Capítulo 35

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GABRIEL POV:

O juiz apitou o fim do jogo contra o Atlético e eu sabia que não tinha como fugir do que viria a seguir. Saí de campo depois de dar entrevista e falar sobre a nossa vitória na partida de hoje pra cima do time mineiro e fui pensando em como eu deveria agir quando estivesse frente a frente com o meu cunhado.

- O que foi? - Everton Ribeiro me perguntou, sentando ao meu lado no vestiário, também bebendo água - Nem parece que acabamos de garantir 3 pontos!

- Não é nada do jogo! É que... - meu Deus, ele vai me achar um idiota! - O irmão da Antonella 'tá aí e eu estou um pouco nervoso para conhecer ele!

- Se você está assim só de encontrar com o irmão dela, imagina quando for os pais!  - riu e eu fiquei mais tenso, parando para pensar na situação: eu nunca ia poder conhecer meus sogros e isso era horrível de se imaginar.

- Cara, isso infelizmente não será possível! - o camisa 7 me olhou com os olhos arregalados.

- Sério? - perguntou, entendendo a situação e eu assenti - Não acredito! Coitada da Antonella!

- Enfim... - disse me levantando - Vou tomar uma ducha e vou encarar a realidade! - brinquei e Everton deu uma risada leve.

- Vai dar tudo certo, mano! - assenti, pegando a minha roupa e toalha. Tomei um banho rápido, ouvindo a bagunça do pessoal no vestiário e até ria do Arrascaeta e do Vidal tentando cantar umas músicas brasileiras. A voz deles cantando era péssima e com o sotaque, só piorava tudo. Coitado dos meus ouvidos!

- Amei a cantoria, nota dó! - brinquei e recebi um dedo quase na minha cara do uruguaio.

- Falou o cantor, Lil Gabi! - Vidal também comentou, brincando e eu ri, terminando de me ajeitar e os dois começaram a cantoria de novo, só que agora piorou porque Matheuzinho e Rodinei entraram.

- Meu Deus! - comentei e Ribeiro riu, ao meu lado. Fechei a minha bolsa e fui caminhando em direção à saída. Suspirei fundo, só ouvindo a risada dos caras lá dentro e passei pela porta do vestiário e logo avistei Antonella, que conversava algo sorridente com a namorado do Pedro, e o seu irmão próximo à ela, também sorrindo de algo, mas apenas ouvia, com as mãos no bolso.

Fui me aproximando e o olhar dos três em minha direção e eu dei o meu melhor sorriso, vendo Anto se aproximar. Dei um selinho nela e por incrível que pareça, eu estava tímido com toda a situação.

- Parabéns pelo jogo! - disse e eu segurei a sua mão, a beijando.

- Obrigado, meu amor! 

- Ei, Gabi! -  Fernanda disse e eu sorri.

- Oi, Fê! 

- Pedro vai demorar muito?

- Não faço ideia, eles estão numa cantoria danada lá! - comentei e nós rimos - Quer que eu vejo pra você?

- Não, pode deixar! - pegou o celular no bolso - Vou mandar mensagem para ele! Tchau, gente!

- Tchau! - Antonella disse, soltando a minha mão por um instante e foi retribuir o abraço dela. Olhei para Afonso e ele me olhava também.

- Oi, cara! - entendi a minha mão e ele a pegou, me cumprimentando.

- Oi, Gabriel! 

- Bom, acho que nem precisei apresentar os senhores! - Antonella comentou depois que Fernanda saiu de perto, nos olhando e rindo. Ela sabia que eu estava para morrer com toda aquela situação.

- O jogo foi muito bom! Estão preparados para as finais? - Afonso comentou, me olhando com uma expressão divertida.

- Espero que sim! Semana que vem começa a brincadeira! - rimos e fomos caminhando até o estacionamento. 

Antonella foi dirigindo no carro do irmão em silêncio, apenas rindo de nós dois, enquanto íamos conversando o caminho todo animadamente sobre tudo. Nem fazia ideia do porquê estava tão nervoso mais cedo, porque lidar com Afonso era tão simples quanto lidar com Antonella e era impossível não dizer que os dois não eram irmãos.

Chegamos no apartamento e como já estava tarde, tomamos banho e fomos nos deitar.

- Nem foi tão ruim, viu? Você fez drama atoa! - comentou se acomodando no meu lado e eu ri.

- É, tem razão! Mas não se esqueça de quando você conheceu os meus pais, também surtou!

- É diferente, porque eu não te deixei sozinha com o meu irmão por quase duas horas! - ri, porque ela tinha razão.

- É, foi um erro, porque depois disso você e a minha mãe fizeram um complô e desde então vocês não se largam mais! Pensa que eu não sei que vocês ficam mandando mensagem uma pra outra e eu sei que você já sabe de todos os podres da minha infância! - brinquei e eu ouvi a risada dela.

- É, talvez eu saiba mesmo! - comentou e eu sabia que ela estava ainda rindo da situação - Vou dormir, 'tá? - disse depois de bocejar e eu acabei repetindo a ação.

- Tudo bem, eu também vou só vou beber água antes! - ela concordou e eu me levantei, saindo do quarto com cuidado para não fazer muito barulho, mas tomei um baita susto quando vi Afonso na cozinha - Achei que estava dormindo! - comentei, abrindo a geladeira e pegando uma garrafa d'água e um copo no armário.

- É, eu ia! - riu - Mas acabei me distraindo aqui conversando com a Isabela!

-  Ah, a Antonella tinha me falado que ela estava grávida! Está tudo bem?

- Está sim, está no começo ainda e estamos bem animados!

- Imagino, eu sou doido para ser pai! - ele sorriu e eu me dei conta do que disse - Quer dizer, não exatamente agora até porque nós dois estamos há pouco tempo juntos... Mas é com a Antonella que eu quero ter meus filhos... Se ela quiser! Na verdade, nunca conversamos sobre isso! - eu disse meio embolado e Afonso riu.

- Que bom que pensa assim e ela ama crianças! - comentou, com um sorriso.

- Isso é uma boa notícia! - ri e lavei meu copo e pegando caminho para voltar ao quarto - Vou deitar! - ele assentiu.

- Gabriel? - me chamou e eu me virei, o olhando - Só cuida bem dela, ok? - assenti.

- Sempre irei!

Nota da autora 💕: Hello, amores! Obrigada pelos mais de 15K de visualizações e pelos votos! 

Só lembrando que os dias de atualização agora são as terças, quintas e sábados, porque estou na reta final do período na faculdade, então tenho algumas coisas para fazer!

Depois Que Te Conheci - G. BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora