Capitulo 27 - Ciúmes de você

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*Andrês

Acordei com um despertador animal.

- Acordem, acordem. Hora de trabalhar. Cruac.

Dentro do nosso quarto um passarinho berrava a plenos pulmões. Para um pássaro tão pequeno, a avezinha azul, tinha um fôlego gigante.

Me sentei na cama e vi Ariana se espreguiçando na outra.

- O que? O que foi? Perguntou Ariana entre dois bocejos.

- Acho que nosso amigo empenado, é o nosso despertador presentiado por Papus. Respondi escapando dos últimos tentáculos do sono.

- Pra quê? Perguntou Ariana se sentando na cama.

- Esqueceu? O nosso mais novo trabalho na pousada começa hoje. Lembrei-a.

- Ah, não. Reclamou ela deitando de novo e cobrindo o rosto com a coberta.

- Sim Ana. Levanta. Disse eu descendo da cama e começando a arrumar os lençóis.

- Mas devem ser umas cinco horas da manhã ainda. Disse ela descobrindo o rosto.

- Eu sei, mas seis horas temos que estar lá embaixo. Levanta, se não esse pássaro não vai parar de gritar.

- Levantando. Disse Ariana saindo da cama aos tropeços.

- Levantem, levantem. O pássaro não se calava.

- Cala a boca! Nos já estamos de pé. Gritei também.

O pássaro parou e olhou para nos virando a cabeça, como se examinasse o ambiente. Então explodiu em uma fumaça azul. Ariana e eu nos entreolhamos surpresos e abanando a fumaça colorida.

Depois disso, nós descemos. Papus nos esperava de braços cruzados ao lado de Serafina.

- Finalmente as belas adormecidas acordaram. Reclamou Papus de primeira.

- Já passou das seis? Perguntou Ariana confusa.

- Não, mas vocês tem que estar aqui vinte minutos antes das seis

- Mas o senhor não nos falou nada. Argumentei.

- Que seja estou falando agora. Você menina vai pra cozinha e você moleque, vai servir as mesas. Serafina supervisionará os dois. É bom não fazerem corpo mole. Vão andando logo, os hóspedes vão descer já já. Gritou ele batendo palmas para nos apressar.

* Ariana

Eu estava de frente para o fogão de ferro. Ele era simplesmente um quadrado de alumínio, sem botão e sem gás.
Como eu acenderia isso? Serafina estava explicando as coisas para Andrês e eu estava sozinha, com a função de fritar um tipo de panqueca cuja a massa Serafina já deixara pronta. Se tinha uma coisa que eu realmente era péssima era em cozinhar. Quando eu morava na minha cidade anterior sempre tínhamos uma empregada e quando eu e meu pai nos mudamos, sempre pedíamos comida ou esquentávamos comida congelada no micro-ondas.
"Ah, as facilidades da vida moderna. Agora eu não tinha nada disso."

Papus entrou na cozinha e se separou com a minha imagem congelada, sem ter ideia de como ou por onde iniciar .

- Por que não começou a preparar o café? Esbravejou.

Eu dei um pulo de susto, nem o havia visto entrar.

- Desculpe senhor, mas eu não sei como funciona o fogão. Sabe... Comentei perdida.

- Serafina não te explicou?

- Não ela está muito ocupada ensinando o Andrês. Ironizei, ele porém não deu mostras de ter entendido minha ironia.

A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora