*Ariana
Corri para o rio o mais rápido que pude, ajoelhei-me a beira dele e enchi o vaso com água para lavar o ferimento de Andrês.
"Por que ele não me contou o que tinha acontecido? Como eu não percebi?
Mas o mais importante é que ele melhore. Eu não podia cogitar a ideia dele morrer. Ele não pode me deixar sozinha aqui, ele é meu guardião. Mas se a gente não encontrar ajuda eu vou tentar curá-lo mesmo contra a sua vontade, eu não posso simplesmente assistir ao seu sofrimento sem fazer nada. Se ao menos não tivéssemos perdido a borboleta de vista...""Bom, mas não adianta chorar pelo leite derramado, temos que seguir em frente e achar uma solução para esse problema."
Voltei correndo para o lado de Andrês. Ele continuava deitado com cara de dor a Pix não estava em nenhum lugar a vista.
Ajoelhei ao lado de Andrês.
- Onde está a Pix? Perguntei.
- Ai. Não sei, nem reparei que ela tinha saído já que ela não fala comigo mesmo. Além disso ela é tão pequena
Disse ele me olhando com uma careta.- Tá doendo muito? Perguntei preocupada.
- Dá pra aguentar. Respondeu ele dando uma de forte.
- Vou lavar seu ferimento e trocar o curativo. Tudo bem?
Ele confirmou com um movimento de cabeça. Ergui a barra de sua calça e comecei a lavar o ferimento, ele não conseguiu reprimir um gemido.
- Tá doendo? Perguntei agoniada.
- Eu aguento. Disse apertando os lábios.
Terminei de enfaixar sua perna e o ajudei a se sentar.
- Vou ver se tenho Aspirina na minha mochila...
- Desculpe, mas eu tomei tudo e não fez efeito nenhum. Contou.
Fiquei sem saber o que fazer para ajudá-lo. A Pix chegou voando e parou a minha frente.
- Onde esteve Pix? Perguntei irritada. Ela me mostrou uma plantinha vermelha que tinha um cheiro parecido com canela misturada com hortelã.
- Pra quê isso? Perguntei indicando a planta.
Pix respondeu com seus guinchos usuais. Mostrando a perna de Andrês, fazendo cara de dor, mostrando a planta fingindo amassa-la e bebendo algo imaginário.
- Deixa ver se eu entendi? Essa planta é para dor? Ela confirmou com a cabeça - Eu devo fazer um chá? - Outro aceno positivo - Isso vai curá-lo? Ela negou triste - Então é somente para dor? Ela confirmou.
- Nossa Pix quanta consideração. Obrigado. Disse Andrês usando pela primeira vez o nome que eu havia dado a pixie.
Pix sorriu para ele também pela primeira vez.
- Então eu vou fazer o chá. Disse eu materializando uma vasilha de barro. Amassei a erva, coloquei no vaso com água, esquentei sem precisar de fogo, pois deduzi se eu posso congelar a água também posso esquenta-la. Dito e feito.
Coloquei o chá em um copo de barro e o resto que sobrou em uma botija de barro ambos fabricados por mim. Eu estava ficando boa em fabricar utensílios de barro com meu poder da terra.
Dei o chá para Andrês tomar. Ele bebeu e fez uma cara feia.
- O gosto é muito ruim? Perguntei.
- Apenas amargo, mas dá pra beber. Respondeu ele bebendo o resto em um gole só.
- Andrês nós precisamos seguir em frente. Você consegue andar?
- Acho que sim. Se ao menos eu tivesse algo que servisse de bengala...
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A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão)
FantasyQuando uma adolescente de 16 anos encontra um desafeto do passado, agora totalmente mudado, e descobre que ela na verdade é uma meio fae, sua vida muda totalmente, e ao lado de Andrês, Ariana vai descobrir um novo mundo, enfrentar o terrivel grupo t...