Capítulo 15

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Black Thongkham

Entro no hospital e caminho até a recepção, encaro as recepcionistas e toco o sino.

— Daw Thongkham, em que quarto ela está?

— O que você é da paciente? —a mulher digita algo em seu computador.

— Sou filho dela.

Ela concorda e digita algo no computador.

— Quarto 234 na ala B, no corredor do lado direito —ela explica.

Eu sigo o caminho, procuro o quarto e ao encontra bato duas vezes na porta e entro.

— Daw?

— Black? —ela me olha confusa, mas ligo faz uma cara de dor. — O que faz aqui?

— Meu pai ligou, então vim aqui ficar com você.

— Senhora Daw —uma enfermeira entra no quarto. — Dilatação oito, aguenta mais um pouco.

— Dilatação?

Daw me encara sem jeito.

— Como assim dilatação?

— O senhor é o acompanhante? —a enfermeira questiona confusa.

Eu concordo.

— Assine aqui —ela me estende um papel. — É o pai da criança?

— Que criança?

O que está acontecendo aqui?

— Porra! Daw, você está grávida?

— Iríamos te contar —Daw respira fundo. — Mas foi tudo muito rápido.

— Eu vou ter um irmão?

— É filho dela? —a enfermeira questiona.

— Sou.

Ela anota, se despede e sai.

— Descobrimos a três meses, minha barriga quase não aparece —Daw explica, ela puxa fortemente o ar. — Estou com oito meses.

— Prematuro?

Ela concorda.

— Seu pai estava voltando —ela se senta. — Comecei a sentir contrações mais cedo, ele estava voltando, mas não vai chegar a tempo de assistir o parto.

— Vai entrar sozinha?

Ela concorda.

— Daw?

— Acho que vai nascer.

— Agora?

Ela concorda.

— O que eu faço?

— Chama alguém —ela pede.

Eu caminhei para fora da sala, chamei por alguém, ela foi levada para a sala de parto, então fiquei do lado de fora. Eu batia os pés impaciente, o parto não havia começado, o obstetra ainda não havia entrado na sala.

— Senhor, você quer entrar para acompanhar o parto? —a mesma enfermeira questiona me olhando. — Seria bom ela ter uma companhia.

Eu concordo. Eu vesti algumas roupas para proteger e garantir que ela não pegasse nenhuma infecção. Me aproximei da cama onde ela estava e sorri.

— Daw, está sentindo muita dor?

— Sim —ela ri. — Vai ficar comigo?

Eu concordo.

— Você cuidou de mim desde que casou com meu pai, mesmo não dizendo você é como uma mãe para mim, eu gosto de você, Daw.

Ela sorriu.

— Você sempre vai ser um filho para mim —ela pegou minha mão.

— Vamos dar início ao parto, dilatação 10 —a obstetra ajustou as luvas.

Encarei a mesma e fiquei em choque. Era ela. A mãe do White. Não tive tempo de me prender a qualquer pensamento sobre minha mãe, Daw começou a gritar de dor e eu me concentrei em dar apoio para ela, mas acho que ela iria quebrar minha mão a qualquer minuto.

— Vai ficar tudo bem, Daw.

Um choro ecoou pela sala, alto e assustado, eu olhei Daw que respirava freneticamente, então uma enfermeira se aproximou de Daw com a criança, mas logo a levou. Era uma menina.

— Eu te vejo no quarto.

Eu sai da sala, tirei a mascara, após tirar aquela roupa, me sentei no banco, abaixei a cabeça e respirei fundo.

Eu tenho uma irmã.

— Senhor, você pode visitar a criança no berçário se quiser —sua voz ecoa na minha cabeça.

Eu levanto minha cabeça, ela parece em choque ao me ver, então me levanto.

— Claro.

— Black? —ela me chama.

Eu estava de costas.

— Sim?

— Sua filha? —ela questiona.

— Minha irmã.

Ela não disse mais nada, eu fiz meu caminho até o berçário, olhei pelo vidro e vi ela colocando a garotinha em um berço.

— Pode entrar se quiser —minha mãe para ao meu lado. — Aonde está seu pai?

— Ele está vindo.

— Não imaginava te ver aqui —ela olha para o berçário.

Eu entro no berçário a deixando para trás. Me aproximo do berço e encaro a criança, ela era bonitinha, eu toquei sua mão com o dedo indicador e ela agarrou o meu dedo, fiz carinho em sua mão com o polegar.

Eu sorri e continuei a olhando.

— Vamos a levar para ser amamentada agora —uma enfermeira a pega. — Depois você pode a pegar no colo.

Eu concordo. No quarto descobri que o nome dela é Dara, um tempo depois dela ter sido amamentada Daw me fez a pegar no colo, então me sentei na poltrona e a balancei até ela dormir.

— Você tem jeito com crianças —Daw sorri.

— Tenho? Daw, não vou levantar de madrugada para a fazer dormir.

Ela ri.

— Babá de graça —Daw sorri.

— Eu vou cobrar por cada hora.

Nós rimos.

— Estou entrando —meu pai abre a porta do quarto.

Eu fiquei observando ele questionar tudo sobre o parto, conferir se Daw estava bem, depois se a criança estava bem, no final ele ainda tentou a tirar do meu colo, mas não deixei. Ele ainda teria muito tempo de madrugada.

After -Macau and KimChayOnde histórias criam vida. Descubra agora