Capítulo 28

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GABRIEL POV:

Cheguei em no CT e os caras estavam bem animados, diferente de mim.

- Ihhh! Que cara é essa, Gabi? - Rodinei me questionou, assim que eu sentei para colocar minhas chuteiras.

- Só estou cansado!

- Vou até sair de perto, porque tenho até medo de você estressado! - acabei soltando uma risada, vendo o lateral sair de fininho. Ouvi algumas zoações e até alguns comentários sobre Antonella e eu, já que o mundo todo só falava disso, mas não dei muita bola.

Ia junto com Arrascaeta ao meu lado, me falando sobre Isis, mas eu não prestava a atenção em nenhuma palavra que saia da boca do uruguaio.

- Gabriel? - doutor Márcio Tannure me chamo, quando já estávamos perto do campo. Que merda!

Ontem no treino, eu senti meu tornozelo ainda um pouco e provavelmente isso me tiraria do jogo de amanhã. Ótimo dia, Gabriel!

- Oi?

- Podemos conversar lá dentro? - assenti e segui ele até o seu consultório.

- Gabriel, estava conversando com o Dorival e acho melhor você se resguardar até o final de semana! - disse se sentando e eu bem à sua frente.

- Achei que estava tudo bem, até treinei essa semana!

- Sim, mas é mais por precaução! Ontem você sentiu o tornozelo, então acho melhor a gente dar uma segurada! - bufei, um pouco frustrado, mas entendia a preocupação - Não querermos te perder para os jogos importantes!

- Tudo bem! - Me levantei, cumprimentando o médico. Fomos para a fisioterapia e só sai quando fui almoçar.

Depois fiquei um tempo no campo com o resto do time, mas apenas fazendo algums exercícios simples Fui liberado próximo do fim da tarde, junto com os outros.

Depois de pegar as minhas coisas, fui para o carro e segui para o endereço de Antonella, mas não tive coragem de sair do carro. Se ela não tinha me procurado ao longo do dia, ainda não queria conversar. Então liguei o carro e fui para a minha casa.

- Que cara é esse? - Fabinho me perguntou, assim que cheguei.

- Não jogo amanhã! - disse me jogando no sofá.

- Sério? - assenti - Nem no banco? - neguei com a cabeça.

- Mas tudo bem, melhor do que piorar e ficar mais tempo sem jogar! - disse me levantando - Vou tomar banho!

- Vai para a casa da Antonella?

- Não sei, acho que não! Nem conversamos hoje!

- Não acredito, vocês não se desgrudam! - disse rindo, mas me mantive sério - O que rolou?

- Ela meio que pediu um tempo, pra pensar sobre todas essas merdas!

- Ah! - disse, sem nenhuma expressão.

- Bem, vou tomar banho! - disse, caminhando para o meu quarto. Não estava muito afim de conversar sobre o dia estressante de hoje.

No outro dia, Dhiovanna e meus pais voltariam para o Rio, mas eu queria ficar um pouco sozinho. Todo esse lance da Antonella e também dos jogos, estavam me deixando louco.

Então pensei em ficar alguns dias no sítio, até que eu tivesse que voltar para treinar. Lá eu poderia fazer meus exercícios de fisioterapia e ficar só. Peguei uma mochila e coloquei algumas roupas e também fui para cozinha.

- Gabi, não vai comer nada? - Rosa me perguntou, vendo eu colocar algumas coisas da cozinha em outra bolsa.

- Não, estou sem fome!

- Achei que tivesse falado que não ia sair! - Fabinho comentou, chegando na cozinha, observando eu ajeitar a mochila, assim como a Rosa fazia.

- Vou ficar até sexta no sítio!

- Ótimo, vou com você!

- Não, Fabinho, eu vou sozinho! - me olhou por tempo.

- Está tudo bem com você?

- É, acho que sim! Só preciso de um tempo, assim como ela também precisa! - assentiu.

- Não vão fazer nenhuma burrada!

- Eu sei, relaxa! - disse, fechando a mochila - Vou lá, tenho um longo caminho até chegar lá! - concordou, fizemos um toque com as mãos e eu desci.

Fui sem muita pressa pela estrada, cantando as minhas músicas favoritas, tentando me concentrar no caminho e não ficar muito tempo pensando na Antonella e no quanto eu sentia falta do beijo dela, do cheiro e de tudo nela.

De fato, ela tinha passado por muitas coisas e eu não queria apressar tudo, queria que ela tivesse o tempo que fosse para que conseguisse seguir em frente e eu espero que fosse comigo ao seu lado.

- Droga! - murmurei, quando percebi que a garota não saia da minha cabeça em momento nenhum. Nada mais me chateava do que não estar agora deitado ao seu lado, com suas mãos me envolvendo, nem mesmo ficar fora do próximo jogo.

Depois Que Te Conheci - G. BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora