Capítulo 5

244 31 12
                                    

Black Thongkham

Porra, uma semana, uma semana e eu não conseguia arranjar uma forma de matar quem eu precisava matar, não sem precisar que as outras pessoas vissem.

Recebi uma mensagem de Porschay, entrei para conferir, e ela dizia que ele havia se declarado para Kim no studio.

Mas que porra!

Ele por acaso sabe quem ele é? O que Kim quer com ele? Tem alguma coisa errada, tem algo muito errado acontecendo. Mas eu não vou atrás disso, não posso, não agora.

Olhei pela janela do meu quarto, vi quando o carro de Kim estacionou em frente a casa do Porschay, ele desceu e Porschay também, me afastei antes que ele me visse e voltei a minha cama.

Marquei um encontro com White e fui até o nosso ponto de encontro.

— Black —White acena de uma mesa.

— Preciso de mais tempo.

— Mais? Black, uma semana, foi esse o combinado —White respira fundo. — E quanto a mamãe? Porschay logo vai ficar desconfiado.

— Sobre isso, ele já sabe.

— Contou a ele!? —ele me olha incrédulo e passa as mãos no cabelo. — Black!

— Ele descobriu sozinho, ele não surtou, ele sabe da outra parte da família, ele sabe da história, mas não sabe sobre o namoradinho.

— Namoradinho? —White questiona confuso.

— Ele se declarou para Wik, ou eu devia dizer Kim? Eles devem estar juntos agora.

Ele passa a mão no rosto.

— White, só mais alguns dias, eu já tenho um plano, uma emboscada para daqui alguns dias.

— Tudo bem, mas precisa ir no meu lugar hoje, trocamos daqui um ou dois dias, vai ter algum tipo de reunião com a família Theerapanyakul, se eu for não vai dar certo —White me olha desesperado. — Eu tenho prova na faculdade, é final do ano letivo.

— Tudo bem.

— Como Porschay tem estado? —ele questiona curioso.

— Bem, ele sempre pergunta de você, estamos nos dando bem, bem melhor que eu imaginei.

— Você tem flertado com ele, não está? —ele me olha desconfiado.

Eu sorri.

— Não.

— É óbvio que está —ele revira os olhos.

— É impossível não flertar.

— Você não toma jeito, Black —ele resmunga revirando os olhos novamente. Ele cruza os braços. — Você sabia que Gun bate nos filhos?

— Ele faz o quê?

— Ele bate no Vegas e no Macau, não sabia? —ele questiona confuso. — Nunca notou o comportamento estranho, a submissão a qualquer ordem do pai, ou algumas marcas?

— Eu não fico reparando neles, já notei o medo, mas não achei que aquele filho da puta chegava ao extremo —eu nego. — Em que você reparou?

Ele revira os olhos.

— Macau?

— Cala a boca —ele resmunga sério.

— Tô de olho em você, aquele desgraçado que fique longe do meu irmão.

Ele ignora oque eu disse e pega o celular.

— Acha que o Porsche sabe sobre a gente? —White questiona voltando a me olhar.

— Provavelmente não, a última vez que ele viu você foi a dois anos, você voltou do Estados Unidos e ele já estava na família principal, ele já me viu, nem reconheceu.

— E se um dia ele reconhecer ou descobrir? —White questiona receoso.

— Um dia todos vão saber sobre nós, é o nosso legado.

— Seu legado —ele corrige.

— A maluca ter te levado pra longe de nós não significa que você não é um Thongkham, é o nosso legado você querendo ou não, está no nosso sangue.

— Não é do contrario que eu tenho o lado impulsivo da familía —White bate as pontas dos dedos na mesa.

Eu ri.

— Porschay quando soube não reagiu mal? Tipo, tinha um maluco na casa dele —White ri.

— Ele me chamou de maluco psicótico, mas fora isso reagiu bem, quis saber meu nome e toda a história, mas estamos bem, ele tem levado isso de uma forma tranquila.

Ele concorda. Mais tarde nos trocamos de lugar e eu fui para minha casa. Era bom estar de volta, eu sorri e subi as escadas. Ao entrar no meu quarto, respirei fundo, olhei ao redor e estava tudo como eu deixei, eu caminhei até minha cama e me joguei. Nada melhor que sua cama.

After -Macau and KimChayOnde histórias criam vida. Descubra agora