Capítulo 10

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Black Thongkham

Estacionei o carro em frente a casa da primeira família, desço e entrego as chaves a um dos meus seguranças. Entro na casa e meu pai estava sentado no sofá conversando com senhor Korn.

— Olá.

Eu me sento ao lado do meu pai, ele conversava com senhor Korn algo sobre os negócios. Kinn apareceu na sala, nos cumprimentou e se sentou.

— Mestre Khun, deixe o jovem Porschay ir, Porsche está esperando por ele —Arm pede enquanto segue Thankhun.

Olhei para o início do corredor e Thankhun puxava Poschay pela mão, ele parecia não aguentar mais aquilo.

— Aonde Porsche estava? —senhor Korn questiona o filho.

— Ele foi buscar o irmão na casa de um amigo —Kinn responde acenando para Porschay. — Foi aniversário dele ontem.

Porschay trouxe seu olhar a mim por alguns segundos, na sequência desviou, mas ele foi puxado até nós por Thankhun.

— Vocês já conhecem o irmão do Porsche? —ele questiona colocando Porschay a sua frente. — Ele não é o fofo? Porschay, diga oi.

— Khun, por favor, Porschay não é uma criancinha —Kinn repreende o irmão.

— Olá —Porschay sorri minimamente.

— Olá, Porschay, sou Khan —meu pai sorri de forma educada.

— Olá, Porschay, pode me chamar de Black e acredite, o prazer é todo meu.

Khun me olhou completamente indignado, puxou Porschay para trás e me lançou um olhar severo.

— Fique longe do meu Chay, seu mal amado —ele puxou Poschay para perto dos seus seguranças.

Eu acenei para Porschay.

— Black, pare de provocar ele —meu pai pede revirando os olhos.

— Aonde está Porsche?

— Na sala de treino —Kinn responde desconfiado. — Por que?

— Queria falar com ele, bom, se você permitir é claro.

Ele se levanta e eu sorrio seguindo seus passos. Eu abro a porta da sala e Porsche me olha, Kinn acena e fecha a porta.

— Porsche, precisamos conversar, mas não aqui.

Ele entendeu, então eu o segui pelo corredor.

— Esse corredor está sem câmeras, elas estão desligadas para serem trocadas —Porsche murmura.

— Porsche, precisa me ouvir.

— Que merda está acontecendo, Black? —Porsche questiona se virando rapidamente para mim. — Eu vou buscar meu irmão na casa do meu amigo de infância que não vejo a um bom tempo, acho que ele está seguro porque é amigo dele e meu, descubro que ele é irmão gêmeo do cara que eu tenho convivido a um tempo e que é completamente envolvido de onde eu quero deixar meu irmão longe —Porsche passa a mão no rosto. — Quanto mais eu tento o deixar longe, mas perto ele fica.

— Porsche, precisa confiar em mim.

— Confiar em você? —ele ri sem humor. — O que eu tenho ganhado ultimamente por confiar nas pessoas?

— Porsche, eu tenho um irmão e como você eu quero o proteger, ele não é envolvido nisso como Porschay, eu tenho tentado o proteger também, mas preciso que confie em mim. Não pode contar a Kinn, nem a ninguém.

— E como me garante que meu irmão vai estar seguro? —ele questiona irritado.

— Seguro ninguém nunca vai estar, nem eu, nem você, nem Porschay e muito menos meu irmão, mas é um risco a se correr, e se contar a Kinn, eles vão correr muito mais risco que pensa. Korn não é confiável, Kinn é manipulado por ele o tempo todo, ninguém vai estar seguro.

— Então eu tenho que confiar em você e não em Kinn? —ele ri.

— Eu não disse para não confiar nele.

— Mas foi oque pareceu! —ele afirma irritado.

— Mas não é oque eu queria que parecesse! Porsche, não pode contar a ninguém sobre meu irmão, nem a Kinn, nem a ninguém! Não é sua vida ou a minha em risco, é a do meu irmão —eu avanço na sua direção. — Eu só quero o proteger! Eu quero proteger a porra do seu irmão e do meu irmão! Porsche, confie em mim!

— Meu irmão sabe sobre isso? —ele questiona incrédulo.

— Não faz tanto tempo assim.

— Mas que merda, então ele sabia sobre a máfia antes disso tudo? —ele questiona me empurrando. — Contou a ele sobre isso?

— Ele descobriu sobre eu não ser White sozinho! Eu só fiz aquilo que ninguém fez, contei a verdade sobre mim! Diferente dos outros eu não menti! Não escondi que era envolvido nessa vida! Não escondi que mesmo não fazendo esse trabalho, meu irmão era membro da família Thongkham! —eu o empurrei até a parede. — Mas mesmo sabendo, não contei sobre você, não disse que sabia onde você estava e no que estava metido! Eu guardei seu segredo e zelei pela segurança dele! Eu fui atrás dele quando soube do que aconteceu, Porsche, ele é amigo do meu irmão e eu vou cuidar dele você querendo ou não guardar esse segredo que também é do seu amigo. White também está envolvido nisso, se lembre. Ele é seu amigo.

Porsche se afastou, nos encaramos durante minutos, ele me olhava furioso e eu não estava diferente.

— Porsche? —Kinn o chama. — Algo de errado aqui?

— Não —eu me afasto, encaro Porsche uma última vez. — Porsche.

Ele me olhou e então respirou fundo, entendi oque ele quis me dizer, então segui pelo corredor enquanto ouvia Kinn o confrontar e ele só dizer que era sobre o sequestro de Porschay.

— Black? —Porschay se aproxima confuso. — Sabe aonde está meu irmão?

— Eu estava falando com ele, mas agora ele está com Kinn.

— Ele viu o White —ele conta, ele revira os olhos. — Acho que ele vai contar a Kinn.

— Tentei o convencer a não contar, mas não sei se funcionou.

— Quer que eu fale com ele? —Porschay questiona confuso.

— Não precisa, eu não quero te envolver nisso.

— Eu falo com ele —ele ignora completamente oque eu disse. — Acho que ele vai me ouvir.

— Eu comprei algo para você.

— O que? —ele me olha confuso. — Eu sou curioso, Black.

Eu entrego a pequena caixinha a ele.

— O que é? —ele questiona confuso, ele analisou a caixa.

— Abre.

Ele desfez o pequeno laço e tirou a tampa da caixa, seus olhos brilharam e eu sorri, eu havia acertado no presente. Talvez ele nem se importe com o preço, mas ele gostou do colar, dos detalhes no pingente. E se ele gostou, não me importo com mais nada.

— É lindo —ele se vira para mim e sorri. — Mas não sei se posso aceitar.

— É claro que pode, eu comprei especialmente para você, não faria sentido outra pessoa o ter nas mãos. Eu mandei fazer especialmente para você, Porschay.

— Fazer para mim? —ele questiona confuso, ele olhou o colar.

— Sim, ele é único, especialmente para você.

— Então foi caro, não é? —ele questiona voltando a me olhar.

— Não.

— Vou levar seu não como um sim —ele responde dando uma leve risada.

— Como eu disse, rico e bonito, o que mais você pode querer?

— Sensatez —ele sorri provocativo. — Te falta bastante. Obrigado pelo presente, eu gostei.

Eu o observei acenar e se afastar. Eu continuei o caminho até a sala, encontrei meu pai que já se despedia, fiz o mesmo e o segui para fora de casa.

After -Macau and KimChayOnde histórias criam vida. Descubra agora