Black Thongkham
Entro no hospital e caminho até a recepção, encaro as recepcionistas e toco o sino.
— Daw Thongkham, em que quarto ela está?
— O que você é da paciente? —a mulher digita algo em seu computador.
— Sou filho dela.
Ela concorda e digita algo no computador.
— Quarto 234 na ala B, no corredor do lado direito —ela explica.
Eu sigo o caminho, procuro o quarto e ao encontra bato duas vezes na porta e entro.
— Daw?
— Black? —ela me olha confusa, mas ligo faz uma cara de dor. — O que faz aqui?
— Meu pai ligou, então vim aqui ficar com você.
— Senhora Daw —uma enfermeira entra no quarto. — Dilatação oito, aguenta mais um pouco.
— Dilatação?
Daw me encara sem jeito.
— Como assim dilatação?
— O senhor é o acompanhante? —a enfermeira questiona confusa.
Eu concordo.
— Assine aqui —ela me estende um papel. — É o pai da criança?
— Que criança?
O que está acontecendo aqui?
— Porra! Daw, você está grávida?
— Iríamos te contar —Daw respira fundo. — Mas foi tudo muito rápido.
— Eu vou ter um irmão?
— É filho dela? —a enfermeira questiona.
— Sou.
Ela anota, se despede e sai.
— Descobrimos a três meses, minha barriga quase não aparece —Daw explica, ela puxa fortemente o ar. — Estou com oito meses.
— Prematuro?
Ela concorda.
— Seu pai estava voltando —ela se senta. — Comecei a sentir contrações mais cedo, ele estava voltando, mas não vai chegar a tempo de assistir o parto.
— Vai entrar sozinha?
Ela concorda.
— Daw?
— Acho que vai nascer.
— Agora?
Ela concorda.
— O que eu faço?
— Chama alguém —ela pede.
Eu caminhei para fora da sala, chamei por alguém, ela foi levada para a sala de parto, então fiquei do lado de fora. Eu batia os pés impaciente, o parto não havia começado, o obstetra ainda não havia entrado na sala.
— Senhor, você quer entrar para acompanhar o parto? —a mesma enfermeira questiona me olhando. — Seria bom ela ter uma companhia.
Eu concordo. Eu vesti algumas roupas para proteger e garantir que ela não pegasse nenhuma infecção. Me aproximei da cama onde ela estava e sorri.
— Daw, está sentindo muita dor?
— Sim —ela ri. — Vai ficar comigo?
Eu concordo.
— Você cuidou de mim desde que casou com meu pai, mesmo não dizendo você é como uma mãe para mim, eu gosto de você, Daw.
Ela sorriu.
— Você sempre vai ser um filho para mim —ela pegou minha mão.
— Vamos dar início ao parto, dilatação 10 —a obstetra ajustou as luvas.
Encarei a mesma e fiquei em choque. Era ela. A mãe do White. Não tive tempo de me prender a qualquer pensamento sobre minha mãe, Daw começou a gritar de dor e eu me concentrei em dar apoio para ela, mas acho que ela iria quebrar minha mão a qualquer minuto.
— Vai ficar tudo bem, Daw.
Um choro ecoou pela sala, alto e assustado, eu olhei Daw que respirava freneticamente, então uma enfermeira se aproximou de Daw com a criança, mas logo a levou. Era uma menina.
— Eu te vejo no quarto.
Eu sai da sala, tirei a mascara, após tirar aquela roupa, me sentei no banco, abaixei a cabeça e respirei fundo.
Eu tenho uma irmã.
— Senhor, você pode visitar a criança no berçário se quiser —sua voz ecoa na minha cabeça.
Eu levanto minha cabeça, ela parece em choque ao me ver, então me levanto.
— Claro.
— Black? —ela me chama.
Eu estava de costas.
— Sim?
— Sua filha? —ela questiona.
— Minha irmã.
Ela não disse mais nada, eu fiz meu caminho até o berçário, olhei pelo vidro e vi ela colocando a garotinha em um berço.
— Pode entrar se quiser —minha mãe para ao meu lado. — Aonde está seu pai?
— Ele está vindo.
— Não imaginava te ver aqui —ela olha para o berçário.
Eu entro no berçário a deixando para trás. Me aproximo do berço e encaro a criança, ela era bonitinha, eu toquei sua mão com o dedo indicador e ela agarrou o meu dedo, fiz carinho em sua mão com o polegar.
Eu sorri e continuei a olhando.
— Vamos a levar para ser amamentada agora —uma enfermeira a pega. — Depois você pode a pegar no colo.
Eu concordo. No quarto descobri que o nome dela é Dara, um tempo depois dela ter sido amamentada Daw me fez a pegar no colo, então me sentei na poltrona e a balancei até ela dormir.
— Você tem jeito com crianças —Daw sorri.
— Tenho? Daw, não vou levantar de madrugada para a fazer dormir.
Ela ri.
— Babá de graça —Daw sorri.
— Eu vou cobrar por cada hora.
Nós rimos.
— Estou entrando —meu pai abre a porta do quarto.
Eu fiquei observando ele questionar tudo sobre o parto, conferir se Daw estava bem, depois se a criança estava bem, no final ele ainda tentou a tirar do meu colo, mas não deixei. Ele ainda teria muito tempo de madrugada.
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After -Macau and KimChay
Fiksi PenggemarO que aconteceu se irmãos gêmeos, criados cada um por um lado da família de repente trocassem de lugar para fazer um plano para salvar todos os aliados da sua família de um golpe? Black e White, garotos completamente diferentes, mas tão iguais, uma...