White Thongkham
Ouvi Macau questionar Porschay diversas coisas, e uma delas me chamou atenção então me virei também curioso.
— Você transou com o Black? —Macau questiona incrédulo, ele analisou o mesmo. — Como caralhos você ainda está inteiro? Sem um arranhão.
— Isso se chama prevenção a morte precoce, Macau.
— O que? —Macau se vira confuso, mas logo ri. — Kim vai o matar se soube que ele tocou nessa pureza de menino.
— Pureza? —eu gargalhei. — Inocente é ele por achar que Porschay é puro.
— Cala a boca —Porschay se jogou na cama. — Ah merda —ele se levanta rapidamente. — Ai.
Macau explodiu em gargalhadas e eu não contive a minha risada.
— Sem marcas, mas o arrombamento foi certeiro —Macau brinca.
— Vocês já eram constrangedor por si só, agora se juntaram para a infelicidade da minha paz —Porschay resmunga e contragosto segue até a porta. — Eu devia estar em uma cafeteria nesse momento bebendo alguma coisa boa ao invés de ouvir vocês.
— Estávamos em uma cafeteria e agora estamos na sua casa.
— Sinto falta daqui —ele suspira e se joga no sofá. Ele sorriu. — Eu quero voltar para minha casa.
— Descansa, amigo, não vai voltar tão cedo.
Ele revira os olhos e eu eu me sento na poltrona.
— Sabia que desde que Porschay começou a conviver com Black, a taxa de pureza, inocência, vocabulário bom e calma vem caindo? —Macau sentou em meu colo. — É meio preocupante não acha?
— O meu vocabulário é culpa do Porsche —Porschay faz careta. — Tenho o visto com muita mais frequência. Ele está pior que antes, a cada uma palavra do Kinn ele está mandando ele se foder.
— A boca dele é de Deus.
— Pensei que você fosse budista —Porschay ri.
— Não, eu acredito em Deus.
— Seu irmão é ateu? —Porschay questiona confuso.
— Não sei.
Ouço um barulho de carro lá fora, então Macau se levanta e eu sigo até a janela, abro a cortina e vejo o carro do Black.
— Seu namorado —Macau avisa parando ao meu lado.
Eu voltei ao sofá, Macau sentou em meu colo e em alguns minutos Black já entrava na casa e caminhava até Porschay.
— O que faz aqui?
— Eu fiz a Dara dormir, papai me expulsou de casa, então eu vim aqui —Black responde fazendo careta. — Aquele velho está ficando abusado.
— Abusado está você que nem foi convidado para entrar e entrou.
— Eu sou de casa —Black sorri. — E outra, me respeita, sou o seu irmão mais velho. —ele não teve tempo de dizer mais nada, seu celular tocou, ao olhar ele fez careta e se levantou. — Três minutos.
— Alguém está com fome? Porque eu estou —Macau responde, ele me olha e sorri. — White.
— O que você quer comer?
— Macarrão instantâneo é a única coisa rápida que tem aqui —Porschay avisa caminhando até a cozinha.
— Pode ser isso —Macau passa os braços entorno do meu pescoço.
— Macau, me solta, eu não posso cozinhar nada com você grudado em mim.
Ele me solta e se levanta emburrado.
— Grosso —ele resmunga caminhando até a cozinha.
— Eu não fui grosso, Macau, eu só falei.
Ele se vira para mim e eu abro meus braços, ele caminha na minha direção e me abraça, eu abracei seu corpo e beijei seus cabelos.
— Você é carente, Macau —murmura Porschay enquanto pega alguns pacotes de macarrão. — Apimentado para o White e Macau e de carne para mim.
— Black não come essas coisas, então o problema é dele.
— Na maternidade trocaram meu irmão por uma cobra —Black aparece na porta.
Macau se sentou à mesa e eu caminhei até o fogão.
— Eu não sabia que meu melhor amigo podia se apaixonar —sussurra Porschay enquanto enche uma panela de água.
— Não vou nem te dizer nada —eu liguei o fogão e coloquei as duas panelas de água. — Praguinha.
Porschay sorriu e pegou um copo de água.
— Sabe quem esteve te procurando esses dias? —ele me olha nervoso.
— Acho que tenho uma idéia —eu suspiro. — Nem fale isso perto do surtado.
A campainha tocou, Macau foi atender, logo ele voltou com uma cara fechada.
— Olá, Chay —Bone adentra a cozinha.
— Você.
— Você é gêmeo, White? —Bone leva seu olhar surpreso de mim a Black. — Quem é o White?
— É óbvio que o White não sou eu —responde Black não poupando a ignorância. — Ou você já viu ele cheio de tatuagens?
— Black —Porschay o olha incrédulo.
Meu irmão apenas permaneceu de cara fechada, seu celular tocou novamente, ele atendeu e se retirou.
— Seu irmão me parece bem rude e severo —Bone se senta á mesa.
— Não parece, ele é.
— Isso não é nem a metade —Macau sorri e me abraça. — Já está dando meu horário, White, vamos?
— Você não estava com fome? —Porschay questiona confuso.
— Tio Khan pediu para eu não voltar tarde, e já está tarde —Macau me puxa pela mão. — Até mais, Chay.
— Meu irmão vai querer te levar para casa, então vou indo —eu aceno. — Até, Chay.
Eu caminho até a sala.
— Estão indo? —Black nos para na porta. — Merda.
— O que houve?
— Eu preciso ir para casa, preciso falar com alguém, mas não posso deixar Porschay sozinho com esse cara —Black responde, ele olha o celular. — Eu vou o esperar e cancelo a conversa com meu amigo.
— Porschay, seu namorado precisa ir, mas não quer te deixar ir sozinho para casa —Macau fala alto o suficiente para que ele ouvisse.
— Então eu vou com vocês —Porschay aparece na cozinha. — Bone, nos vemos outra hora.
Eu caminhei em direção ao meu carro, Macau entrou na sequência e ligou o som. Eu liguei o carro e dirigi de volta para casa sorrindo enquanto ouvia Macau cantar errando a maioria das notas.
Ele é lindo.
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After -Macau and KimChay
FanficO que aconteceu se irmãos gêmeos, criados cada um por um lado da família de repente trocassem de lugar para fazer um plano para salvar todos os aliados da sua família de um golpe? Black e White, garotos completamente diferentes, mas tão iguais, uma...