After -Macau and KimChay

Capítulo 19 (MacauWhite) x 3

White Thongkham

Estava sentando no banco de balanço do jardim, minhas pernas estavam em cima do banco, entre abertas, eu balançava lentamente. Continuo encarando o céu nublado. A faculdade chegou ao fim, então não tinha mais oque fazer.

Um tédio.

Tive minha atenção levada a Macau que se sentou aos meus pés e sorriu.

— Por que está sozinho aqui? —ele questiona confuso, ele empurra o balanço para trás e solta nos levando para frente e para trás.

— Não tenho nada para fazer, não vejo Black há horas. Papai disse que as vezes ele some assim mesmo.

— Eu estou disponível —Macau de forma abusada e não parecendo nenhum pouco tímido se sentou entre minhas pernas e se escorou em meu peito. — Não me considere um irmão, me considere seu namorado te fazendo companhia.

Ele fecha os olhos e deita completamente sua cabeça em meu peito. Ele passou meus braços entorno da própria cintura e eu sorri levemente com o ato. Gosto de como ele é decidido e teimoso, é fofo e não parece que vai desistir de me conquistar tão fácil.

Talvez ele consiga. Talvez ele seja oque eu preciso. Quem sabe, não é? O destino nos surpreende.

Não é como se eu fosse impedir que ele tente fazer eu me apaixonar por ele. Macau mesmo mantendo essa pose de que nada o machuca ou afeta, sei que no fundo ele é só um criança que precisa de atenção, muita atenção, é carente de atenção por causa da forma como foi criado, seu pai não era uma pessoa boa, não deu carinho o suficiente, não deu nenhum tipo de afeto, só transmitiu o ódio a ele e o irmão, transmitiu ao filho tudo oque tinha — ódio — ele não conheceu completamente sua mãe, só teve a presença adulta do pai, por causa das suas ações isso o ensinou que ele não precisa de ninguém, então por isso eles tem dificuldades em parecem vulneráveis.

Macau é falante, ele fala muito, acho que ninguém o ouvia quando criança, então se você der um espaço ele vai falar e falar e nunca se cansar, mas não é como se fosse algo que eu não gostasse, normalmente eu não falo muito, e eu gosto da companhia deleta, o ouvir falar nunca foi um sacrifício e nem será. Gosto da voz dele e de como ela soa quando ele fala de algo que gosta, ele fica animado e tem um brilho diferente nos olhos. Eu gosto dos olhos dele. Ele é quase um anjo — só quase — porque em qualquer oportunidade ele tenta me agarrar ou flertar comigo. Mesmo em público.

Ele pareceu dormir, então virei um pouco meu rosto para o encarar, sua respiração estava tranquila, assim como seu peito que subia e descia com leveza. Lindo, como eu disse parece um anjo. Um anjo bem pervertido, confesso, mas não deixa de ser um anjo.

Toquei sutilmente sua bochecha e acariciei, o balanço ainda balançava, não tão forte quanto antes.

— Senhor White —Gam se aproxima, ao notar Macau ele tropeça nos próprios pés e eu contenho uma risada quando ele se escora no balanço e ele começa a a balançar um pouco mais rápido. — O almoço será servido. Sinto muito.

— Somente White e está tudo bem.

— Tudo bem, Mestre White —ele volta a caminha tropeça e se escora em uma árvore. Desvio o olhar e dou uma leve risada.

Gam parece bem atrapalhado, principalmente quando se sente envergonhado com algo.

— Macau —eu o chamo baixinho. Toquei seus lábios com o polegar e passei levemente o dedo por eles. Ele abre os olhos, me olha e pisca algumas vezes antes de se virar para o outro lado. — Eu quero dormir.

— Eu sei, mas está na hora do almoço, sei que está confortável, mas você precisa comer, vamos, depois eu vou te recompensar.

Ele se vira na minha direção dessa vez sem parecer que voltará a dormir, eu sorrio, ele se senta ainda encaixado entre minhas pernas.