*Andrês
Acordei com um despertador animal.
- Acordem, acordem. Hora de trabalhar. Cruac.
Dentro do nosso quarto um passarinho berrava a plenos pulmões. Para um pássaro tão pequeno, a avezinha azul, tinha um fôlego gigante.
Me sentei na cama e vi Ariana se espreguiçando na outra.
- O que? O que foi? Perguntou Ariana entre dois bocejos.
- Acho que nosso amigo empenado, é o nosso despertador presentiado por Papus. Respondi escapando dos últimos tentáculos do sono.
- Pra quê? Perguntou Ariana se sentando na cama.
- Esqueceu? O nosso mais novo trabalho na pousada começa hoje. Lembrei-a.
- Ah, não. Reclamou ela deitando de novo e cobrindo o rosto com a coberta.
- Sim Ana. Levanta. Disse eu descendo da cama e começando a arrumar os lençóis.
- Mas devem ser umas cinco horas da manhã ainda. Disse ela descobrindo o rosto.
- Eu sei, mas seis horas temos que estar lá embaixo. Levanta, se não esse pássaro não vai parar de gritar.
- Levantando. Disse Ariana saindo da cama aos tropeços.
- Levantem, levantem. O pássaro não se calava.
- Cala a boca! Nos já estamos de pé. Gritei também.
O pássaro parou e olhou para nos virando a cabeça, como se examinasse o ambiente. Então explodiu em uma fumaça azul. Ariana e eu nos entreolhamos surpresos e abanando a fumaça colorida.
Depois disso, nós descemos. Papus nos esperava de braços cruzados ao lado de Serafina.
- Finalmente as belas adormecidas acordaram. Reclamou Papus de primeira.
- Já passou das seis? Perguntou Ariana confusa.
- Não, mas vocês tem que estar aqui vinte minutos antes das seis
- Mas o senhor não nos falou nada. Argumentei.
- Que seja estou falando agora. Você menina vai pra cozinha e você moleque, vai servir as mesas. Serafina supervisionará os dois. É bom não fazerem corpo mole. Vão andando logo, os hóspedes vão descer já já. Gritou ele batendo palmas para nos apressar.
* Ariana
Eu estava de frente para o fogão de ferro. Ele era simplesmente um quadrado de alumínio, sem botão e sem gás.
Como eu acenderia isso? Serafina estava explicando as coisas para Andrês e eu estava sozinha, com a função de fritar um tipo de panqueca cuja a massa Serafina já deixara pronta. Se tinha uma coisa que eu realmente era péssima era em cozinhar. Quando eu morava na minha cidade anterior sempre tínhamos uma empregada e quando eu e meu pai nos mudamos, sempre pedíamos comida ou esquentávamos comida congelada no micro-ondas.
"Ah, as facilidades da vida moderna. Agora eu não tinha nada disso."Papus entrou na cozinha e se separou com a minha imagem congelada, sem ter ideia de como ou por onde iniciar .
- Por que não começou a preparar o café? Esbravejou.
Eu dei um pulo de susto, nem o havia visto entrar.
- Desculpe senhor, mas eu não sei como funciona o fogão. Sabe... Comentei perdida.
- Serafina não te explicou?
- Não ela está muito ocupada ensinando o Andrês. Ironizei, ele porém não deu mostras de ter entendido minha ironia.
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A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão)
FantasyQuando uma adolescente de 16 anos encontra um desafeto do passado, agora totalmente mudado, e descobre que ela na verdade é uma meio fae, sua vida muda totalmente, e ao lado de Andrês, Ariana vai descobrir um novo mundo, enfrentar o terrivel grupo t...