A filha da rainha - contos dos medium fairy. (Em Revisão)

Capitulo 12 - Terras desoladas

*Ariana

Acordei toda dolorida. Eu havia desmaiado em meio aquela confusão no portal. Isso porque Linus disse que era tranquilo...
Mas ele também disse que alguém tinha alterado o curso do portal, não é?
Quem poderia ter feito isso?
Como descobriram que atravessariamos o portal naquele momento? E mais importante, onde estão aqueles dois? Pensei comigo.

Levantei e me assustei. Tudo o que eu via em redor eram árvores mortas e terra seca. Em nada lembrava a Aurór que Linus descreveu. Será que estávamos no lugar certo?
Cambaleei levantando pó no percurso.
Vi alguém caído ali perto, me acheguei. Era Andrês. Ele estava desacordado. Me agachei ao seu lado e chacoalhei-o.

- Andrês, Andrês. Acorda! Gritei

Ele abriu os olhos meio perdido.

- O que aconteceu? Perguntou levantando.

- Não sei. Deu a louca no portal. Eu acordei aqui. Disse mostrando o lugar.

- Ai, droga! Minha cabeça esta doendo, acho que eu bati. Reclamou ele esfregando a área dolorida.

- Onde está Linus? Perguntei olhando em volta a sua procura.

- Ele não veio conosco. Alguém o puxou do portal na última hora. Explicou Andrês com a testa franzida.

- O quê? E agora? Onde estamos? Aqui não parece ser capital de lugar nenhum. Disse nervosa.

- Hummm. Nada bom. Pelo que Linus me contou, aqui devem ser as terras desoladas. Herança da ultima batalha entre as faes da luz e os faes das sombras que ocorreu cerca de mais de mil anos atrás. Disse Andrês observando o lugar.

- Quem são esses tais de faes da sombra e da luz? Perguntei com os nervos a flor da pele.

- Os Fae da Luz, habitam aqui ao sul de Aurór onde sempre é primavera e verão. Sua mãe, Linus e meu pai são faes da Luz. Faes da luz são alegres, comunicativos, gostam de cantar e festejar. Pelo menos a maioria. Os faes negros vivem ao norte de Aurór, onde é sempre outono e inverno,são mais sérios e reservados, embora eu nunca tenha visto nenhum. Mas foi o que disse meu tutor.

- Eles ainda estão em guerra? Perguntei com medo e pensando aonde eu fui me meter.

- Não, parece que a guerra acabou com um casamento que uniu os reinos. Deve ser seu avô ou bisavô que se casou. Disse Andrês.

- Mas não foi a mil anos? Disse incrédula.

- E daí. Faes vivem muito tempo. Inclusive, eu acho que a rainha tem uns cento e poucos anos.

- Cento e pouco?! Exclamei surpresa. E ela namorou meu pai que tinha menos da metade da idade dela.

- Meu pai mesmo tem 210 e ainda é jovem para um fae, continuou Andrês.

- E os meio fae? Também vivem bastante?

- Não tanto como um fae puro, mas bem mais que um humano. Veja bem se um fae pode chegar a 800, mil anos no máximo, um mestiço chega a uns 300 em Aurór.

- Mas Aurór não fica superpovoado?

- Para evitar isso, cada casal de faes, ou fae e humano, só podem ter um filho biologicamente falando. Não me pergunte como.

- Ah! Entendi. Mas, mudando de assunto, acho melhor irmos. Temos que achar algum lugar povoado. Não podemos ficar aqui pra sempre. Disse eu já andando.

- Espere! Gritou Andrês. Segundo o que Linus me contou, esse é um dos lugares mais perigosos de Aurór. Tem criaturas terríveis, temos que ter...