Capitulo 19 - A cabana na floresta

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*Ariana

Corri para o rio o mais rápido que pude, ajoelhei-me a beira dele e enchi o vaso com água para lavar o ferimento de Andrês.

"Por que ele não me contou o que tinha acontecido? Como eu não percebi?
Mas o mais importante é que ele melhore. Eu não podia cogitar a ideia dele morrer. Ele não pode me deixar sozinha aqui, ele é meu guardião. Mas se a gente não encontrar ajuda eu vou tentar curá-lo mesmo contra a sua vontade, eu não posso simplesmente assistir ao seu sofrimento sem fazer nada. Se ao menos não tivéssemos perdido a borboleta de vista..."

"Bom, mas não adianta chorar pelo leite derramado, temos que seguir em frente e achar uma solução para esse problema."

Voltei correndo para o lado de Andrês. Ele continuava deitado com cara de dor a Pix não estava em nenhum lugar a vista.

Ajoelhei ao lado de Andrês.

- Onde está a Pix? Perguntei.

- Ai. Não sei, nem reparei que ela tinha saído já que ela não fala comigo mesmo. Além disso ela é tão pequena
Disse ele me olhando com uma careta.

- Tá doendo muito? Perguntei preocupada.

- Dá pra aguentar. Respondeu ele dando uma de forte.

- Vou lavar seu ferimento e trocar o curativo. Tudo bem?

Ele confirmou com um movimento de cabeça. Ergui a barra de sua calça e comecei a lavar o ferimento, ele não conseguiu reprimir um gemido.

- Tá doendo? Perguntei agoniada.

- Eu aguento. Disse apertando os lábios.

Terminei de enfaixar sua perna e o ajudei a se sentar.

- Vou ver se tenho Aspirina na minha mochila...

- Desculpe, mas eu tomei tudo e não fez efeito nenhum. Contou.

Fiquei sem saber o que fazer para ajudá-lo. A Pix chegou voando e parou a minha frente.

- Onde esteve Pix? Perguntei irritada. Ela me mostrou uma plantinha vermelha que tinha um cheiro parecido com canela misturada com hortelã.

- Pra quê isso? Perguntei indicando a planta.

Pix respondeu com seus guinchos usuais. Mostrando a perna de Andrês, fazendo cara de dor, mostrando a planta fingindo amassa-la e bebendo algo imaginário.

- Deixa ver se eu entendi? Essa planta é para dor? Ela confirmou com a cabeça - Eu devo fazer um chá? - Outro aceno positivo - Isso vai curá-lo? Ela negou triste - Então é somente para dor? Ela confirmou.

- Nossa Pix quanta consideração. Obrigado. Disse Andrês usando pela primeira vez o nome que eu havia dado a pixie.

Pix sorriu para ele também pela primeira vez.

- Então eu vou fazer o chá. Disse eu materializando uma vasilha de barro. Amassei a erva, coloquei no vaso com água, esquentei sem precisar de fogo, pois deduzi se eu posso congelar a água também posso esquenta-la. Dito e feito.

Coloquei o chá em um copo de barro e o resto que sobrou em uma botija de barro ambos fabricados por mim. Eu estava ficando boa em fabricar utensílios de barro com meu poder da terra.

Dei o chá para Andrês tomar. Ele bebeu e fez uma cara feia.

- O gosto é muito ruim? Perguntei.

- Apenas amargo, mas dá pra beber. Respondeu ele bebendo o resto em um gole só.

- Andrês nós precisamos seguir em frente. Você consegue andar?

- Acho que sim. Se ao menos eu tivesse algo que servisse de bengala...

A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora