*Ariana.
Quando Andrês entrou em meu quarto eu não pensei duas vezes. Me joguei em seus braços e o abraçei forte.
- Andrês... Balbuciei.
- Eu também estava com saudade. Disse ele retribuindo o abraço.
Dei um soco em seu peito.
- Ai. Ana o que é isso? Perguntou alisando o local onde eu o socara.
- Por quê você deixou que os guardas me levassem? Perguntei com raiva - Eu chamei por você e pelos outros. Por que ninguém veio me ajudar?
- Eu tentei Ana. Eu juro que tentei, mas Linus e Mercúrio me impediram. Me disseram que eu não conseguiria enfrentar dezenas de guardas sozinho. E você sabe que é verdade. Explicou.
- Eu sei, mas eu só queria que você estivesse do meu lado. Desse jeito eu não me sentiria tão desamparada.
- A multidão me afastou de você, eu não consegui me aproximar. Me desculpe. Pediu pegando minha mão e depositando um beijo nela.
Retirei minha mão da sua devagar.
- Por que você não veio me ver lá na prisão? Perguntei dando um passo para trás.
- Não era permitido. Disse ele olhando firme em meus olhos.
- Seu pai foi. Aposto que você ficou dormindo folgado em uma cama macia, em seu novo quarto enquanto sua injustiçada namorada estava num buraco escuro presa. Reclamei.
Caminhei até minha cama e me sentei pesadamente.
Ele me seguiu e sentou-se a minha frente.
- Meu pai podia, pois ele é o conselheiro real e é verdade que eu estava deitado em meu quarto, mas eu não consegui pregar os olhos de tanta preocupação com você. Eu preferia que eu tivesse sido preso no seu lugar. Disse ele acariciando meus cabelos.
- Se isso acontesesse, eu é que morreria de preocupação. Confessei brincando com o anel em meu dedo.
- Eu estava tão preocupado, não via a hora de encontrar o teu olhar, de sentir o seu perfume, de sentir a sua pele. Disse ele aproximando seu rosto do meu até nossos narizes se tocarem num beijo de skimó.
- Eu estava morrendo de saudade de você. Sussurrei com os olhos semi-fechados.
- É? Nós somos meio bobos mesmo. Não faz nem um dia completo direito que estamos separados e já estavamos sofrendo com ausência um do outro. Sussurrou de volta com um sorriso sem afastar seu rosto do meu. Nossos lábios a centimetros um do outro.
- E qual pessoa apaixonada não é um pouco boba. Falei acariciando seu rosto que despontava trechos de barba.
- Verdade. Disse ele se aproximando e tomando meus lábios nos seus. Minha lingua encontrou a dele numa valsa apaixonada. A mão dele subiu e enredou meus cabelos, enquanto a outra descansava sobre a minha em meu colo. Minha outra mão percorria seu peito numa caricia intuitiva. E nosso beijo se tornava mais apaixonado.
Me detive a custo me afastando de sua boca tão desejada.
- Te amo Andrês. Falei porque era bom dizer isso em voz alta.
- Também te amo. Minha princesa. Disse ele coroando sua declaração com um selinho demorado.
- Por mim eu ficava te beijando um tempão, mas você precisa comer moçinha. Tá com fome? Perguntou-me caminhando até a bandeja.
- Pra dizer a verdade estou. Não comi nada desde que fui presa. Confessei. O meu estômago começou a reclamar só de eu pensar em comer alguma coisa.
- É? Eu também estou com fome. No meio de toda essa confusão nem tive estômago pra comer nada. Revelou caminhando com a bandeja a mão.
Colocou a bandeja a minha frente.
- Senta aqui do meu lado e come junto comigo. Convidei me afastando para o meio da cama lhe cedendo espaço que ele prontamente preencheu se ajeitando ao meu lado.
- Então vamos ver o que tem aqui. Andrês levantou a tampa da bandeja.
- Uau! Exclamei diante do que vi.
Havia uma jarra com suco laranja brilhante, frutas estranhas de formatos muito diferentes, uma cesta com pães cheirosos, leite, uma espécie de manteiga branca, um queijo cremoso de um gosto incrível, uma espécie de presunto caseiro e um bolo negro que parecia de chocolate.
- Banquete digno de uma princesa. Avaliou Andrês.
- Nem que eu começe por três princesas eu daria conta dessa bandeja sozinha. Falei com os olhos brilhando diante do visual e do aroma da comida a minha frente.
- Pode deixar que eu te ajudo. Brincou Andrês pegando uma fruta.
- Ah, muito obrigada gentil cavaleiro. Retruquei a brincadeira me deliciando com um pãozinho doce.
- Cara isso é muito bom. Elogiou Andrês pegando um pouco do queijo.
- Delicioso. Concordei bebendo do suco.
- O que será que tem aqui pra ser tão gostoso? Magia? Especulou ele.
- Provavelmente e uma boa cozinheira. Afirmei.
- Ou é porque eu estou comendo ao seu lado, o que deixa tudo mais gostoso.
- Ah Andrês, que fofo! Falei beliscando sua bochecha.
- O que eu falei sobre me chamar de fofo. Fingiu zanga.
- E o que eu posso fazer? Você é fofo mesmo. Respondi rindo.
- Ok, você pode me chamar de fofo, mas só quando estivermos a sós. Entendido?
- Sim, senhor. Respondi rindo.
Depois de comermos ele me abraçou e eu descansei minha cabeça em seu peito.
- E então como foi a conversa com sua mãe? Perguntou ele. Eu sentia a vibração de sua voz em seu peito.
- Hum? Me fiz de desentendida.
Ele gentilmente, repetiu a pergunta.
- Ah... Bem... Foi mais ou menos.
- Mas vocês conseguiram se acertar? Insistiu ele.
- Bom, a gente não brigou. Muito. Falei olhando para meu anel.
- Você perdoou ela? Perguntou ele acariciando meus cabelos lentamente.
- Não é tão fácil assim. Eu preciso de um tempo para assimilar tudo. Respondi.
- Eu entendo.
- Sabe. Eu acho que ela não gostou da idéia de eu namorar você. Confessei brincando com os dedos da mão dele .
- Mas ela nem me conhece ainda. Disse ele surpreso.
- É, isso que eu não entendo. Respondi me sentando na cama.
- Deve ser por que eu não sou nenhum príncipe.
- Ah, Andrês, nada a ver. Você é filho de um nobre e conselheiro real. E além disso, ela pôde namorar quem ela quis. Eu também posso. Declarei convicta.
- Na verdade ela pôde por um tempo...
- Se ela quisesse mesmo, ela poderia ir e voltar da Terra para Aurór. Retruquei.
- Ana, você sabe que não é bem assim. Como rainha ela tem deveres com o povo. Disse ele.
- Bem, não importa. Eu não sou rainha e nem pretendo ser, portanto eu digo que ninguém, nem mesmo a própria rainha vai me separar de você.
Me inclinei e lhe beijei a boca, expressando nesse gesto todo amor que povoava o meu coração.
Ele olhou em meus olhos com os seus olhos verdes, vivídos e brilhantes e eu pude ver o mesmo sentimento que havia em mim neles.
- Eu também não vou deixar ninguém me separar de você. Disse ele acariciando meu rosto
- Nunca vou te deixar, eu prometo minha princesa.
Beijei a palma de sua mão.
- Eu também prometo nunca te deixar. Meu lindo guardião.
Nós selamos nosso juramento com um beijo longo e apaixonado.
Só paramos quando alguém bateu a porta.
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A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão)
ФэнтезиQuando uma adolescente de 16 anos encontra um desafeto do passado, agora totalmente mudado, e descobre que ela na verdade é uma meio fae, sua vida muda totalmente, e ao lado de Andrês, Ariana vai descobrir um novo mundo, enfrentar o terrivel grupo t...