Capítulo 7

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Black Thongkham

Ao acordar fui direto me arrumar. Desço para tomar café, meu pai já havia saído, então segui meu caminho. Estacionei em frente a casa do Kim e desci, passei pela segurança que tentava me impedir.

— Senhor Black, não pode entrar desse jeito —Tim, seu guarda de segurança tenta me impedir. — Senhor Black.

— Se encostar em mim acordara no inferno. Que porra, não precisa me seguir, sei bem o caminho.

Ele continuou a me seguir, eu abri a porta do escritório e não o encontrei, então segui até seu quarto, entrei e fechei a porta na cara de Tim.

— Kim, seu filho da puta, cadê você?

Kim passa pela porta do banheiro com um olhar sério, seus olhos vermelhos me mostrava que ele chorava.

Afinal, drogas ele não usa.

— O que quer? —Kim questiona retirando sua camiseta.

— O que eu quero? Como age com essa tranquilidade quando Porschay ficou péssimo pelo que fez?

— Como sabe do Porschay? —ele questiona fechando as cortinas. — Como sabe sobre nós?

— A pergunta aqui, é o que você fez, não vai machucar ele com todas as merdas que fez e disse.

— Já está feito, não tem mais volta —ele retruca seguindo até sua cama.

— Você como o grande desgraçado que é, vai agir como um babaca, não é? Porra, Kim! O que queria com ele? Só o usar? Vai mesmo usar essa desculpa?

— O que você quer com ele? —ele se vira para mim, seu olhar mostrou o ciúmes.

— Gosta dele?

— Fique longe dele —Kim me olha furioso.

— Por que? —eu me aproximo. — Kim, eu estou avisando, não vai agir como um babaca com ele.

— Eu fiz oque eu achei que seria melhor para ele —Kim me empurra. — E por que está aqui? Como sabe de nós?

— Porque ele me contou, porque eu estive com ele durante essa semana, estive com ele no dia em que você foi na casa dele e levou o violão, estive com ele ontem quando disse aquelas merdas.

— Por que estava perto dele, Black? —ele questiona irritado. — Black!?

Eu fingi não o ouvir, ele segurou na gola da minha camiseta e me empurrou até a cama, eu sorri para ele.

— Não estou aqui pra brigar, mas se você quiser.

— Cala a boca —ele manda, seu olhar ficava cada vez mais mortal. — Eu estou avisando, é melhor não abrir sua boca pra ninguém.

— Eu já tive a chance, mas não fiz, por que faria agora?

— Porque é traiçoeiro —ele retruca furioso.

— Ainda está bravo? Eu tinha dezoito.

— Quase me matou —Kim cerra os punhos. Sinto meus lábios arderem. — Tentou me matar afogado.

— Filho da puta, eu já disse que sinto muito.

— Não sentiu muito quando eu perdia o ar dentro daquela piscina, não é? —ele desce as mãos até meu pescoço o apertando.

Agora a culpa é minha?

— Se eu não sentisse muito teria deixado você morrer asfixiado. Kim, porra, vai me matar? Me machucar? Ótimo, faça! Mais isso não vai mudar o fato que quando terminar isso eu vou acabar com você por ter machucado Porschay e o feito chorar daquela forma!

After -Macau and KimChayOnde histórias criam vida. Descubra agora