que bom que ela apenas dormiu. Mas nós não podíamos ficar ali parados, ao longe eu podia ver mais daqueles pássaros horríveis voando pelo céu. Tínhamos que achar um lugar mais seguro.

Peguei Ariana no colo e a ajeitei em minhas costas. Ela segurou automaticamente meu pescoço. Sua cabeça descansando em meu ombro. Eu ouvia o som suave de sua respiração em meu ouvido. Como era bom o sentimento de estar perto dela.
Fui tirado dos meus desvaneios pelos gritinhos da pixie lá atrás. Ela não se movera.

- Olha, se você não vier logo, vou deixá-la ai. Virei para encara-la.

Ela cruzou os braços teimosamente.

- Ok, você é quem sabe. Disse erguendo os ombros - Talvez surja outro pássaro e te devore. Nhac. Imitei uma mordida para assusta-la.

Ela veio voando, mas mantinha certa distância.

Embrenhamo-nos em uma floresta de árvores secas. Para todo lado que se olhava só se via aquelas árvores negras, desprovidas de folhagem. Durante nossa caminhada, eu vi alguns bichos estranhos, esses porém, eram de pequeno porte e não se opuseram a nós.

Eu caminhava em silêncio, com Ariana ainda dormindo e a pixie, mesmo que eu pudesse entender o que ela falava, não ia fazer diferença, pois ela não gostava de mim e nem tentava falar comigo.

Parei um pouco para descansar. Graças ao Linus, nós tínhamos trazido algumas provisões e não estávamos totalmente desamparados.
Sentei Ariana encostada em um tronco caído. Parti o pão e abri a garrafa de leite com café, tomei e comi aproveitando para descansar o corpo. Ariana era pequena, mas eu a estava carregando por mais tempo do que eu podia suportar.
Tentei fazer com que ela bebesse um pouco de leite, mas só o que consegui foi que ela quase se afogasse. Mesmo assim, ela não despertou. Isso era preocupante, se ela continuasse sem comer, iria ficar fraca.

Nós tínhamos que continuar. Andamos (na verdade eu andei, Ariana estava em minhas costas e a pixie voando), por algum tempo até chegarmos numa área da floresta morta que tinha algum verde desbotado. Decidi montar acampamento, que consistia em dois sacos de dormir e uma pequena fogueira. Deitei Ariana no seu e fui esquentar um pouco de comida enlatada que tínhamos. Esse foi meu jantar. Logo depois, me deitei em meu saco de dormir que estava do lado de Ariana. Eu pude contemplar seu rosto sereno enquanto dormia. Levei a mão para tocar em seus cabelos, mas fui detido por uma tossezinha inconveniente da pixie que estava entre as madeixas de Ariana.

- Que foi? Eu só ia fechar mais o zíper do saco de dormir. Menti fechando o zíper para disfarçar. A pixie me olhou com uma cara de descrença.

Virei para o outro lado e procurei dormir, mas ao contrário de Ariana, o sono não vinha para mim, eu me sentia inquieto, toda hora eu ouvia barulhos, como se algo rastejasse, mas só o que eu via eram árvores ao nosso redor.

A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora