Capitulo 10 - O alguém desconhecido.

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* Desconhecido

O lugar estava silencioso. O vento soprava forte lá fora. Estavamos em nosso quartel secreto. Aos meus pés estava o miserável líder dos tenebris Anemone.

- Então vocês não encontraram a garota.

Ele jazia ajoelhado a minha frente.

- Ela não estava na casa. Mas acabamos com o humano pai da mestiça.

- Acabaram com o humano. Repeti ironicamente - O humano era insignificante! Vocês tinham que encontrar a garota!

Disse pisando em sua cabeça até ele encostar o rosto no chão.

- Perdoe-me, meu senhor. Nós vamos encontrá-la. Não voltaremos a falhar.

- Ah! Mas é claro que não vão.

- Senhor? Fui interrompido por um servo a porta.

- O que é servo? Não vê que estou ocupado? Eu e o senhor Anemone estamos tendo uma agradável reunião. Não é mesmo?

- Sim, meu senhor. Respondeu Anemone com meus pés ainda acomodados em sua cabeça.

- Desculpe interrompe-los meu senhor. Mas a senhorita já chegou do mundo humano.

- Ótimo. Mande-a entrar. Disse tirando meu pé de cima do verme e indo me sentar em minha rica cadeira estofada com a mais pura seda de bicho- fae.

Ela entrou linda como sempre.

- Que Fyri esteja contigo meu senhor. Disse me fazendo uma reverência.

- Ora, mas é claro que esta. Como é nossa bastarda favorita? O que achou nesse tempo que esteve tão perto dela?

- Senhor, ela se parece muito com nossa soberana. Disse com desdém - Ela não tem poderes relevantes, porém. Mas pude descobrir que ela é uma usuária da água.

- Mas ela pode ficar mais forte se treinada, minha linda. E como ela despertou recentemente pode descobrir poderes ocultos. Expliquei.

- Não se pudermos impedir. Disse ela com um sorriso cúmplice.

- Sim. E com o veneno sendo administrado discretamente nas refeições da rainha, ninguém mais vai ficar no meu caminho. Mas ah, como é o suposto guardião?

- Não pude vê-lo em uma luta de verdade, mas nos treinamentos que pude assistir, ele não parece ter nada de especial. Não é nada diante do senhor e da sua magia.

- Perfeito, então realmente ninguém poderá atrapalhar meus planos.

- Sim, meu senhor. Além disso, vim avisá-lo que nosso espião da rede de fluídos nos informou que houve uma comunicação entre Linus e Dracon.

- Dracon nossa odiosa pedra no sapato? O que eles disseram?

- Linus ira embarcar no portal norte da cidade, com a nossa amada princesa e Andrês filho de Dracon.

- Ótimo! Deixe-os vir, mas é claro que como bons anfitriões que somos, vamos deixar uma surpresinha no portal. Que tal eles pegarem um caminho direto para as terras desoladas. Creio que irão apreciar muito a paisagem. Não?

- Oh... Senhor muito boa ideia. Tenho certeza que não sobreviverão aos perigos de lá. Aplaudiu entusiasmada.

- Mas é claro que se sobreviverem, os tenebris darão um jeito nisso. Não é mesmo Anemone? Questionei.

- Sim senhor. Não falharemos.

- Mas não vão com tudo que tem. Entretenha-os um pouco. Aconselhei.

- Sim meu amo.

Ele ainda continuava ajoelhado.Como era patético. Mas eu gostava dos meus servos assim, bem obedientes.

- Que está esperando? Perguntei me levantando - Vá logo, arrume nossa recepção.

- Licença senhor. Disse ele e saiu desabalado.

- Minha querida, logo acabaremos com toda família real e assumiremos o trono de Aurór. E ninguém poderá me impedir. Nem mesmo a fiel cobra da rainha, Dracon e seu exército de homenzinhos leais a ela. Acabaremos com qualquer um que se ponha em meu caminho.

- Claro meu soberano. O senhor conquistará tudo que quer. És o ser mais poderoso que conheço por isso eu o amo.

Disse me dando um abraço.

- Com certeza minha fadinha, eu também. Dei um tapinha em suas costas.

- Agora vamos. Temos que voltar aos nossos personagens habituais de faes bonzinhos e dedicados ao reino. Temos que fazer boa figura para aqueles faes almofadinhas e dessa corja nojenta de mestiços.

- O senhor é quem ordena. Disse minha linda fada com uma reverência.




A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora